Edição 190 Setembro/2016

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O que você precisa saber sobre Perfis de Investimento

Saiba o que levar em conta ao escolher a alocação de seus investimentos no PREVI Futuro

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Os Perfis de Investimento foram criados no Plano PREVI Futuro em 2009. O programa foi concebido para dar mais liberdade aos participantes, pois a futura renda de aposentadoria será fruto de escolhas feitas durante os anos de contribuição.

O associado do Plano pode optar por perfis que variam em função da alocação dos investimentos em renda variável. Atualmente são quatro os perfis oferecidos: PREVI, com alocação de 30% a 50% em renda variável; Conservador, com 0 a 10%; Moderado, com 20% a 30%; e Agressivo, com 40% a 60%. Quanto maior o percentual investido em renda variável, maior a possibilidade de melhorar a rentabilidade para sua conta de aposentadoria, mas com maior risco financeiro.

O primeiro ponto a se levar em conta é que a decisão sobre o Perfil de Investimento deve ser determinada sob o ponto de vista previdenciário e não como estratégia de investimento pessoal de curto prazo. Essa é a principal diferença entre um fundo de previdência e um fundo de investimento: mais do que as flutuações diárias, ou mesmo os resultados do balanço de um ano, o participante deve analisar o comportamento da rentabilidade de seu Plano em períodos longos. Esse é o horizonte de um plano de previdência. A ideia é fazer o tempo trabalhar a seu favor, independentemente das oscilações de curto prazo na reserva de previdência.

Cuidado na migração

Num fundo de investimento, é normal e até desejável se desfazer ou movimentar aplicações quando ocorre uma oscilação mais brusca no mercado financeiro. São esses movimentos de curto prazo que podem alterar o risco e o retorno de um investimento. Já num fundo de previdência, oscilações no mercado não devem ser o único motivador de troca de perfil, pois se trata de um investimento de longo prazo.

Vejamos um exemplo fictício: num momento de queda na Bolsa, um participante que tinha seu saldo alocado no perfil PREVI (cuja rentabilidade estava negativa em função da queda) resolveu migrar para o perfil Conservador. Um ano depois, a Bolsa voltou a subir e o participante migrou novamente seu saldo para o perfil Agressivo. Passado mais um ano, com a Bolsa em queda novamente, ele voltou a migrar para o perfil Conservador. Esse tipo de movimentação pode não ser adequado na formação de uma poupança de longo prazo: ele não recuperou sua reserva quando a Bolsa retomou sua trajetória ascendente; adquiriu ações num momento em que elas já estavam valorizadas e depois se desfez delas novamente quando estavam em baixa. O problema nesse caso não é qual perfil ele escolheu, mas sim o momento em que ele fez as migrações.

As decisões devem se pautar sob a ótica previdenciária de longo prazo e também levar em conta o cenário econômico. Não se deve basear apenas na estratégia de investimento pessoal de curto prazo, em que há possibilidade de decisões inadequadas quanto ao momento e a conveniência das migrações. Isso não quer dizer que o participante deva escolher o perfil e se esquecer dele para sempre. O acompanhamento deve ser constante.

Como escolher o perfil?

O primeiro passo é ter em mente que o benefício de aposentadoria dependerá do saldo de conta. E o saldo de conta é construído com base em três elementos: valor de contribuição, rentabilidade e tempo de contribuição. Quanto mais você contribui, por mais tempo e quanto maior for a rentabilidade sobre o valor acumulado, maior será o saldo.

Avaliar sua perspectiva de carreira no Banco é um passo importante para tomar uma decisão com segurança. Possui um longo tempo pela frente e pretende seguir no BB até se aposentar? Ou está mais próximo da aposentadoria e seu prazo de acumulação é mais curto? É importante responder a essas questões de forma realista, porque o tempo é um fator que tende a diluir riscos. Portanto, isso tem de ser levado em conta ao escolher o nível de exposição ao risco que você deseja em seu perfil.

Qual o seu estilo?

Também é preciso considerar seu próprio estilo como investidor. Saber qual o seu nível de apetite para o risco. Afinal, a busca de rentabilidade mais alta aumenta a possibilidade de perda pelo caminho. E é preciso ter certa frieza para aceitar eventuais rentabilidades negativas e esperar pela recuperação do mercado sem tomar decisões precipitadas. As rentabilidades positivas de ativos com maior risco também não podem ser encaradas como motivação para esse tipo de investimento se esse não é o perfil mais adequado ao seu estilo.

Aos mais cautelosos, vale lembrar que “conservador” não quer dizer “sem risco”. Por mais baixo que seja, sempre existe risco. Mesmo que a carteira conservadora fosse composta exclusivamente por títulos públicos, ainda assim ela teria flutuações positivas e negativas em função da demanda dos investidores e das expectativas da economia.

Mas o que acontece quando você não migra de perfil? Quem não exerce esse direito de escolha é enquadrado automaticamente no perfil PREVI, em uma faixa atualmente intermediária entre o Agressivo e o Moderado. A alocação dos perfis é determinada pela Política de Investimentos do Plano, de acordo com estudos técnicos sobre cenários econômicos e oportunidades de mercado e com base nas características médias dos associados. O objetivo é diversificar as aplicações para buscar a melhor combinação possível de risco e retorno.

Não há nada de errado se você preferir não migrar de perfil. Mas lembre-se de que isso significa o mesmo que optar pelo perfil PREVI. Vale a pena verificar se as suas características são condizentes com esse perfil e se outra categoria não seria mais adequada. Afinal, os perfis de investimento foram criados com um objetivo claro: dar alternativas mais próximas da necessidade – e do estilo – de cada participante.

Saiba em que perfil está seu saldo e como solicitar migração

Para saber em qual perfil seu saldo de conta está alocado, acesse o Extrato de Contribuições no Autoatendimento do site PREVI. Lá você também encontrará o valor atual de suas reservas e a rentabilidade obtida durante todo o período em que seu saldo permaneceu investido em cada perfil, além da rentabilidade de cada perfil no mês, no ano e nos últimos 12 meses. Você também pode obter informações mais detalhadas sobre investimentos e rentabilidades do Plano PREVI Futuro no Painel Informativo e no Desempenho, disponíveis no site.

Se quiser efetuar migração de perfil, acesse a opção Perfis de Investimento do Autoatendimento. Para efetuar a primeira alteração, é necessário imprimir o Termo de Autorização, assinar e encaminhar para a PREVI, com a firma reconhecida ou abonada em agência do BB. As alterações seguintes são feitas diretamente pelo Autoatendimento, desde que respeitado o intervalo de um ano.

Veja como a PREVI separa os recursos para os perfis de investimento

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