Propondo ter uma PREVI forte, perene, estável e, sempre que possível, parceira do Banco e do desenvolvimento do País, há vinte anos os trabalhadores – em especial do BB – vêm travando luta incessante, resistindo para a não privatização do Banco do Brasil, o não abandono da Cassi pela sua Patrocinadora e pela não utilização da PREVI como fonte de recursos para a sua Patrocinadora e para outros interesses.
Assim, definimos como premissas para a formação da CHAPA 1, a autonomia e independência, capacitando a representação dos associados na gestão da PREVI.
Temos como propostas e compromisso:


Revisar as condições e os termos financeiros do Acordo Pré-67 firmado em 1997
Até 1997 o Acordo existente entre o Banco do Brasil e a PREVI para pagamento dos funcionários que tomaram posse no Banco até abril de 1967 previa que, após calculados os valores, a PREVI efetuaria os respectivos pagamentos e esses seriam ressarcidos pelo Banco do Brasil. As Diretorias negociaram o repasse da responsabilidade pelo pagamento das aposentadorias do grupamento pré-67, daquela data em diante, para a PREVI e, em troca, daria maior espaço na gestão por parte dos associados.
Apurou-se que a expectativa de vida do grupamento pré-67 seria até o ano de 2044 e que o montante necessário, a ser aportado pelo Banco, seria de R$ 11 bilhões. É imprescindível que a atual e futura gestão busquem formas de revisar os termos deste Acordo de maneira a garantir o equilíbrio e a estabilidade do Plano de Benefícios nº 1, uma vez que a estrutura financeira do Acordo não é estável.

Reverter para o Plano o chamado Fundo Paridade
Em 1998 a Lei Complementar nº 20 determinou que as contribuições de Patrocinadoras e participantes de fundos de pensão teriam prazo até dezembro de 2000 para tornarem-se paritárias. O entendimento dos diretores da PREVI era de que isso só se aplicaria aos novos associados dos fundos. Com esse impasse, o governo FHC determinou uma “intervenção branca” na PREVI. Foi determinada a implantação da paridade e a transferência de R$ 2,3 bilhões dos recursos garantidores da PREVI para a conta CAPA a favor do Banco. Através de liminar, os recursos então foram provisionados numa conta que passou a ser chamada de “Fundo Paridade”.
Não podemos correr o risco de perder os recursos que serviriam para garantir as aposentadorias e pensões dos participantes e assistidos do Plano de Benefícios nº 1, pela falta de convicção dos representantes, agora no poder.

Reconstituir a integralidade da Reserva de Contingência
A previsão de existência da Reserva de Contingência (recursos que excedem em até 25% as Reservas Matemáticas) visa a garantir que flutuações nos valores dos nossos ativos não tenham como conseqüência déficits no Plano de Benefícios, como ocorreu em 2001 e 2002. Na ocasião do Acordo firmado em 1997, não só as Reservas de Contingência, mas também as Reservas Atuarias foram consideradas superávit e consumidas no chamado Acordo Pré-67 com a concordância dos diretores da PREVI.

Restabelecer o Estatuto de 1997 e iniciar processo de sua revisão
Resultado de uma negociação entre as Diretorias do Banco do Brasil e da PREVI, foi aprovado em 97 o Estatuto garantindo aos associados uma maior participação na gestão da Caixa de Previdência, custando R$ 5 bilhões aos cofres da PREVI. Em 2002, o governo FHC destituiu a Diretoria Executiva e o Conselho Deliberativo, nomeando um interventor para a entidade, impondo um novo Estatuto e debitando da PREVI R$ 2 bilhões em impostos não devidos. Foi revogado o Estatuto de 1997, proposto e aprovado novo Estatuto. A figura dos “associados” e do “corpo social” acabou, foi instituída a paridade na composição de todos os órgãos de gestão, foi retirada dos associados a presidência do Conselho Deliberativo e dada à patrocinadora, com “voto de Minerva” a esse presidente.
Com a posse do novo governo, foram nomeados para a Presidência da PREVI e de seu Conselho Deliberativo dois colegas que, anteriormente, lutaram contra a intervenção. Entretanto, após mais de um ano da atual gestão, o Banco ainda não aceitou restituir o Estatuto de 1997, alegando que o Estatuto deveria ser restabelecido já com as “melhorias” negociadas. Não podemos aceitar que isso ocorra, quando o correto é devolver os direitos que foram subtraídos do Estatuto de 1997, restabelecendo o poder do corpo social e iniciar um processo de revisão estatutária.

