recursos do plano
Contas equilibradas
Apesar do cenário econômico, Plano 1 mantém superávit de R$12,5 bilhões
O ano de 2014 foi uma batalha constante, travada em cenário econômico conturbado. Apesar disso, o Plano 1 encerra o período com boa saúde: em situação de equilíbrio e com reservas confortáveis para cumprir sua missão de pagar benefícios. Com ativos no valor de R$ 162 bilhões, o Plano ainda conta com uma Reserva de Contingência de R$ 12,54 bilhões. Esse valor é 10% superior ao necessário para cobrir todos os compromissos presentes e futuros assumidos com os participantes.
O Plano 1 é maduro, fechado a novas adesões. Atualmente, são mais de 116 mil participantes e pensionistas, aproximadamente 24 mil deles na ativa. Destes, 14 mil já possuem condições de pedir aposentadoria. Em 10 anos, todos reunirão condições de se aposentar, o que vai elevar o volume de pagamento de benefícios a seu ponto máximo nas próximas duas décadas.
“Só no ano passado, foram pagos R$ 8,4 bilhões em benefício pela PREVI para aposentados do Plano 1, e esse número vai crescer”, observa Marcel Barros, diretor de Seguridade. Por isso, a Instituição tem buscado dar mais liquidez a seus investimentos, o que inclui venda de alguns ativos de forma planejada ou aproveitando oportunidades de mercado. “A Política de Investimentos contempla essa realidade”, acrescenta Décio Botecchia Júnior, diretor de Planejamento. “O Plano 1 precisa de caixa para o pagamento de benefícios, mas não temos problemas de liquidez”. Vale lembrar que quase metade do valor dos benefícios pagos em 2014 teve como origem dos recursos o recebimento de dividendos de ações e receita líquida de aluguel dos imóveis. Ou seja, esses benefícios foram pagos sem que a PREVI precisasse vender nenhum ativo.
Em 2014, foi previsto o Caixa Mínimo para dar ainda mais segurança aos participantes da PREVI. Trata-se de um volume de recursos apartado dos investimentos com altíssima liquidez, e que corresponde a seis meses de pagamento de benefícios. “Foi um aprimoramento muito importante”, diz Décio. “O Caixa Mínimo é uma segurança extra, que nos permite continuar pagando os benefícios em dia mesmo no caso de uma eventual contingência grave.”
Equilíbrio atuarial
Marcel observa, por sua vez, que o comportamento do Plano 1, do ponto de vista atuarial, vem se mantendo dentro do esperado. “A quantidade de pedidos de aposentadoria se manteve mais ou menos no mesmo padrão”, diz. “Tivemos revisão da tábua atuarial no fim de 2013, e os números se mantiveram aderentes em 2014. As pessoas estão vivendo um pouco mais e é preciso ter um nível de reserva um pouco maior, o que já estava sendo feito desde o ano anterior.”
Sobre a mudança de critérios do Ministério da Previdência em relação ao cálculo da taxa de juros atuarial – indicador que serve de projeção para o rendimento futuro dos investimentos –, Marcel acredita que o impacto sobre o Plano 1 é pequeno. “Já trabalhamos com uma projeção realista de retorno dos investimentos. Temos que ser prudentes num plano que tem a maturidade do Plano 1”, diz.
Em janeiro de 2014, encerrou-se a distribuição do Benefício Especial Temporário (BET) e foi retomada a cobrança das contribuições do Plano 1, conforme previsto. Em função disso, a Diretoria Executiva autorizou a paralisação, por seis meses, da cobrança da prestação do Empréstimo Simples (ES) para os que fizessem essa opção. Dos 57 mil mutuários do Empréstimo Simples, 53% solicitaram a suspensão.
Vale lembrar que a PREVI começou a sinalizar a possibilidade do retorno da cobrança das contribuições e fim do pagamento do benefício temporário em agosto de 2013, justamente para dar tempo às pessoas de se prepararem.