Concluída a venda do Meridien
Windsor vence concorrência e adquire o tradicional hotel em copacabana
Endereço da famosa cascata de fogos nos réveillons
do Rio de Janeiro, o prédio da esquina
das avenidas Atlântica com Princesa Isabel,
em Copacabana, tem novo dono, a rede de
hotéis Windsor. Detentor de uma das redes
com maior presença na cidade, o grupo venceu concorrência
que contava com outras nove propostas. O
hotel, que até 2007 operava com a bandeira francesa Le
Meridien e, depois, com a espanhola Iberostar, será o seu
décimo empreendimento na capital fl uminense e o sexto
em Copacabana. O portifólio da rede completa-se com
estabelecimentos no Centro, Catete e Barra da Tijuca.
O acerto entre PREVI e Windsor encerrou um complexo
processo de negociação do imóvel. Erguido pela
Construtora Sisal na década de 1970, o prédio foi adquirido
pela PREVI em 1996, que manteve a bandeira
Le Meridien até janeiro de 2007. Foi realizada, então,
licitação e a Iberostar venceu a tomada de preços, passando
a operar a partir de fevereiro de 2007. À época,
ficou acordado que o prédio deveria sofrer reformas logo
após o Pan-Americano do Rio, em agosto do mesmo ano.
Assim, quando os Jogos acabaram, o hotel fechou suas
portas e as obras começaram.
Contudo, o entendimento entre as partes sobre as reformas divergia e, com isso, as obras foram interrompidas
ainda em 2007. Com o impasse, optou-se pelo distrato
amigável em outubro de 2008, quando a consultoria
Newmark Knight Frank foi contratada para conduzir
novas negociações do imóvel. Nesse processo de licitação
privada, do qual participaram dez empresas – a maioria
do segmento hoteleiro – foram avaliadas propostas de
arrendamento e de compra do imóvel. A que melhor
atendia aos interesses da PREVI foi a da rede Windsor:
aquisição permanente do edifício sem condicioná-la a
quaisquer novas benfeitorias. Em 30 de março deste ano, a
Diretoria Executiva aprovou a venda do ativo e o contrato
foi assinado em 27 de maio.
“Com a rentabilidade gerada pelo segmento imobiliário
nos últimos anos, especialmente em 2008, pela valorização
dos imóveis, a venda foi um bom negócio para a PREVI
e bom para o comprador, que terá à disposição um hotel
num dos melhores pontos turísticos do Rio de Janeiro”,
afi rma Fábio Moser, diretor de Investimentos da PREVI.
A rentabilidade acumulada com o imóvel entre 1997 e
2009 ficou acima da meta atuarial do período, superando,
portanto, o objetivo do investimento.
Concessão para gabarito superior
Uma das principais características do edifício, a altura
elevada, foi possível graças a uma concessão do governo
do então Estado da Guanabara, já que o gabarito da orla
do Rio permitia construções de até 20 pavimentos. Com
o intuito de estimular empreendimentos voltados para o
turismo, o governo concedeu à construtora o direito de
aumentar os andares, vinculando ao benefício o dever
de manter o prédio funcionando como hotel.
Assim, ficou com 38 andares mais dois subsolos, área
construída de cerca de 38 mil m2 e 496 apartamentos,
quase todos com vista para o mar de Copacabana e do
Leme. Tornou-se referência em uma das cidades mais
visitadas por turistas de todo o mundo e continuará
sendo, agora sob a bandeira Windsor. |