Edição 162 Dezembro/2011

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Mas como funciona o programa?

Entenda como funciona a nova iniciativa do BB para orientar os participantes sobre a aposentadoria

O Caminhos para Aposentadoria começa com uma cartilha, acessível a todos os funcionários do Banco, pela intranet e pelo WikiBB. O livro destaca informações importantes sobre a PREVI, o INSS e a Cassi. Além disso, mostra a importância do planejamento e apresenta orientações sobre os aspectos financeiros e emocionais relacionados à aposentadoria.

A cartilha, no entanto, não é o único instrumento do programa, que também inclui dois tipos de iniciativa: as Oficinas Vida Ativa e os eventos promovidos pelas Gepes (Gerências Regionais de Gestão de Pessoas). As primeiras são cursos presenciais, com carga de 16 horas. O objetivo é a elaboração de um projeto para a aposentadoria, com apoio da organização, contemplando aspectos sociais, econômicos, afetivos e de saúde, para uma transição consciente e planejada. A interação, com a troca de experiências entre os participantes, é um dos pontos mais importantes nesse momento.

A Oficina orienta os participantes para o autoconhecimento, valorizando a trajetória pessoal e profissional e identificando valores e competências que favoreçam a elaboração do projeto pós-carreira BB. As Oficinas são cursos regulares, sem periodicidade definida, disponíveis em todas as Gepes e direcionadas preferencialmente para funcionários a partir de 28 anos de PREVI ou INSS.

Os eventos das Gepes, por sua vez, são mais curtos, com três horas de duração, e também sem periodicidade definida. O público participante é determinado por critérios de cada Gepes e pode incluir familiares, clientes e público externo. “Mas, pelo que observamos, a maior parte da plateia é formada por pessoas próximas do período de aposentadoria”, diz Denise de Oliveira, gerente de núcleo da Gerência de Administração de Benefícios da PREVI, responsável pelo Prisma (leia quadro E o INSS?), que participa das reuniões que esclarecem sobre a concessão de aposentadoria pelo Regime Geral de Previdência Social.

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Denise lembra que as dúvidas técnicas são generalizadas e não se limitam aos benefícios do INSS. “Muita gente não sabe o que pode impactar ou não o próprio benefício PREVI”, afirma. “Por exemplo: o adicional de férias interfere no cálculo da aposentadoria no Plano 1? Pode interferir. Não é aconselhável vender férias no tempo que servirá para o cálculo do benefício porque isso pode prejudicar o participante.”

E, muitas vezes, os participantes descobrem dúvidas que sequer cogitavam. Alexandre, de Recife, participou de um dos eventos da Gepes e achou que isso foi até pouco para o tanto que tinha a aprender. “Uma reunião dessas era para ser o dia inteiro, a gente nem ia sentir o tempo passar”, diz o funcionário. “Foi uma excelente oportunidade de ouvir e tirar dúvidas sobre aposentadoria.”

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Luciano de Araújo Silva, que trabalha em uma agência em João Pessoa, acha que os eventos são muito úteis para quem está perto da aposentadoria. Ele foi a uma reunião realizada na capital paraibana e faz elogios à qualidade das informações obtidas. “Você pode saber inclusive o melhor momento para pedir o benefício”, diz. Como a aposentadoria dos participantes do Plano 1 é feita pela média dos últimos 36 salários de participação, às vezes pode valer a pena esperar alguns meses para conseguir um benefício maior. “Por exemplo, se você pensa em se aposentar no dia 15 de dezembro, por que não esperar para pedir a aposentadoria em janeiro, para aumentar a média e ainda receber a Participação nos Lucros integral?”, pondera.

Pessoalmente, Luciano prefere não adiar seu pedido de aposentadoria, apesar da possibilidade de uma renda maior. Ele completaria 32 anos de Banco em abril e, se esperasse até maio, teria direito ao benefício integral do INSS. “Se ficar só pensando na perda financeira, a gente não se aposenta nunca”, justifica.

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Elias Clímaco Palmeira, por sua vez, que completou 36 anos de Banco em dezembro, também esteve no encontro realizado em Recife e constatou a importância da iniciativa. “Realmente, o público sabia muito pouco, tanto a respeito da concessão de benefícios pela PREVI quanto a respeito da aposentadoria pelo INSS”, diz. “O evento foi muito rico em informações.”

Contando os meses para se aposentar em 2013, Elias afirma que o encontro abriu seus olhos para a necessidade de se preparar para a retirada da vida profissional ativa no BB. “Eu me inscrevi para receber consultoria financeira e saber como lidar com a nova realidade da vida de aposentado”, conta ele, que é gerente da Agência Sete de Setembro, em Recife.

Para o presidente da PREVI, Ricardo Flores, “a parceria Banco/PREVI no incentivo ao planejamento é fundamental para nossos participantes, que, envolvidos com as tarefas do dia a dia, não têm muito tempo para pensar no assunto. Nesse contexto, programas como o Caminhos para Aposentadoria, iniciativa do Banco, e o nosso Mais PREVI, são instrumentos que procuram facilitar o planejamento do participante para essa fase tão rica da vida, que, com o aumento da longevidade, pode se estender por mais 30, 40 anos, com saúde física e emocional e tranquilidade financeira.”

A sinergia entre o Banco e a PREVI também é destacada por Robson Rocha. “Esse momento envolve aquisição de informações relacionadas a aspectos emocionais, familiares, de saúde e financeiros, que são transmitidas de forma compartilhada, pelo Banco e pela PREVI, nos eventos oferecidos por ambas as instituições. Também é importante ressaltar a importância da participação dos técnicos, tanto na elaboração do material didático como nas palestras”. 

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