|nº 118| Set/Out 06

Nesta Edição » Caso Opportunity - Nova vitória
Nova vitória contra o Opportunity
PREVI, outros fundos de pensão e Citigroup afastam grupo de Daniel Dantas da gestão
da Telemig e da Amazônia Celular


Depois de longa batalha jurídica, a PREVI, em conjunto com outros fundos de pensão e o Citigroup, conseguiu afastar o banco Opportunity da gestão da Telemig e da Amazônia Celular. No começo de outubro, os fundos de pensão elegeram novos executivos para as duas empresas, o que completou a substituição de todos os administradores indicados pelo banco de Daniel Dantas.

Essa mudança tem grande importância para a PREVI, pois significa uma perspectiva real de recuperação do investimento que realizou. Antes, apesar de deterem a maior parte do capital das empresas, PREVI e outros sócios estavam alijados da administração. As perspectivas eram sombrias, com o risco de os fundos virem seus recursos virar pó. Somente a partir do acordo firmado com o Citi o quadro começou a mudar. “Com o afastamento do Opportunity, os principais acionistas, os verdadeiros donos, estão à frente do negócio. Só assim vamos poder defender o nosso investimento, que é patrimônio dos participantes”, diz Sérgio Rosa, presidente da PREVI.

Desde 2003, o Opportunity não era mais gestor do atual fundo Investidores Institucionais, antigo CVC Nacional, que controla as operadoras Brasil Telecom, Telemig e Amazônia Celular, Metrô RIO, Sanepar e Santos Brasil. Mas, por meio de uma intrincada rede societária, continuava à frente da gestão das empresas. Depois de longa batalha jurídica, os fundos de pensão conseguiram afastar o Opportunity da gestão do Metrô do Rio e da Brasil Telecom, além de terem vendido por um bom preço a Santos Brasil. Faltava recuperar a Telemig e a Amazônia Celular.

Na complexa cadeia societária montada pelo Banco Opportunity, a PREVI participava em dois níveis da estrutura: como cotista do Fundo Investidores Institucionais (antigo Fundo CVC Opportunity Equity Partners FIA, conhecido como CVC Nacional) e como acionista da Newtel.

Os Acordos de Acionistas firmados à época não permitiam que os investidores indicassem representantes para a administração das empresas operacionais Telemig Celular e Amazônia Celular.

A substituição dos administradores indicados pelo Opportunity em todas as empresas pertencentes à cadeia societária, inclusive nas empresas operacionais Telemig Celular e Amazônia Celular, somente foi possível após os acordos firmados entre os fundos de pensão PREVI, Petros e Funcef, o Fundo Investidores Institucionais e o Citigroup, dono do Fundo CVC Opportunity Equity Partners LP (CVC Estrangeiro).