Edição 182 Maio/2015

recursos do plano

Nova fronteira

Pela primeira vez, a Entidade realizou investimentos no exterior. O aporte foi dividido entre PREVI Futuro e Plano 1, em proporção ao patrimônio de cada plano. O PREVI Futuro investiu R$ 8,87 milhões, que correspondem a 0,16% de alocação dos investimentos

O ano de 2014 também serviu para abrir fronteiras na PREVI. Pela primeira vez, a Entidade realizou investimentos no exterior. As aplicações foram feitas com base no índice MSCI World (mercado de ações de países desenvolvidos), em parceria com outros investidores institucionais, e o aporte foi dividido entre PREVI Futuro e Plano 1, em proporção ao patrimônio de cada plano. No PREVI Futuro, foram investidos R$ 8,87 milhões, que correspondem a 0,16% de alocação dos investimentos. O valor ainda é pequeno, mas o potencial de crescimento é alto. Entre 1º de fevereiro e 31 de dezembro de 2014, a rentabilidade acumulada nesse investimento foi de 19,67%.

A participação direta do PREVI Futuro em empresas ainda é modesta. Com o tempo, no entanto, isso pode mudar. “Talvez não tenhamos as mesmas oportunidades que tivemos no passado, na época das grandes privatizações, mas entrar em blocos de controle pode ser possível porque se trata de uma carteira que vai crescer muito e precisa ser rentabilizada”, diz Márcio. “Afinal, participar de empresas em que possamos fazer algum tipo de valorização da companhia é natural.”

Na área de participações, um dos destaques foi a BRF (Brasil Foods). Com uma reformulação estratégica e melhores práticas de governança, a empresa teve excelente desempenho, com valorização de 31,35% durante o ano. Outro ativo importante é a participação na ALL (América Latina Logística), que passa por um processo de fusão com a Cosan, ainda em análise no Conselho Administrativo de Defesa Econômica, que pode fortalecer a empresa e aumentar a liquidez de suas ações.

Governança

A PREVI também acompanhou de perto a performance de alguns ativos que passaram por problemas em 2014. A Petrobras foi uma delas, embora nossa participação acionária na companhia seja relativamente modesta. “Em 2015, estamos buscando maior protagonismo nas questões de governança relativas à empresa”, diz Marco Geovanne, diretor de Participações.

Para Márcio Hamilton, no horizonte do PREVI Futuro o grande desafio será rentabilizar e focar a carteira em ciclos de aposentadorias que virão ao longo das próximas décadas. “Isso significa adequar o risco de retorno da carteira a cada perfil de público que temos internamente e às expectativas futuras de rentabilidade”, explica. “Claro que, numa carteira que está em formação, em que o acúmulo está sendo iniciado, podemos correr riscos maiores do que na de alguém que esteja próximo de se aposentar. Por isso teremos de adequar as carteiras que teremos lá na frente, o que vai exigir, sem dúvida, muita coordenação entre todas as áreas da PREVI.”

Perfis de investimentos

Os Perfis de Investimentos foram criados em 2009 para dar chance aos participantes do PREVI Futuro de escolher o volume de alocação em renda variável que considerem o mais adequado a suas expectativas. Os perfis oferecidos são o Conservador (0% a 10% em renda variável), Moderado (20% a 30%), Agressivo (40% a 50%) e Perfil PREVI, cuja alocação hoje é de 30% a 50%.

A escolha da estratégia é importante, pois quanto maior a rentabilidade associada às contribuições individuais, maior o valor do benefício no futuro. A opção por um dos perfis não é definitiva e pode ser mudada e alterada a cada 12 meses. Vale ter em mente que se trata de um investimento de longo prazo e que é necessário acompanhar constantemente a rentabilidade dos perfis e projetar a evolução do cenário econômico.

Em quase cinco anos de existência, perfis acumulam até 76% de rentabilidade

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