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Diversificação
A diversificação continua a ser um dos pilares das Políticas de Investimentos. Essa diversidade abarca diferentes setores da economia e também diversos tipos de ativos
A diversificação continua a ser um dos pilares das Políticas de Investimentos. Essa diversidade abarca diferentes setores da economia e também diversos tipos de ativos. Para isso, a PREVI usa metodologias sofisticadas, como a Matriz de Atratividade Setorial e a Correlação Negativa de Classes de Ativos.
A Matriz de Atratividade Setorial já é aplicada pela PREVI há mais de 10 anos. A metodologia analisa e compara os vários setores da economia para apontar quanto deveria ser investido em cada um para obter, graças à diversificação, o melhor resultado com o menor risco de concentração setorial. Já a Correlação Negativa de Classes de Ativos é um estudo do desempenho histórico das diferentes modalidades de investimentos como renda fixa, renda variável, imóveis etc. Cada modalidade é analisada para determinar a alocação ideal.
Depois, essas modalidades são comparadas novamente, tratando cada uma delas como se fosse um setor da economia na Matriz de Atratividade. O resultado permite saber como equilibrar a carteira de investimentos de modo a compensar o eventual resultado ruim de um ativo ou setor com o bom desempenho em outro. Em resumo: uma versão revista e atualizada da velha estratégia de não colocar todos os ovos na mesma cesta.
Vítor Paulo explica que a busca de diversificação é uma meta na PREVI. Apesar disso, acrescenta ele, a carteira ainda tem uma grande concentração de recursos em algumas áreas. “Embora os estudos apontem que a diversificação é mais eficiente no longo prazo, esses investimentos são importantes, relevantes e rentáveis. Não vamos nos desfazer deles de uma hora para a outra só para aderir ao padrão da Matriz, nem vamos fazer isso a qualquer preço”, afirma o diretor.
Dividendos e receitas
Outra ferramenta fundamental para a aplicação das novas Políticas de Investimentos será a chamada gestão de ativos e passivos (ALM, na sigla em inglês). Basicamente, trata-se de prever os fluxos de receitas e despesas com a maior precisão possível, algo fundamental quando se tem de R$ 8 bilhões a R$ 9 bilhões por ano a se pagar em aposentadorias e pensões. “Hoje, sabemos perfeitamente o quanto vamos desembolsar no pagamento de benefícios”, afirma Vítor Paulo.
O ALM será, portanto, um fator determinante na escolha de novos investimentos. Em renda variável, isso significa investir em ações que já paguem bons dividendos. “Nos investimentos imobiliários temos de buscar alternativas de locação ainda na fase de negociação. Fizemos isso com muito bom resultado no Eco Berrini, em São Paulo”, continua Vítor Paulo. “Simultaneamente ao processo de conclusão de compra, já estávamos em negociação com a Vivo para alugar o edifício. Desse modo, reduzimos pela metade o tempo de vacância do empreendimento, em comparação com a média do mercado.”