Destaque internacional em governança corporativa
PREVI participa de conferências da rede internacional de governança Corporativa e do Programa Princípios para o Investimento Responsável, PRI
Representantes da PREVI estiveram em
julho na Austrália para participar de
dois eventos que se destacam na agenda
internacional de debates sobre ações
dos investidores institucionais no âmbito da Governança Corporativa e da Responsabilidade
Socioambiental: a Conferência Anual
da International Corporate Governance Network (Rede Internacional de Governança Corporativa),
ICGN, e o PRI in person 2009, conferência anual do
Programa Princípios para o Investimento Responsável – PRI, na sigla em inglês. Nos dois eventos,
a recente crise econômica mundial e as reflexões
que se seguiram sobre suas causas e consequências
foram os pontos principais da pauta.
Os cerca de 450 membros da ICGN, entre os quais
a PREVI, estão em 45 países e são representantes
de grandes investidores institucionais que, juntos,
administram recursos da ordem de US$ 9,5 trilhões. A ICGN reúne alguns dos principais ativistas da
Governança Corporativa em todo o mundo. Após
a conferência anual da Rede, que se realizou entre
13 e 15 de julho, seguiu-se o encontro do PRI (16 e
17 de julho), programa da ONU do qual a PREVI é
signatária desde o seu lançamento, em 2006.
Maior responsabilidade dos
investidores estrangeiros
Boa parte dos debates na Conferência da ICGN
se concentrou nas mudanças que a Security
Exchange Comission, SEC (a CVM americana),
deverá promover na legislação sobre companhias
abertas dos Estados Unidos. A necessidade dos
ajustes, no âmbito de atuação da SEC, foi acelerada
em função das fragilidades na regulação do
mercado de capitais e do sistema financeiro norteamericano
expostas pela crise econômica mundial.
Em última análise, essas mudanças resultarão no
maior ativismo do conjunto de investidores e na
representação dessa postura em suas demandas.
“Participar de uma conferência como essa é uma
forma de estreitar o relacionamento com instituições
estrangeiras que investem no Brasil e que têm
no ativismo da Governança Corporativa uma de
suas prerrogativas”, diz Aloisio Macário de Souza,
gerente executivo de Governança Corporativa e
Participações Mobiliárias sem Controle Acionário,
Gegop, da PREVI.
Aloísio lembra a grande participação de investidores
estrangeiros no mercado de capitais do
Brasil com o exemplo das colocações iniciais de
ações promovidas por empresas que abrem seu
capital – os chamados IPO, Inicial Public Offering.
Entre 60% e 80% dos papéis oriundos de IPO
realizados na bolsa brasileira foram adquiridos por investidores estrangeiros, especialmente dos
Estados Unidos.
Embora as regulamentações que norteiam a
atuação de empresas abertas nos Estados Unidos
sejam distintas daquelas vigentes no Brasil, a
grande presença de investidores estrangeiros no
mercado de capitais do País reforça a necessidade
de um intenso intercâmbio de informações
entre grandes investidores institucionais. “Há
uma tendência na SEC de responsabilizar mais
os acionistas por decisões tomadas nas empresas”,
diz Aloísio. “É uma tendência bem-vinda, já que
a sociedade não pode ser penalizada por decisões
irresponsáveis de grandes corporações.”
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