capa
Política de Investimentos do PREVI Futuro
A Política de Investimentos do PREVI Futuro traça diretrizes para renda fixa, imóveis e renda variável de modo que os recursos sejam aplicados da maneira mais eficiente
No Plano PREVI Futuro, continua valendo a questão: qual benefício queremos pagar? “A meta é pagar uma aposentadoria adequada ao participante no momento da saída”, lembra Vítor Paulo. “Qual a rentabilidade necessária para pagar um benefício relevante para quem fica 30 anos no Plano, com contribuições mensais de 7% a 17% do salário de participação?”, pergunta. “A resposta vai determinar onde colocar os recursos de maneira mais eficiente.”
Em função disso e da mudança no panorama dos juros, a alocação dos recursos sofreu pequenas mudanças. Em renda fixa, a Política anterior estabelecia uma redução maior do que a atual. Já os investimentos em imóveis se aproximarão do teto de 8% permitido pela legislação. Os investimentos em renda variável permanecerão no mesmo patamar, e os chamados investimentos estruturados (que incluem fundos de private equity, criados para investir em empresas de capital fechado) vão dobrar no horizonte da Política (2014-2020).
Limites para 2014
O motivo para diminuir o ritmo na redução dos investimentos em renda fixa é a elevação dos juros, que aumenta a possibilidade de ganho nessa modalidade. Já a redução da participação prevista dos imóveis no patrimônio do Plano tem a ver com uma desaceleração cíclica desse segmento. “Dado o volume de oferta do mercado atual, os próximos projetos vão levar mais tempo para dar retorno”, afirma Vítor Paulo. Além disso, há o custo de oportunidade. Com os juros em patamar um pouco mais elevado, a rentabilidade da renda fixa se aproxima da obtida nos imóveis, e com um risco menor.
Vale ainda lembrar que essa redução na exposição ao segmento imobiliário é percentual. Em termos absolutos, como o patrimônio do PREVI Futuro crescerá, o valor total do investimento imobiliário também vai crescer, mesmo com um percentual menor dos recursos.
Outra novidade importante na Política de Investimentos do PREVI Futuro é a recomendação para a adoção do mecanismo de Ciclo de Vida para a alocação dos recursos dos participantes. A implantação do mecanismo não será imediata, mas, segundo Vítor Paulo, o mercado tem mostrado que o modelo é o mais eficiente para maximizar os benefícios.
Na prática, o Ciclo de Vida ajusta o perfil etário do participante ao risco do investimento. Isso pode ser feito, por exemplo, determinando a data prevista pelo participante para sua aposentadoria. “Hoje, a alocação é calculada com base no tempo médio estimado de contribuição. Com o mecanismo do Ciclo de Vida temos uma noção mais exata do tempo de contribuição e da rentabilidade necessária para conceder uma aposentadoria significativa”, explica Vítor Paulo, destacando que o novo modelo não viria em substituição aos Perfis de Investimentos, mas para complementá-los.