recursos do plano
PREVI Futuro tem recuperação
Plano fechou o semestre com rentabilidade bem acima da meta atuarial
A ligeira recuperação da economia no primeiro semestre foi positiva para os investimentos do PREVI Futuro. Foi possível atingir uma rentabilidade total de 12,22% contra uma meta atuarial de 7,69% acumulada no período. Com isso, o Plano fechou o semestre com um ativo líquido de R$ 7,93 bilhões (recursos garantidores dos compromissos com o pagamento de benefícios regulares) e um superávit de R$ 52 milhões.
Já considerando o mês de julho, ainda com a conjuntura econômica difícil e a constante oscilação dos indicadores de mercado, o PREVI Futuro teve rentabilidade acumulada de 16,86%, quase o dobro da meta atuarial do período, de 8,82%, e superou R$ 8,5 bilhões em ativos totais.
O principal motor do resultado foi a reação das Bolsas nos seis primeiros meses do ano. Toda a carteira de renda variável do PREVI Futuro está alocada na Bolsa e é negociada livremente, o que permitiu capturar boa parte da rentabilidade. Mesmo ficando um pouco abaixo do benchmark (o índice IBr-X, usado como referência, fechou em 17,74%), a carteira de ações do Plano teve uma valorização elevada, de 17,28% no semestre. Os principais destaques foram BM&FBovespa, com alta de 66,31%, Raiadrogasil (78,98%), Bradesco ON (46,70%) e Kroton (45,28%). Os investimentos também renderam dividendos de R$ 28,4 milhões.
Potencial de valorização
Outro bom desempenho foi registrado no segmento de investimentos estruturados, que teve uma rentabilidade de 11,93% no primeiro semestre. Esses investimentos são feitos por meio de fundos, em empresas que estão fora da Bolsa, mas apresentam bom potencial de valorização.
Geralmente, os investimentos estruturados costumam dar rentabilidade negativa nos primeiros anos, pois há despesas normais do fundo e sem gerar receita, e se valorizam depois de um período de maturação. O resultado registrado no semestre mostra que as escolhas feitas na carteira do PREVI Futuro começam a render frutos. O principal destaque do período nesse segmento foi o Fundo Caixa Barcelona, com alta de 28,62%. O principal ativo desse fundo é a participação no IRB Brasil, empresa do setor de resseguros.
A renda fixa, por sua vez, teve rentabilidade de 11,08% no primeiro semestre. A variação do preço dos títulos públicos foi positiva para a carteira do PREVI Futuro. Títulos públicos com rendimento vinculado à inflação e vencimento para 2050 e 2055 tiveram valorização de mais de 26% no período.
A carteira de renda fixa do PREVI Futuro, no entanto, não se limita aos papéis emitidos pelo governo, também inclui títulos de empresas privadas. O segmento de títulos privados de instituições não financeiras teve valorização de 7,73%. O melhor desempenho foi das debêntures (títulos de dívida emitidos por empresas privadas de capital aberto, quando desejam obter recursos perante investidores) da Rodovia Raposo Tavares (CART22 e CART12), com alta de 11,76% e 11,26%, respectivamente.
Desempenho dos Perfis
Também é importante observar o comportamento dos diferentes Perfis de Investimento do PREVI Futuro. Com a recuperação da Bolsa, os perfis com maior alocação em renda variável tiveram o melhor desempenho. O perfil Agressivo teve valorização de 19,21% de janeiro a julho, e o perfil PREVI de 17,36%. Já os perfis Moderado e Conservador fecharam o período com altas de 15,47% e 13,29% respectivamente.
É bom observar que a perspectiva de um plano de previdência é de longo prazo. Isso exige muito cuidado antes de pensar em mudar de perfil por causa do resultado de um semestre ou mesmo de um ou dois anos (leia a reportagem ‘O que você precisa saber sobre Perfis de Investimento’). Na comparação desde 2009, quando foram criados os perfis de investimento, a rentabilidade do Perfil Conservador tem sido superior a dos demais perfis, atingidos em função de uma sequência de anos ruins para o mercado acionário brasileiro.
Como todos devem saber, no entanto, resultados passados não garantem rentabilidade futura. Por isso mesmo, sempre leve em conta sua perspectiva de carreira e seus planos ao traçar sua estratégia previdenciária. Isso pode evitar precipitações e arrependimentos.