Relatório Anual 2001
Bolsas afetaram
o resultado
Em
2001, a PREVI apresentou déficit técnico de R$ 2,04
bilhões.
O resultado decorreu fundamentalmente da combinação
de dois fatores: a significativa parcela da carteira de investimentos
aplicada em ações e o desempenho insatisfatório
da Bolsa de Valores, sensivelmente afetado por eventos como a crise
argentina e os atentados terroristas nos EUA.
A metodologia de apuração desse resultado não
considera os prêmios associados à participação
da PREVI em blocos de controle de diversas empresas como
Embraer, Companhia Vale do Rio Doce e Perdigão, entre outras.
Se esses prêmios fossem considerados, o patrimônio da
PREVI seria ainda maior.
A queda de preços observada na Bolsa de Valores teve impacto
estritamente contábil, uma vez que a PREVI não se
desfez de sua carteira.
OUTROS FUNDOS TAMBÉM TIVERAM DÉFICIT
Em entrevista à Gazeta Mercantil em janeiro, o presidente
da Petros anunciou um déficit de R$ 346 milhões. Segundo
ele, 2001 e 2000 foram dois anos ruins para o mercado de capitais.
Isto afetou praticamente todas as fundações.
DÉFICIT
EM 1998. RECUPERAÇÃO EM 99
Em
1999, a PREVI fechou com superávit, em função
da recuperação do mercado de ações.
O superávit comprovou a correlação existente
entre a performance das Bolsas de Valores e os resultados contábeis
da Instituição. Tal correlação foi apontada
no Relatório Anual de 1998 como causa primordial do déficit
observado naquele exercício.
O
ATIVO
RECURSOS SOMAM R$ 37,79 BILHÕES
BOLSAS
PUXAM RENTABILIDADE PARA BAIXO
A rentabilidade da carteira de investimentos alcançou 10,89%,
ficando abaixo da meta atuarial 17,02% equivalente
a IGP-DI + 6% a.a. A origem da diferença é a mesma
do resultado patrimonial observado no exercício: o desempenho
insatisfatório da Bolsa de Valores.
RENDA
VARIÁVEL
Ao
final do exercício, R$ 20,94 bilhões estavam aplicados
em ações. Esses investimentos apresentaram rentabilidade
anual de 7,52%, resultado que superou a variação do
IBX (-0,9%) e o Ibovespa (-11%). A receita líquida recebida
com dividendos e juros sobre capital próprio foi de R$ 781
milhões.
Movimentos
da carteira:
Ganho
de R$ 530 milhões com o descruzamento CVRD-CSN. A operação
que se convencionou chamar de descruzamento foi a eliminação
das participações acionárias recíprocas
entre a Cia. Vale do Rio Doce (CVRD) e a Companhia Siderúrgica
Nacional (CSN). A operação envolveu valores da ordem
de R$ 4,80 bilhões.
Venda
das operadoras Telet (RS) e Americel (regiões Norte e Centro-Oeste)
gera ganho de R$ 41 milhões. O valor de alienação,
referente à parcela da PREVI no bloco, correspondeu a R$
264 milhões.
Com
a Embraer, o lucro foi de R$ 270 milhões. A PREVI e seus
demais parceiros do bloco de controle da Embraer efetuaram a venda,
por meio de oferta pública no Brasil e nos EUA, de substancial
bloco de ações preferenciais daquela empresa. Desse
total, coube à PREVI a alienação de aproximadamente
13 milhões de papéis, correspondente a valor financeiro
bruto de R$ 316 milhões.
RENDA
FIXA
As
aplicações de renda fixa somavam aproximadamente R$
11,27 bilhões, equivalentes a 29,83% dos ativos de investimentos.
A
rentabilidade destas aplicações alcançou 16,69%,
pouco abaixo portanto do CDI (Certificado de Depósito Interbancário),
17,29%. Isso porque as carteiras de alguns dos fundos de investimentos
que compõem o segmento de renda fixa contêm papéis
de renda variável.
INVESTIMENTOS
IMOBILIÁRIOS
Investimentos
imobiliários representavam 6,05% dos ativos de investimentos
e somavam R$ 2,29 bilhões ao final de 2001.
As
receitas financeiras líquidas geradas no ano pelos imóveis
em operação foram da ordem de R$ 177,39 milhões.
Nos
últimos anos, o foco do gerenciamento da carteira de investimentos
imobiliários tem sido a elevação da rentabilidade
e da liquidez. Com este objetivo, em 2001 foram realizadas operações
de venda correspondentes a R$ 20,26 milhões. O percentual
de vacância dos imóveis tem-se mostrado praticamente
nulo.
Aquisições:
Centro
Empresarial Mourisco 2º pavimento
O segundo pavimento do CEM, no Rio de Janeiro, foi adquirido à
Cia. Vale do Rio Doce por R$ 14,30 milhões. A aquisição
elevou a participação da PREVI no edifício
para 63,45%.
Norteshopping
A PREVI elevou sua participação no Norteshopping (RJ),
por meio da aquisição, por R$ 9,62 milhões,
de 9% da área bruta locável da primeira fase do shopping
center e de 29% da expansão, por R$ 21,47 milhões.
OPERAÇÕES
COM PARTICIPANTES
O
segmento de operações com participantes representava
8,72% da carteira de ativos de investimentos, tendo acumulado rentabilidade
de 11,03% no exercício.
O
PASSIVO
O Plano de Benefícios 1 entrou em fase
de maturidade. O número de participantes assistidos (aposentados
e pensionistas) ultrapassou o de participantes ativos.
A Reserva matemática do Plano de Benefícios
1 tem apresentado crescimento nominal médio de 12% ao ano
e indica decréscimo no valor real do compromisso previdenciário
da PREVI, tendo em vista que a meta atuarial é dada pela
variação do IGP-DI, acrescidos juros de 6% a.a.
Continua
»
Benefícios:
reajuste de 10%
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