Edição 193 Maio/2017

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Rentabilidade de 2016 é quase o dobro da meta

Com alta de 22,52%, PREVI Futuro aproveita oportunidades de recuperação

O ano de 2016 foi muito bom para o PREVI Futuro. O Plano que reúne a maior parte do pessoal da ativa obteve uma rentabilidade total de 22,52% no ano passado, chegando perto de dobrar a meta atuarial do período, que foi de 11,91% (INPC + 5% ao ano).

Essa diferença se justifica por um movimento duplo. Ao mesmo tempo em que a meta atuarial do ano diminuía, com a inflação em queda, a gestão ativa dos investimentos permitia aproveitar boas oportunidades de mercado, tanto na renda fixa quanto na renda variável. O bom desempenho nessas duas carteiras foi fundamental para o resultado do PREVI Futuro em 2016, uma vez que essas duas categorias representam mais de 80% dos ativos do Plano.

Na renda variável, o ganho foi de 36,98%. O excelente resultado é fruto de uma gestão ativa que soube capturar ganhos com o movimento de valorização da Bolsa. O número é ainda mais impressionante quando comparado à queda de mais de 13% registrada na carteira em função da crise econômica em 2015.

A renda fixa, por sua vez, teve valorização de 18,66% no período. Mais uma vez, a carteira do PREVI Futuro aproveitou os momentos de volatilidade do mercado para obter ganhos expressivos, ao vender ativos na alta e aproveitar boas oportunidades de compra em títulos públicos e privados de baixo risco, em especial aqueles indexados ao IPCA, com rendimento superior à taxa atuarial do Plano.

Imóveis

No segmento imobiliário, houve valorização positiva de 5% na carteira do PREVI Futuro. O número ficou abaixo da meta para o setor, em função da estabilização dos preços dos imóveis, depois de um longo ciclo de alta, que durou até 2014. O resultado financeiro do segmento continua consistente, com crescimento nominal, além de se tratar de uma categoria de ativos com grande potencial de geração de liquidez por meio de aluguéis.

Em 2016, o plano adquiriu participação no Shopping Barra, em Salvador (BA), que está entre os maiores do país e tem movimentação de cerca de 2 milhões de pessoas por mês. A PREVI concentrou seus esforços na redução dos índices de vacância. Com isso, o volume de imóveis desocupados na carteira da Entidade é de apenas 10,45% contra uma média de 25% no mercado. Com um trabalho intensivo em seleção e aprimoramento dos síndicos, na qualificação dos ativos, na otimização dos custos e na retenção de locatários, foi possível minimizar os efeitos do momento econômico desfavorável.

A categoria de Investimentos Estruturados, por sua vez, teve rendimento de 16,30%. Esse segmento inclui fundos de private equity e de venture capital, formados para financiar empresas com alto potencial de crescimento e de rentabilidade. São investimentos de risco, e as cotas dos fundos só podem ser resgatadas no médio e longo prazo, numa média de oito anos. O desempenho dessa categoria, portanto, depende da maturação do investimento, que pode ter rentabilidade negativa nos primeiros anos, compensada por alto potencial de retorno nos anos seguintes, com a reavaliação ou venda dos ativos. Em função do nível de incerteza na economia, a tendência é de manutenção dos investimentos, sem aporte em novos fundos estruturados no curto e médio prazo.

Os Investimentos no Exterior, por sua vez, apresentaram resultado negativo de 15,52%. Essa queda se explica por efeito da desvalorização do dólar em relação ao real. O impacto, no entanto, é mínimo em relação ao patrimônio do Plano. A rentabilidade acumulada do segmento desde a realização do primeiro aporte até o final de 2016 é de 52,24%, superior à meta atuarial do período, de 45,84%. No longo prazo, a PREVI acredita que esse segmento pode ser importante para a estratégia de diversificação de ativos.

