Revista Previ

Cleonice Azevedo planeja se aposentar em 2014, quando completa 30 anos de Banco. Ela trabalha na Tesouraria, em Belém do Pará, e nunca tinha parado para pensar o quanto sua rotina mudará com o fim da jornada no BB até participar de uma Oficina Vida Ativa, parte do Programa Caminhos para Aposentadoria. “Foi muito proveitoso”, diz. “A Oficina deixa um martelinho batendo na nossa cabeça: em algum momento, a gente tem que sair e é bom se preparar para essa hora.”

“Não tenho nada decidido, mas descobri que preciso arrumar alguma coisa útil para fazer quando parar de trabalhar, um hobby”, continua Cleonice. “Gosto de cuidar de plantas, quem sabe não me dedico à jardinagem?” Até mesmo adiar um pouco a aposentadoria parece uma hipótese razoável. “Trabalho em uma área em que o estresse não é tanto, por isso pode ser que espere um pouco, até estar mais bem preparada para esse momento.”

“O Banco quer contribuir para a construção pelo funcionário de um projeto de vida para a aposentadoria”, afirma Robson Rocha, vice-presidente de Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Sustentável do BB e presidente do Conselho Deliberativo da PREVI. “Criando espaço e tempo para que ele pense nesse assunto, queremos prepará-lo para um envelhecimento ativo, com preservação do bem-estar e da sua contribuição para a sociedade com o conhecimento e a experiência adquiridos. Em suma, queremos incentivar a reflexão sobre essa etapa da vida e as alternativas possíveis, levando-o a planejar o futuro.”

Alexandre Cavalcanti Torres pensa em se aposentar em dezembro de 2012. Lotado na agência do Shopping Tacaruna, em Recife, ele começa a preparar o terreno para a retirada. “Tenho 31 anos de PREVI e 34 de trabalho pelo INSS”, conta. Casado, com dois filhos criados – “Os netos podem chegar a qualquer momento” –, Torres se considera um perfeccionista. “Meu zelo com o trabalho no BB é tanto que sofro com isso. Chego a perder o sono”, confessa. Por isso, acredita, a aposentadoria será bem-vinda: “Vou descansar a cabeça”.

Voltado para esse momento tão especial e ao mesmo tempo difícil para alguns, o Caminhos para Aposentadoria foi criado pelo Banco para orientar os funcionários nesse período de transição. Segundo a Diretoria de Gestão de Pessoas (Dipes), há todo um processo de preparação, em que é preciso adquirir informações e compartilhar experiências para uma aposentadoria consciente e ativa. Isso exige planejamento, que envolve vários setores: financeiro, familiar, emocional e, claro, de saúde e lazer, além da participação em novos grupos de pertencimento.