Educação Previdenciária
Mudanças obedecem a regras próprias
Após a escolha de um perfil, a mudança para outro só pode ser feita após um ano
Um dos fatores que leva Jost a ter muita cautela antes de mudar seu perfil de investimento é a regra que impede a realização de uma segunda mudança no prazo de um ano. “Você tem de permanecer um ano no perfil escolhido antes de poder mudar de novo. Logo, se escolher errado pode passar um ano inteiro perdendo”, justifica.
Outra observação importante: quando um participante sai, por exemplo, do Perfil Agressivo para o Perfil PREVI, isso pode reduzir de no máximo 50% para até 30% sua exposição à renda variável. Portanto, a decisão teria impacto sobre não mais do que 20% do patrimônio do participante, uma vez que, hoje, o Perfil PREVI adota uma exposição entre 30% e 40% em renda variável.
No entanto, se o mesmo participante decidir pular do Agressivo para o Conservador, isso significa sair de uma exposição entre 40% e 50% do patrimônio em renda variável para 0% a 10%. Logo, o impacto dessa decisão pode se refletir sobre até metade do valor do saldo de aposentadoria do participante.
Por tudo isso, mais do que nunca, é preciso avaliar todas as variáveis e pesar bem as possíveis consequências antes de tomar qualquer decisão radical para mudar seu perfil. “O importante é ter uma visão de longo prazo”, diz o diretor de Seguridade, José Ricardo Sasseron. “Isso significa escolher o momento mais adequado para mudar e não trocar de perfil de forma precipitada. Para aqueles que preferem não pensar no assunto, uma boa alternativa é permanecer no Perfil PREVI, pois neste caso a responsabilidade por definir o percentual de investimentos em renda variável é da própria PREVI. E esta definição é sempre baseada em análise técnicas, observando retorno e grau de risco.”
É bom lembrar também que a escolha de perfil é facultativa. Quem não escolher estará optando automaticamente pelo Perfil PREVI, que segue a Política de Investimentos da Entidade. Este se enquadra entre os perfis Moderado e Agressivo, que reúne 95% dos participantes do PREVI Futuro.
De todo modo, vale ressaltar que, comparado a outros fundos de previdência complementar, o Perfil PREVI adota um nível de exposição em renda variável acima dos outros fundos do mercado.
Antônio Tadeu Vieira pertence ao grupo dos que optaram pelo Perfil PREVI. Ele entrou no Banco do Brasil em 1998, quando já era aposentado pelo INSS, e saiu em 2004. Desde então, atua como consultor independente e continua contribuindo com o PREVI Futuro, sempre no mesmo perfil de investimento. Segundo Vieira, a escolha do Perfil PREVI foi uma prova de confiança na Entidade. “Fiz essa opção pelo histórico de resultados da PREVI e pela boa qualidade de sua gestão”, justifica. “Eu me sinto mais seguro dessa forma.”
“Pretendo contribuir até os 65 anos”, continua Vieira, que completou 62 anos em outubro. Ele conta que sabe muito bem da importância de uma aposentadoria complementar. “Eu vendia planos de previdência no BB e também conheço a dificuldade que é viver com a aposentadoria do INSS”, diz.
Como funcionam os perfis
Os perfis de investimento são opções de aplicação dos recursos do saldo de conta dos participantes do PREVI Futuro em diferentes percentuais de Renda Variável.
• De zero a 10% no Perfil Conservador
• De 20% a 30% no Perfil Moderado
• De 30% a 40%no Perfil PREVI
• De 40% a 50% no Perfil Agressivo
• A adesão aos perfis é facultativa. Caso o participante não opte por nenhum deles, seu saldo de conta ficará no Perfil PREVI, que varia conforme a Política de Investimentos do Plano.
A opção pode ser feita diretamente no Autoatendimento do site da PREVI e o participante só pode escolher um dos perfis. Mas primeiro ele deve enviar pela Internet o Termo de Autorização para Opção por Perfil de Investimento com abono da assinatura ou firma reconhecida. No caso de abono da agência do Banco do Brasil, é necessária a identificação da Agência (nome e prefixo) e do funcionário que abonou (nome e matrícula).
Apesar do direito de escolha, a gestão dos ativos continua sendo feita pela PREVI, de acordo com o perfil indicado. Tanto a contribuição do participante quanto a patronal serão alocadas seguindo essa indicação. Feita a escolha de um perfil, os participantes só podem mudar novamente depois de 12 meses.
Até o dia 19 do mês corrente, a migração de perfil é válida para o dia seguinte. Se a opção for comunicada do dia 20 em diante, será feita a migração no dia 20 do mês seguinte.
