|nº 121| Janeiro 06

Nesta Edição » Participantes - Melhora de benefícios

José Ricardo Sasseron, diretor
de Seguridade da PREVI
O desafio é melhorar benefícios

José Ricardo sasseron, diretor de seguridade, fala dos desafios de seus primeiros seis meses no cargo, da melhora de benefícios e da boa situação da PREVI.

Depois de seis meses no cargo, o diretor de Seguridade, José Ricardo Sasseron, revela que a complexidade de gerir um fundo de pensão como a PREVI é sempre maior do que se imagina. Mas destaca o bom trabalho feito anteriormente, que vem permitindo a melhora de benefícios na atual gestão, como a redução da PP, a reabertura da Carim etc. Leia na entrevista abaixo como foram os primeiros seis meses de mandato e quais são os planos para o futuro.

Revista PREVI – Qual o balanço dos primeiros seis meses à frente da Diretoria de Seguridade?
José Ricardo Sasseron – A complexidade da gestão da PREVI é um desafio sempre maior do que imaginamos, mas o bom trabalho feito anteriormente nos ajudou. Nestes primeiros meses demos continuidade a projetos em andamento, tais como a implantação da nova Parcela PREVI, a reabertura dos financiamentos imobiliários, o novo sistema de empréstimos simples, além de inúmeras outras questões do dia-a-dia que dizem respeito a benefícios e operações com os participantes.      
Revista – A Carim está reaberta. As condições são boas para os associados?
Sasseron – As condições do financiamento são as melhores que podemos garantir. A correção dos saldos devedores pelo INPC e a taxa de juros são os encargos mínimos que a legislação permite. Estas taxas são equivalentes às do financiamento imobiliário para população de baixa renda da Caixa Econômica Federal (CEF), feito com recursos do FGTS. Nos financiamentos da Carim, o associado ainda tem a segurança de que a prestação mensal nunca ultrapassará 30% de sua renda e de que o financiamento estará quitado ao final do prazo contratado, não restando resíduo a pagar.
Revista – Quase 10 mil associados já disseram que querem o financiamento. Quando eles vão receber a carta de convocação?
Sasseron – As primeiras mil convocações foram fechadas no dia 31 de janeiro. Nossa intenção é fazer convocações mensais, de maneira a agilizar a concessão de financiamento a todo o público interessado.
Revista – Quantas pessoas serão chamadas a cada convocação?
Sasseron – Queremos convocar o número máximo possível de associados. O único limitador que temos é a capacidade operacional da PREVI em processar os financiamentos. A segunda convocação acontece em fevereiro.
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Revista – Como o associado pode saber quando será chamado?
Sasseron – Aqueles que manifestaram interesse serão chamados de acordo com os números de ordem que receberam em casa. Como a manifestação de interesse pode ser feita a qualquer momento, a lista de convocados é alterada diariamente e só é fechada no momento da convocação. Por isso, não há como informar previamente a data de convocação.  
Revista  – E com relação à utilização do FGTS no financiamento da Carim, como estão as negociações com a CEF?
Sasseron – A equipe responsável tem contatos permanentes com a Caixa e as perspectivas são boas. Vale a pena esclarecer, no entanto, que o FGTS só poderá ser utilizado no ato da compra e para pagar parte do valor do imóvel, desde que o mutuário esteja enquadrado nas regras do Sistema Financeiro da Habitação. Recomendamos aos associados em condições de utilizar recursos do FGTS que aguardem o final dessas negociações. 
Revista – O financiamento por enquanto só contemplou o pessoal do Plano 1. Quando o pessoal do PREVI Futuro vai ter acesso ao financiamento?
Sasseron – Entendemos que as condições dos financiamentos devem ser semelhantes para os associados dos dois planos. Nas negociações com os bancos, até agora não conseguimos viabilizar, para os associados do PREVI Futuro, taxas, encargos e condições similares às oferecidas para o pessoal do Plano 1. Estamos preocupados com esta situação e iniciaremos estudos para viabilizar financiamentos com recursos do próprio plano.
Revista – Como estão os estudos para melhoria do Plano de Benefícios? Que mudanças estão sendo analisadas?
Sasseron – As simulações e os estudos para revisão do Plano 1 serão concluídos em breve. Aumento do teto de benefícios e contribuições para 90%; revisão da proporcionalidade dos benefícios calculados para aqueles que contribuíram por menos de 30 anos; antecipada para as mulheres aos 45; aumento no valor das pensões; revisão dos benefícios de quem contribui por mais de 30 anos; e redução das contribuições são algumas das mudanças em análise. Outros elementos estruturais do Plano de Benefícios precisam ser revistos, tais como a tábua de mortalidade, pois a expectativa de vida dos associados da PREVI tem aumentado. Para se definir as mudanças a serem implementadas dependemos de negociação com o patrocinador e isto deve envolver, além dos dirigentes da PREVI, os representantes do funcionalismo. Outro ponto que fazemos questão de manter em pauta é o fim do voto de Minerva.
Revista – Foram feitos estudos para melhorar o Empréstimo Simples?
Sasseron – Desde o início de dezembro, o associado solicita o empréstimo pela internet e recebe o crédito na sua conta corrente em 48 horas. Não precisa mais preencher um novo pedido a cada renovação ou concessão. As taxas e encargos são o mínimo que a legislação permite: juros atuariais e correção dos saldos devedores pelo INPC, condições mais vantajosas que os empréstimos consignados oferecidos pelos bancos. No Plano 1, temos quase 77 mil contratos com saldo devedor médio de R$ 15.100; já no PREVI Futuro, são 12.300 contratos com saldo devedor médio de R$ 5.400. O teto para as concessões foi aumentado no final de 2005 para R$ 30.000, desde que a margem consignável do associado comporte o pagamento das prestações. Esses dados mostram claramente que o principal limitador é a capacidade de endividamento das pessoas, muitas das quais já contraíram outros empréstimos pessoais com o banco e outras entidades. Apesar desses dados, temos recebido demandas de melhoria do empréstimo simples e estamos realizando estudos a respeito.