Embora o vaivém das bolsas e a volatilidade nos preços dos ativos financeiros em todo o mundo sinalizem um momento delicado nos cenários econômicos, além de assustar o participante que acompanha de perto o movimento das ações, é importante destacar características desse mercado, bem como peculiaridades da carteira de renda variável da PREVI, que não podem ser traduzidas apenas com base nos números instáveis do primeiro semestre.
Cerca de metade dos investimentos em renda variável, por exemplo, ocorre por meio de veículos de participações – Sociedades de Propósitos Específicos (SPE) – nos quais os papéis não estão sujeitos às oscilações diárias do mercado. Essa parcela da carteira é avaliada conforme o método de Avaliação a Valor Econômico, e corresponde a ativos importantes como os detidos em Litel (veículo de participação da PREVI no controle da Vale), 521 Participações (CPFL Energia) e Neoenergia.
Importante também destacar que boa parte dos ativos da carteira de renda variável se concentra em empresas líderes de mercado, sólidas, com boas perspectivas de retorno e que compõem o índice IBrX-50 da Bovespa, no qual estão papéis de maior liquidez.
Os fundos de pensão trabalham com horizonte de longo prazo. A queda da bolsa representa momentos de apreensão e as boas rentabilidades de anos anteriores não garantem, necessariamente, retornos maiores nos anos que virão. Mas, a despeito de projeções pouco alvissareiras sobre a economia mundial, alguns indicadores têm sinal oposto: é o caso dos excelentes resultados semestrais divulgados por empresas brasileiras, que revelam expectativa de valorização das ações e manutenção dos bons fundamentos da Bolsa.
Importante analisar os cenários com base no nível de segurança dos Planos da PREVI. Algumas medidas que garantem a solvência e o equilíbrio dos Planos absorvem impactos em horizontes mais longos, e não podem ser avaliadas somente a partir de indicadores do atual contexto.
Há sempre as alternativas de novos investimentos, o aperfeiçoamento de ferramentas de gestão, as boas performances em outras frentes (caso, por exemplo, da rentabilidade da área imobiliária e renda fixa, no primeiro semestre). Além disso, vale destacar que o total de dividendos recebidos pela PREVI no primeiro semestre chega a R$ 1,6 bilhão.
A Diretoria de Planejamento, por exemplo, onde estão os “cenaristas” da PREVI, dispõe de estudos qualitativos e ferramentas adequadas para realizar simulações dos resultados futuros da PREVI com base em cenários distintos – otimista, pessimista, pessimistas e de estresse – da economia. A constatação é de que mesmo nos cenários de maior estresse, os Planos manteriam situação adequada de equilíbrio. |
Resultados trimestrais
Conforme resposta da PREVI à carta “Balancete”, do associado Ismael Cordeiro Coelho, publicada na seção Correio, a Revista PREVI vai acompanhar o site na divulgação dos resultados trimestrais. Trata-se de atender às demandas dos participantes e de reforçar a política de transparência na gestão. De forma a buscar maior sintonia com o contexto econômico, a divulgação também dará maior destaque a determinados ativos, carteiras ou segmentos de carteiras. |