Prioridade é a defesa dos interesses dos participantes
Novo presidente do Conselho Deliberativo, Robson Rocha, destaca o compromisso de buscar, de forma constante, a solidez da PREVI
Mineiro de Belo Horizonte, Robson Rocha é vice-presidente de Gestão de Pessoas e
Responsabilidade Socioambiental do Banco
do Brasil desde 2008. Com formação em administração
de empresas, o novo presidente
do Conselho Deliberativo tem também pós-graduação
em Gestão Estratégica – Recursos Humanos, MBA em
Finanças e Mestrado em Marketing. No BB, exerceu diversos
cargos de administração e gestão. Com a integração
do Banco Popular à estrutura do BB, em maio de 2008,
foi nomeado para a diretoria Menor Renda, responsável
pelo Desenvolvimento Regional Sustentável, DRS, Correspondentes
Bancários e atendimento ao público de
menor renda. Nesta entrevista, fala sobre a importância
da PREVI enquanto investidora institucional e reforça o
compromisso de buscar, de forma constante, robustez,
solidez e segurança da Entidade.
Revista PREVI – Quais as prioridades de sua gestão?
Robson Rocha – Primeiramente, gostaria de ressaltar o
enorme orgulho em presidir este Conselho Deliberativo.
Afinal, trata-se do maior fundo de pensão da América
Latina e um dos maiores do mundo. As prioridades
estarão concentradas, basicamente, na continuidade da
eficiência verificada na gestão da PREVI e na defesa dos
interesses dos participantes e da Entidade.
Revista – Como o senhor enxerga o mercado de previdência
complementar hoje?
Rocha – A realidade atual, bem como o cenário que se vislumbra para o futuro, confere à previdência complementar
papel preponderante na manutenção do padrão
de vida dos trabalhadores no período pós-laboral.
Outro ponto a ser destacado diz respeito à importância
dos fundos de pensão no desenvolvimento do País, seja
por meio de investimentos em Renda Fixa, constituindo
lastro necessário aos investimentos de longo prazo, seja
por intermédio dos investimentos em Renda Variável,
que estimulam a produção e a geração de empregos,
proporcionando um ciclo virtuoso na economia.
Revista – Como o senhor vê a PREVI enquanto investidora
institucional?
Rocha – Temos a responsabilidade de administrar um
patrimônio da ordem de R$ 130 bilhões, sendo boa parte
desses ativos investida em grandes companhias. A PREVI é vista como um dos principais parceiros de diversos
investidores, por isso qualquer movimento realizado por
ela nessa condição impacta fortemente o mercado. Assim,
devemos estar sempre atentos, buscando aprimorar os
mecanismos de sensoriamento das oportunidades que
se apresentam, tendo como foco a mitigação dos riscos
inerentes a essas atividades e garantindo a manutenção
de uma política de investimentos sólida e responsável.
Revista – Qual o papel da PREVI na governança corporativa
das empresas participadas?
Rocha – A busca incessante por melhores práticas de
governança é um traço muito forte na postura empresarial
da PREVI. É fundamental que esse olhar se estenda a todas as empresas nas quais tenha participação societária e que o
faça por meio de uma atuação qualificada dos indicados,
buscando atingir índices de rentabilidade esperados e contribuindo
para a solidez dessas instituições, sem perder de
vista os princípios de responsabilidade socioambiental.
Revista – Quais os desafios no horizonte próximo para
as políticas de investimento da PREVI, especialmente com
a redução da taxa básica de juros?
Rocha – Os desafios, sem dúvida, são enormes. Ao mesmo
tempo em que a redução dos spreads é uma realidade,
a PREVI precisa se adequar aos percentuais estabelecidos
pela Secretaria de Previdência Complementar no que tange
ao enquadramento de seus investimentos em Renda Fixa e Variável. A diversificação dos investimentos, por exemplo
em imóveis, é um caminho que pode ser trilhado.
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