Retrato
dos planos
Mundo afora, os dias se
sucedem com altas e baixas violentas no mercado acionário. A
PREVI, como todos os investidores, tem sentido os impactos da crise e
isso pode ser constatado nas próximas páginas.
Mas é importante saber que, mesmo com números
negativos no segmento de renda variável, as reservas
acumuladas nos últimos anos permitem uma
posição relativamente confortável
diante dos fatos recentes
A PREVI publicará a cada
trimestre,
na Revista
e no site,
resultados acumulados para que os participantes possam acompanhar a
evolução dos recursos que asseguram o pagamento
dos benefícios. É uma
ação que atende ao compromisso de
transparência na gestão dos recursos de milhares
de pessoas.
A crise econômica global que buscamos retratar na edição de setembro da Revista
PREVI segue
firme e
não dá sinais de esgotamento. Nesses tempos de
turbulência, as certezas podem oscilar tanto quanto as
cotações das Bolsas de Valores. Mundo afora, os
dias se sucedem com altas e baixas violentas, que surpreendem pela
intensidade. Em comum, tanto as altas como as baixas parecem estar
calcadas mais em aspectos emocionais do que na racionalidade.
A PREVI, como todos os investidores, tem
sentido os impactos da crise e isso pode ser constatado pelos
números até o terceiro trimestre. A rentabilidade
das aplicações do Plano 1 em Renda
Variável, por exemplo, foi negativa em 9,21% de julho a
setembro. Ainda assim, graças à
composição da nossa carteira, teve desempenho bem
melhor do que o IBrX-50, índice que mede a rentabilidade da
Bolsa, que caiu 23,97% no período.
O Plano PREVI Futuro é, por suas características,
mais sensível às oscilações
do mercado, uma vez que as reservas variam mensalmente pelo
índice de rentabilidade do Plano. No 3o trimestre, a queda
em Renda Variável foi de 24,70%. Por outro lado, os
investimentos em Renda Fixa tiveram rentabilidade positiva de 1,35% no
trimestre e as Operações com Participantes,
rentabilidade de 4,04%.
PREVI trabalha
com o longo prazo
É importante ressaltar que as
perdas são contábeis, ou seja, não
realizadas, uma vez que não houve a venda das
ações. Com a crise, a PREVI decidiu
não vender ativos a preços muito baixos e, como
trabalha sempre na perspectiva do longo prazo, aguarda a crise
tornar-se gradualmente mais branda para que as
ações retornem a patamares mais realistas.
Se observarmos a rentabilidade acumulada, olhando para um horizonte
mais amplo de tempo, fica nítida a importância de
ter o longo prazo como balizador da gestão de um fundo de
pensão. Nos últimos 12 meses, o Plano 1 acumulou
rentabilidade positiva de 12,67% e, nos últimos 60 meses,
rentabilidade de 221,37%. O PREVI Futuro, por sua vez, teve
rentabilidade de 2,20% no período de 12 meses em que o
índice IBrX-50 teve queda de 16,07%. Nos últimos
60 meses, o PREVI Futuro acumulou 106,62% de rentabilidade (outubro
2003 a setembro 2008).
Continuidade
da crise
Os números apresentados nas
próximas
páginas vão até setembro, encerrando o
terceiro trimestre de 2008. Não contemplam ainda os dados de
outubro, mês em que as Bolsas continuaram apresentando
resultados negativos, ainda que em alguns dias tenham ocorrido picos de
valorização.
Façamos aqui uma explicação bastante
simplificada, mas que ajuda a dimensionar a crise. A Bolsa de Valores
de São Paulo possui um índice que é o
termômetro do mercado. Este índice, chamado
Ibovespa, reflete uma carteira teórica composta pelas 100
ações mais negociadas em Bolsa, tanto pelo volume
financeiro, quanto pela quantidade de operações e
pela quantidade de pregões nos quais foram negociadas. As
100 ações que compõem esta carteira
hipotética são revistas a cada quatro
meses. Em maio deste ano, o Ibovespa girava na casa dos 70
mil pontos. Quando o número mais recente da Revista
(setembro) foi publicado, o Ibovespa estava
próximo dos 50
mil pontos. Na última semana de outubro, estava em cerca de
34 mil pontos, mas chegou a cair a 29 mil.
O PIB americano encolheu 0,3% neste trimestre, a maior
redução desde 2001. É consenso que em
2009 ainda se sentirão efeitos da crise e que a
recessão nos EUA e Europa atingirá em alguma
medida os países emergentes como o Brasil. Embora o impacto
esperado seja menor do que o ocorrido naquelas
nações.
É importante que os participantes saibam que a PREVI
está atenta aos desdobramentos da crise e atuando no sentido
de preservar o patrimônio e assegurar a continuidade dos
benefícios. Ainda que os resultados apresentem
números negativos na rentabilidade de alguns dos nossos
investimentos, as reservas acumuladas nos últimos anos nos
permitem uma posição relativamente
confortável diante dos fatos mais recentes.
Pagamento de
benefícios
está garantido
A PREVI tem reservas para pagar, por um
período extenso, os
benefícios dos seus associados e pensionistas, utilizando
recursos provenientes de dividendos, aluguéis e
aplicações em Renda Fixa. Portanto, os
participantes podem ficar tranqüilos.
Em entrevista concedida à Agência Estado em 17 de
outubro, e publicada no site, o presidente Sérgio Rosa
declarou que “desde o início da crise, a PREVI
nunca deixou de estar em condição
superavitária e tem fôlego suficiente para
suportar um longo período em
condições de mercado
desfavoráveis”. Entretanto, a crise
econômica, somada às novas regras estabelecidas
pela Resolução CGPC no 26, implicou o
adiamento das discussões sobre a
utilização do superávit de 2007 do
Plano 1. Neste momento, não é prudente debater
sobre a utilização de reservas que podem vir a
ser necessárias no futuro.
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