Edição 190 Setembro/2016

recursos do plano

Resultado do Plano 1 aponta para recuperação

Plano tem rentabilidade, até julho, de 11,03% e superávit de R$ 1,7 bilhão

Os investimentos do Plano 1 tiveram retorno abaixo da taxa atuarial no primeiro semestre. A rentabilidade de 7,36% foi um pouco inferior à meta de 7,69% – que corresponde à inflação medida pelo INPC mais 5% ao ano. No entanto, em julho o quadro se reverteu favoravelmente e o Plano 1 obteve rentabilidade acumulada de 11,03%, bem superior à meta de 8,82%.

O Plano 1 dá mostras de recuperação e apresentou superávit acumulado de cerca de R$ 1,7 bilhão de janeiro a julho. É importante ressaltar que nesse resultado não estão considerados os ativos avaliados a valor econômico, como Vale, Neoenergia e Invepar, cuja rentabilidade só é apurada ao final do ano. Os números de agosto, tão logo estejam consolidados e aprovados por todas as instâncias, serão integralmente divulgados no hotsite de resultados. Lá, você pode encontrar todas as informações para acompanhar o seu plano. (Saiba mais na página 6).

Nos seis primeiros meses do ano foram pagos R$ 5,18 bilhões em benefícios, o que indica que, provavelmente, haverá novo recorde no final do ano. Mesmo com esse desembolso houve incremento de R$ 10,8 bilhões nos ativos totais do Plano, que atingiram R$ 159,6 bilhões no final de julho.

É importante lembrar que o desempenho no final do ano dependerá do comportamento dos investimentos, e também da inflação, que pressiona o nível da Reserva Matemática do Plano. A conjuntura econômica continua difícil, sob constante oscilação dos indicadores de mercado, em especial da Bolsa.

Bolsas

Os destaques do Plano no ano, apenas considerando operações em Bolsa (sem considerar as participações em bloco de controle avaliadas a valor econômico), foram as ações PN da Petrobras, com rentabilidade acumulada até julho superior a 77% e acréscimo de R$ 1,8 bilhão para o segmento de renda variável do Plano; as ONs do Banco do Brasil, que renderam mais de 46% no acumulado do ano e mais R$ 1,6 bilhão à carteira de RV do Plano no período; e as ONs da CPFL Energia, com 56% de rentabilidade até julho, o que gerou mais R$ 910 milhões à carteira de ações do Plano 1 no período.

No segmento de renda variável, a rentabilidade acumulada manteve-se positiva, 13,38%. Estão alocados R$ 75,6 bilhões no segmento. Cabe ressaltar que alguns ativos importantes, como a Vale, a Invepar e a Neoenergia, são avaliados apenas no final do exercício e ainda não influenciaram a rentabilidade dos investimentos no semestre.

Seguindo a estratégia prevista na Política de Investimentos do Plano 1, a PREVI continuou a vender ativos de renda variável. O objetivo é reduzir gradualmente o risco da carteira e aumentar a liquidez dos ativos para o pagamento de benefícios. Ao todo, foram vendidos R$ 2,57 bilhões, com destaque para R$ 1,45 bilhão em ações da Ambev.

A renda fixa, por sua vez, rendeu 10,77% no acumulado até julho, superando o benchmark do segmento de 9,12% (INPC + 5,5% a.a.). Os títulos negociados em mercado – ou seja, que podem ser vendidos antes do vencimento – deram retorno de 20,82% no período.

Empréstimos

As operações de Empréstimos e Financiamentos também tiveram bom retorno: 9,91%. O número ficou acima do atuarial por causa da defasagem no fechamento dessas operações. Ou seja, os dados correspondem, na realidade, ao período de novembro a maio, quando a taxa atuarial foi 0,98 ponto percentual mais alta do que entre janeiro e julho, devido à inflação mais elevada.

O pior desempenho da carteira no semestre foi o dos investimentos no exterior, que registraram queda de 15,03% por conta da desvalorização do dólar. É preciso lembrar, no entanto, que os investimentos no exterior representam uma parcela muito pequena do patrimônio e fazem parte de uma estratégia de diversificação.

O acompanhamento dos resultados é um compromisso da PREVI com os participantes. Vale lembrar, no entanto, que os números precisam ser avaliados sob uma perspectiva de longo prazo. Flutuações positivas e negativas são inevitáveis quando falamos de um horizonte de décadas. Mais importante do que o retrato de um momento é analisar a trajetória dos investimentos e a solidez dos ativos, o que o Plano 1 tem de sobra.

A PREVI reafirma que os fundamentos das suas Políticas de Investimentos são bons e que seus ativos são sólidos e saudáveis. Entretanto, passamos por um cenário em que o país ainda não retomou o caminho consistente de crescimento econômico e que as oscilações de mercado têm ocorrido com frequência, com forte influência nos resultados alcançados.

Rentabilidade do Plano 1 até julho de 2016

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