Depois de uma boa trégua – de fato, mais de cinco anos – os mercados de capitais voltaram a oscilar bastante, por um período considerável, e já registram perdas que se refletem nos resultados dos planos da PREVI, especialmente o Plano 1, que tem boa parte da carteira de investimentos alocada em ativos de renda variável.
A Bolsa brasileira, durante boa parte desse período instável, não ficou simplesmente no vácuo de suas similares mais importantes, e registrou um movimento próprio, sustentado por bons fundamentos da economia.
Mas os reflexos são grandes. De fato, presenciamos, hoje, o fenômeno de um mundo interligado. A convalescença da economia americana e desempenhos abaixo do esperado das economias na chamada “zona do Euro” levaram com eles riquezas que fazem falta para os outros países. É um contexto de cautela, vigilância, e de um trabalho incansável na busca de boas opções para grandes investidores, como a PREVI.
E esse é o cenário no qual ainda se desdobram as discussões sobre a utilização do superávit, que partem para mais uma etapa, em setembro. É um debate influenciado por fatores que não ocorreram nas discussões do superávit anterior, conforme o leitor pode conferir em matéria desta edição. Mas afetam o cronograma das discussões, e terão de ser considerados pelos representantes dos associados, nessa etapa dos debates.
Muitas são as iniciativas que afetam a realidade dos fundos de pensão e os transformam em um tema importante na agenda de líderes de diversos setores. A Educação Previdenciária e Financeira, a certificação de gestores, os novos canais de atendimento ao participante são alguns dos assuntos que deverão clamar pelo interesse do associado, nos próximos meses.
O importante é que cada um se prepare para participar desses momentos de intenso debate. A informação é o caminho, não há outro. Ela é necessária inclusive para desmistificar temas e convicções que já se impregnaram no nosso vocabulário, sem que a gente saiba exatamente o que eles significam.
Na entrevista que está nesta edição, por exemplo, o professor José Santos explica um pouco mais o que significa a tal globalização, e outros fenômenos importantes para as empresas brasileiras ávidas por mercados internacionais. Foi um dos temas que enriqueceu o Encontro de Conselheiros deste ano.
A idéia é, portanto, levar informação útil a todos. Boa leitura.
Sérgio Rosa
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