Revista Previ

Manter a saúde do planeta significa não envenenar com agrotóxicos o sangue da Terra, que são as águas; não poluir o ar que respiramos com a emissão de gases contaminados, que produzem o efeito estufa; é manter a fertilidade dos solos, que são os nutrientes de nosso corpo. Em casa, cada um deve fazer sua parte: tratar seus dejetos, economizar água, não fazer queimadas, proteger todo o verde que encontrar.

Na escola, é importante incorporarmos outra visão da Terra. É preciso enxergá-la não como um baú de recursos, mas como um organismo vivo que regula os elementos químicos, físicos e ecológicos de tal maneira que se torna sempre apta a produzir vida e manter-se habitável por nós. Ela é a Mãe Terra, que nos oferece tudo de que necessitamos para viver.

Um novo modelo

Há algum tempo tiramos da Terra mais do que ela pode repor. Em um raciocínio lógico, esse é o caminho para a catástrofe. No capitalismo – em que tudo vira mercadoria, inclusive a natureza e o homem –, a sustentabilidade não cabe, por isso precisamos repensar o modelo de desenvolvimento. A Terra corre perigo, e isso está diretamente ligado ao aquecimento global.

Está em nossas mãos a decisão de termos um futuro ou não. Se deixarmos que tudo corra como está agora, vamos ao encontro da escuridão. A Carta da Terra alerta para essa possibilidade sinistra, mas confia que podemos evitá-la se nos unirmos e fizermos as coisas certas para com a natureza e a mãe Terra.

Quando falamos de meio ambiente pensamos, normalmente, em algo que está fora de nós ou ao nosso derredor. Nós não nos sentimos parte do meio ambiente, nem nos damos conta de que respiramos, comemos, bebemos, pisamos o solo, nos vestimos etc. Tudo isso vem do meio ambiente. Nós somos parte dele e estamos inseridos essencialmente nele, e sem isso nem viveríamos. Então, devemos falar em ambiente inteiro ou comunidade de vida, pois, junto com os demais seres, criamos relações de interdependência que nos fazem viver e sobreviver.

Ecologia mental: tudo começa na consciência

Considero a ecologia mental a tendência mais importante da preocupação ecológica. Isso porque tudo começa na consciência. Se na minha consciência me considero dono da natureza e posso fazer dela o que quero, acabo desmatando, poluindo as águas, matando animais. Mas, se tomo consciência de que sou o guardião da natureza, com a missão de cuidar dela e de preservar sua fertilidade e diversidade, então minha atitude muda. Devemos respeitar, cuidar e amar todos os seres. Estamos cheios de ideias erradas sobre nossa relação com os outros seres. Imaginamos que eles só têm valor se podem ser úteis a nós, e esquecemos que cada ser tem um valor em si mesmo, que a grande maioria existe sobre a Terra há milhões de anos, bem antes de nós. Pensando assim, somos levados a respeitá-los e a conviver pacificamente com eles.

Cada ser tem uma mensagem a nos comunicar. Temos de ouvir a natureza, as águas, os pássaros, os animais, as paisagens, que compõem os ecossistemas, e o conjunto desses ecossistemas perfazem a Terra. Por isso, é importante termos boas ideias em nossa cabeça, para criarmos uma relação de convivência e cooperação com a natureza e os demais seres.

Bons exemplos na PREVI

Muitas empresas já abraçaram a filosofia da sustentabilidade como uma nova forma de pensar e agir. Alinhada a esse modelo de gestão, a PREVI promove, em seu dia a dia, ações que tornam a empresa cada vez mais sustentável.

A abrangência da Política de Responsabilidade Socioambiental da PREVI considera os diferentes processos e relacionamentos envolvidos nas operações da Entidade. Isso engloba a gestão dos investimentos e de pessoas, os processos de comunicação, a relação com fornecedores, prestadores de serviços, associados e patrocinadora, dentre outros.

Investimentos Responsáveis

As políticas de investimentos de todos os planos da PREVI já consideram uma série de critérios de responsabilidade socioambiental. Esses critérios, ao mesmo tempo em que auxiliam a gestão dos riscos associados aos investimentos de longo prazo, têm grande potencial de contribuição para toda a sociedade ao estimular a construção de um padrão mais justo, inclusivo e ambientalmente equilibrado de desenvolvimento.

Reaproveitando resíduos

Além das iniciativas voltadas para a redução do consumo de papel, energia, água, copo plástico e cartuchos de impressora em seu escritório, a PREVI mantém a coleta seletiva dos resíduos gerados em sua sede, em Botafogo, no Rio de Janeiro. O condomínio mantém acordo de doação desses resíduos para uma cooperativa de catadores, que retira, faz a triagem e dá o destino adequado ao material descartado.

Curta Dica

Sustentabilidade: O Que É – O Que Não É, Leonardo Boff (Editora Vozes) – O teólogo explica que a sustentabilidade representa, diante da crise socioambiental generalizada, uma questão de vida ou morte. O autor faz um histórico do conceito do século XVI até os dias atuais, submetendo a uma rigorosa crítica os vários modelos de desenvolvimento sustentável.

Mundo Sustentável 2: Novos Rumos para um Planeta em Crise, André Trigueiro (Editora Globo) – O jornalista oferece um amplo panorama de discussões, ideias e soluções em torno da sustentabilidade. O volume é recheado de reportagens, artigos e comentários sobre o assunto produzidos por Trigueiro nos últimos anos. Há ainda textos de convidados especiais, como o escritor indígena Marcos Terena e o sociólogo Sérgio Abranches.

Sustentabilidade, Responsabilidade Social e Meio Ambiente, Adriana Camargo Pereira, Gibson Zucca da Silva e Maria Elisa Ehrhardt Carbonari (Editora Saraiva) – O leitor encontrará uma abordagem sobre os diversos temas referentes às mudanças climáticas que vivenciamos. Além de proporcionar uma reflexão sobre o assunto, a obra propõe soluções objetivas que estimulam atitudes e práticas em favor da coletividade, que podem ser concretizadas a partir do empenho de cada cidadão.

Os Desafios da Sustentabilidade: Uma Ruptura Urgente, Fernando Almeida (Editora Campus) – O livro aponta caminhos para enfrentar a ameaça aos empreendimentos humanos, à organização social e, no limite, até a nossa própria espécie.