Benefícios pagos

Com R$ 9,46 bilhões de ativos totais, o PREVI Futuro vê crescer pouco a pouco o volume de benefícios. Em 2016, foram R$ 11,97 milhões, um valor ainda baixo, mas cerca de 44% maior do que em 2015. No longo prazo, o esforço é para melhorar a rentabilidade e, consequentemente, aumentar o benefício do Plano. A gestão da Política de Investimentos, por sua vez, deve aprimorar mecanismos que permitam reduzir o impacto de eventuais conjunturas macroeconômicas negativas como a registrada em 2015.

Para atender à necessidade de eventuais movimentos de troca de perfil dos participantes, a Política de Investimentos também inclui a liquidez como uma das preocupações do Plano. “A liquidez é necessária para desfazer posições com rapidez, evitando perdas desnecessárias”, conclui José Carlos Reis da Silva, o Zeca, diretor de Planejamento.

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O desempenho dos perfis

O modelo de Perfis de Investimento do PREVI Futuro foi desenhado para dar mais opções de estratégia previdenciária para os participantes. Em um ano de forte valorização na Bolsa, o desempenho do Perfil Agressivo obteve maior rentabilidade, seguido do Perfil PREVI (veja o gráfico abaixo). No entanto, todos os perfis superaram os índices de referência em 2016. Porém, é preciso lembrar que a escolha de um Perfil de Investimento deve seguir uma estratégia de longo prazo, sem acompanhar, necessariamente, alterações imediatas no mercado.

Para o período 2017-2023, a Política de Investimentos do PREVI Futuro irá alterar as alocações de cada perfil. O perfil Conservador passará a se concentrar apenas em ativos de renda fixa, com 100% de seus recursos nesse segmento. Os limites entre os perfis também deixarão de se sobrepor. O perfil Moderado passará a alocar até 20% em renda variável; o perfil PREVI, que passará a se chamar Arrojado, de 20% a 40%; e o Agressivo, de 40% a 60%.

A opção de perfil pode ser revista a cada 12 meses. Informações detalhadas sobre o programa e suas mudanças estão disponíveis no portal da PREVI e na reportagem ‘O novo perfil dos Perfis de Investimento’.

Contribuições adicionais aumentam

Em 2016, aumentou o volume de contribuições adicionais feitas por participantes do PREVI Futuro. Além da contribuição básica de 7% do salário de participação, os associados do Plano podem fazer as chamadas contribuições 2B e 2C. “As contribuições adicionais são importantíssimas para aumentar o saldo de conta do associado e melhorar o valor do seu benefício no futuro”, observa o diretor de Seguridade, Marcel Barros.

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A contribuição 2B pode variar de 1% a 10% do salário de participação, de acordo com a evolução de carreira do associado, e é acompanhada pelo patrocinador. Ou seja, para cada R$ 1 de contribuição 2B, o Banco deposita mais R$ 1 na conta de aposentadoria. Hoje, 45,15% dos associados ativos do PREVI Futuro têm condições de contribuir para a 2B. Desse total, quase 90% contribuem com o valor máximo permitido por suas pontuações.

Já as contribuições 2C são efetuadas exclusivamente pelo associado. Elas podem ser feitas esporadicamente, com um valor mínimo de 20% do salário de participação (SP), ou de forma mensal, com um mínimo de 2% do SP. A modalidade 2C vem crescendo continuamente. Entre 2014 e 2016, o número de participantes que efetuava contribuições mensais aumentou 117,59% e chegou a 1.954 participantes, gerando uma arrecadação média mensal de R$ 386 mil.

A quantidade de contribuições esporádicas, por sua vez, aumentou 35,94% na comparação com 2014, com um aumento de 111% no valor total arrecadado no ano. Só em dezembro de 2016, 258 participantes contribuíram com mais de R$ 2 milhões.

Alta de 18,66% foi proporcionada pela boa gestão da carteira
Desempenho é superior à meta do segmento
Estabilização dos preços de imóveis se reflete em retorno menor
Rentabilidade do PREVI Futuro é quase o dobro da meta
Rentabilidade negativa se deve à desvalorização do dólar
Todos os perfis superaram os índices de referência no ano
Valorização da Bolsa traz retorno de 36,98% no segmento
Gueitiro Genso apresenta o resultado de 2016 para participantes do PREVI Futuro

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