recursos do plano
Investimentos Estruturados
Volume total investido em fundos de private equity chegou a R$ 2,3 bi em 2014
Os investimentos estruturados, que têm 98% de sua carteira composta por fundos de private equity, continuam a representar uma porcentagem pequena dos investimentos da PREVI. Em 2014, foram cerca de R$ 200 milhões em novas subscrições (recursos que o investidor se compromete a aplicar em determinado prazo), valor dividido proporcionalmente entre Plano 1 e PREVI Futuro. Hoje, o volume total chega a R$ 2,3 bilhões.
O objetivo desses fundos é entrar em empresas com potencial de crescimento, turbiná-las e vender a participação anos depois, realizando o lucro dos investidores. “A maior parte dos fundos ainda está em maturação”, explica Márcio. “Acompanharemos sua evolução até que estejam no ponto ideal para serem negociados.”
A rentabilidade do Plano 1 no segmento de investimentos estruturados foi de -4,45%, influenciada principalmente pela Sete Brasil. Hoje, a PREVI detém 2,3% da companhia por meio do fundo FIP Sondas. No Plano 1, esse investimento corresponde a 0,1% do patrimônio do Plano. Ou seja, tem impacto ínfimo sobre o resultado da PREVI. Ainda assim, desde que a Sete Brasil teve seu nome relacionado à Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, a PREVI requereu auditoria independente na empresa e vem pressionando os administradores para que apurem os fatos ocorridos e preservem os recursos investidos pelos sócios da companhia.
O ano de 2014 também serviu para abrir fronteiras na PREVI. Pela primeira vez, a Instituição realizou investimentos no exterior. As aplicações foram feitas com base no índice MSCI World (mercado de ações de países desenvolvidos), em parceria com outros investidores institucionais. O valor ainda é pequeno, mas o potencial de crescimento é alto. No Plano 1, foram investidos R$ 79,83 milhões, o que corresponde a 0,05% de alocação dos investimentos. Entre 1 de fevereiro e 31 de dezembro de 2014, a rentabilidade acumulada nesse investimento foi de 19,67%.
Governança nas empresas
No âmbito do Plano 1 também vale destacar a importância da carteira de participações da PREVI. Num ano de incertezas, a Instituição assumiu uma postura de defesa do patrimônio, estimulando as empresas a manter as melhores práticas de governança e apurar suas estratégias de negócios. Para a BRF, um dos destaques da carteira, isso resultou em uma valorização em Bolsa de mais de 30% no ano.
Já a Invepar, holding de investimentos em infraestrutura, cancelou a abertura de capital que faria em 2014 para esperar ventos mais favoráveis na economia, mas não parou de investir. A empresa entregou o Terminal 3 do Aeroporto de Guarulhos e venceu o leilão de concessão da BR-040, uma das principais rodovias da Região Sudeste.
A Vale atravessou um ano difícil com a queda nos preços do minério de ferro, mas se manteve como uma das dez maiores em valor de mercado na BM&FBovespa. A mineradora promete entregar no prazo e dentro do custo estimado o Projeto S11D, nova mina em Carajás, no Pará, que deve aumentar a produção da companhia de forma significativa nos próximos anos.
A queda das ações na Petrobras foi um ponto negativo. “Temos uma participação de 7% na companhia e isso impactou contabilmente no resultado. Mas a PREVI não realizou prejuízo porque não vendeu as ações que tem”, diz Marco Geovanne, diretor de Participações. “Em 2015, estamos buscando maior protagonismo nas questões de governança. E acreditamos na recuperação da empresa, que dá mostras efetivas de que encontrará soluções para seus problemas recentes”, conclui.