Restabelecer a proporção de 2x1 nas contribuições
Nenhuma lei pode vir a alterar o que legitimamente foi pactuado anteriormente, ou seja, toda lei vale dali para adiante, só podendo retroagir se for para favorecer as partes, nunca para prejudicá-las. Apesar disso, o Banco do Brasil deixou de contribuir na PREVI na proporção de 2x1, passando a contribuir na proporção de 1x1. Apesar de sentença já proferida com ganho de causa aos sindicatos, o Banco do Brasil ainda não está contribuindo com a proporção 2x1.

Extinguir a Parcela PREVI para resgatar o valor justo dos benefícios
O objetivo do Plano de Benefícios nº 1 era garantir aos associados da PREVI e aos funcionários do BB a complementação de suas aposentadorias. Essa complementação garante a cada funcionário que, após a aposentadoria, ele mantenha o mesmo poder aquisitivo conquistado durante a sua vida laboral. Em 1997, a regra mudou. A preocupação dos técnicos e da Diretoria da PREVI da época referia-se ao Projeto de Lei apresentado pelo governo FHC, que propunha reduzir o teto do INSS de dez para três salários mínimos. Pois o teto não foi reduzido, ao contrário, foi reafirmado e valorizado e a Parcela PREVI permanece vigente, prejudicando os colegas que se aposentaram há pouco tempo. Torna-se então, urgente a sua extinção e o restabelecimento da lógica de complementação de aposentadorias no Plano de Benefícios nº 1 da PREVI.

Revisão dos parâmetros definidores do benefício mínimo
Hoje não estão claramente definidos, para os associados, os conceitos que regem a definição do que seria um benefício mínimo a ser pago pela PREVI aos colegas que concluíssem suas carreiras, na ativa, com valores inferiores ao limite máximo do INSS.
Devemos abrir amplo debate sobre qual deve ser o conceito justo, para definirmos o valor do benefício mínimo da PREVI e qual deverá ser a fórmula de cálculo para apuração de seu valor.

Permitir a migração do Plano PREVI Futuro para o Plano 1
Em 1978, os funcionários do BB aprovaram uma reforma para adequar o Estatuto da PREVI às leis e decretos editados na época, onde aceitaram criar duas classes de associados. A “primeira classe” incluindo os funcionários que haviam aderido ao Plano de Benefícios entre 67 e 78 e a “segunda classe” onde se enquadrariam os funcionários que tomassem posse após aquela data. Foi fácil aprovar aquele Estatuto, uma vez que 100% dos votantes ficariam no grupo da “primeira classe”. Apesar de termos passado longos anos tentando corrigir essa distorção e injustiça, somente em 1997 conseguimos corrigi-la. Entretanto, simultaneamente, as Diretorias do Banco e da PREVI decidiram novamente apartar futuros colegas dos mesmos direitos. Hoje temos colegas vinculados ao Plano de Benefícios nº 1, e os que tomaram posse a partir de 1998 vinculados ao Plano PREVI Futuro. Lutamos pela possibilidade de os colegas que ingressaram no Banco após 1997 optarem por um dos planos de benefícios da PREVI.

Aprofundar debate sobre a Reforma da Previdência
A Previdência Oficial garante aos cidadãos o padrão de vida que conquistaram durante seu período laboral. A Previdência Complementar existe para complementar benefício naquilo que for a diferença entre o benefício da Previdência Oficial e o poder aquisitivo conquistado durante seu período laboral. E a Previdência Aberta existe para que os cidadãos possam poupar recursos percebidos durante a sua vida laboral sem qualquer relação com o padrão de vida ou poder aquisitivo adquirido. Entendendo que a Previdência Complementar faz parte do arcabouço do Sistema de Previdência do Brasil, os dirigentes da PREVI não podem deixar de participar de forma ativa de todos os debates acerca de legislação, normatização ou regulamentação sobre previdência.

