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Ciclo de Valor
Encontro PREVI de Governança Corporativa discute desenvolvimento do mercado de capitais e por que isso é tão importante para o associado
Como desenvolver o mercado de capitais no Brasil? A discussão dominou a 16ª edição do Encontro PREVI de Governança Corporativa, realizado no Rio de Janeiro, entre os dias 17 e 18 de agosto. O Encontro reuniu conselheiros, executivos, investidores, gestores de recursos e acadêmicos para discutir o tema “Desenvolvimento do Mercado de Capitais Brasileiro – Construindo Alternativas para um Ambiente de Maior Liquidez”.
Liquidez, por definição, é a velocidade com que um ativo pode ser convertido em dinheiro no caixa. Isso significa poder se desfazer de títulos, ações ou participações em empresas a um bom preço, com facilidade, para fazer frente ao pagamento de benefícios aos participantes. Isso será um fator-chave para a PREVI nas próximas décadas. “Nas próximas duas décadas o desafio para o Plano 1 será fazer desinvestimentos com tranquilidade. Por isso, ter esse mercado desenvolvido é fundamental para os investimentos da PREVI”, afirmou Gueitiro Genso, presidente da Entidade.
Alternativas
Segundo Gueitiro, a boa governança corporativa terá um papel importante no aumento da liquidez no mercado brasileiro. “Este ano, promovemos esse debate para que o mercado encontre alternativas”, explicou. “Essa discussão, além de ser boa para o mercado, é fundamental também para a PREVI, que é uma grande investidora institucional”.
Robson Rocha, presidente do Conselho Deliberativo da PREVI, destacou a importância do tema para o segmento de previdência complementar. “O assunto guarda uma ligação direta com os fundos de pensão, que são os maiores investidores do país, com R$ 850 bilhões em ativos. Isso corresponde a 12% do PIB nacional”, observou. “Estamos comprometidos na busca de um ambiente com maior liquidez, contribuindo para o crescimento do país e encarando os desafios de forma segura e eficiente.”
Código
Robson lembrou que os investidores preferem as empresas com maior nível de boas práticas de governança, porque representam menor risco, e que isso vai ao encontro do que busca a PREVI, que é manter uma boa governança corporativa, baseada na transparência, na equidade, na prestação de contas e na responsabilidade corporativa. “Instituímos o Código PREVI de Melhores Práticas de Governança Corporativa nas empresas participadas, e isso tem funcionado”, acrescentou.
E tem funcionado muito bem. Gueitiro se disse orgulhoso pela maneira como a PREVI tem gerido seus negócios, com base em uma governança eficiente e numa política de investimentos sólida. Como parte dessa estrutura de governança interna da Entidade, o presidente do Conselho Fiscal, Odali Dias Cardoso, chamou a atenção para a importância desse trabalho, destacando a qualidade do corpo técnico da PREVI. “Nosso trabalho fica bastante facilitado”, afirmou. Para Odali, o Encontro traz benefícios diretos para a própria PREVI. “Uma organização como a PREVI, com a diversidade que tem de investimentos, deve procurar inovar e se renovar todos os dias, e o Encontro de Governança é uma oportunidade ímpar para isso”, avaliou.
Conselhos atuantes
O diretor de Participações Renato Proença Lopes observou que a PREVI precisa pensar no curto, médio e longo prazo. “Já temos mais de 70 anos de obrigações futuras só no Plano 1, ou seja, falaremos da PREVI por muito mais tempo adiante”, destacou. “Para fazer frente a isso, nada melhor do que o investimento em renda variável ou em empresa, produzindo receita. Essa é uma das estratégias que adotamos de forma vencedora, o que nos permite fazer frente às nossas obrigações.”
Renato também ressaltou a importância do papel desempenhado pelos conselheiros indicados pela PREVI nas empresas em que a Entidade participa como acionista. “Um conselho atuante é capaz de criar um ciclo virtuoso nas empresas, criar valor para elas”, disse. “Isso exige uma postura crítica, mas, sobretudo, construtiva, para gerar valor para o acionista e para a sociedade”, concluiu.