Impedir que a PREVI seja utilizada para viabilizar interesses governamentais, em detrimento de seus associados
Nos últimos vinte anos temos defendido que todos os trabalhadores deveriam ter seus fundos de pensão e que esses fundos deveriam ser vistos pelos governos como peças fundamentais da engrenagem de desenvolvimento de qualquer país, uma vez que administram recursos de longo prazo para pagar passivos também de longuíssimo prazo.
Mesmo sendo bem sucedidos na defesa dessa tese ao longo desses anos, ainda enfrentamos problemas com relação à ganância dos diversos governos sobre esses recursos, quase sempre buscando utilizá-los em projetos de interesse dos governantes, mas nem sempre de interesse do país ou dos associados.
A Parceria Público-Privado (PPP) pode ser interessante para a PREVI, para seus associados e para a sociedade, desde que respeitada a rentabilidade mínima e o fluxo de caixa exigidos pelo Plano de Benefícios para viabilizar o pagamento das aposentadorias e pensões, pois entendemos que PARCERIA não se resume a um projeto, e sim às atitudes envolvendo relacionamentos à luz de valores como ética, respeito e coerência.

Aumentar a clareza e a transparência na comunicação com os associados
Toda comunicação da PREVI com seus associados deve primar pela transparência e clareza. Deve privilegiar a comunicação tempestiva com esclarecimentos didáticos sobre os principais acontecimentos polêmicos do período imediatamente anterior. Os principais questionamentos efetuados pelos associados devem ser respondidos através da comunicação institucional, permitindo que os associados possam melhor criticar, sugerir e avaliar a gestão dos seus recursos.

Aperfeiçoar canais de relacionamento com os associados
A PREVI precisa viabilizar acesso a processos de simulações de aposentadorias em todas as suas possibilidades (antecipada, por tempo de serviço, por idade, por tempo de contribuição), com projeções futuras, de forma a permitir que cada associado possa fazer a melhor escolha com relação a essa decisão que determinará sua remuneração por toda a vida. Devemos ainda investir para viabilizar que, no relacionamento associado-PREVI, não seja necessária a presença de intermediários. Nosso site da PREVI deve permitir cada vez mais relacionamentos e operações diretas, automáticas e instantâneas.

Dar mais agilidade e flexibilidade nos processos de concessão de Empréstimos Simples
O processo de concessão de Empréstimos Simples deve ser direto com a PREVI, que deverá ter também seu próprio critério de análise de capacidade de pagamento de cada participante ou assistido. Por outro lado, a PREVI deve buscar lançar modelo de Empréstimo Simples que, sem deteriorar o retorno mínimo exigido para mantermos o pagamento das aposentadorias, permita não haver prestações nos meses de dezembro e janeiro, meses de maior despesa.
A carência regulamentar para renovação de empréstimos deve ser extinta e vinculada apenas à existência de capacidade de pagamento e à margem para adquirir novos empréstimos.
Também há possibilidade de criação de linhas de crédito específicas, com taxas e prazos diferenciados, quando direcionadas para ações que impliquem melhoria da qualidade de vida, como, por exemplo, empréstimos para: educação, conversão de combustível para gás natural veicular e outros.

Reabrir os financiamentos imobiliários
Após um período longo de limites legais que impediram a continuidade dos financiamentos e uma série de alterações na política de recursos humanos do Banco do Brasil que quase inviabilizaram os mutuários, precisamos retomar os financiamentos, não só para os participantes do Plano de Benefícios nº 1, mas principalmente para os colegas do Plano PREVI Futuro, para os quais a propriedade da casa própria pode fazer uma grande diferença nos seus orçamentos de início de carreira.

Para acessar o site da Chapa 1:
www.previparaosassociados.com.br



OUTRAS MATÉRIAS: Chapa 1: PREVI para os associados: Autônoma e independente | Programa Chapa 1 | Chapa 3: Unidade na PREVI - Unidade com você | Programa Chapa 3 | Confira as propostas da Chapa 3 - Unidade na PREVI | Eleições PREVI 2004: Saiba como votar / Sistema de votação é seguro / Aposentados e pensionistas votam pelo 0800-285-0808 / Quem não vota


Topo da página