Edição 192 Janeiro/2017

Regulamento do Plano

Preservação de Salário: defenda o que é seu

Quando sua remuneração diminui, você pode manter o nível de contribuição para a PREVI e evitar perdas na sua aposentadoria

Ubiratan Paes era gerente da BBDTVM quando solicitou licença não remunerada do Banco em 2010 para trabalhar em uma empresa privada, mas continuou contribuindo para a PREVI. Essa licença poderia ter tido um forte impacto na aposentadoria de Ubiratan, que é associado do Plano 1, se ele efetuasse suas contribuições como escriturário.

No entanto, preocupado com sua qualidade de vida, ele manteve sua contribuição com base no seu salário de participação anterior à licença. Durante seis anos, Ubiratan seguiu pagando suas contribuições até finalmente pedir a aposentadoria antecipada, em maio deste ano. “A diferença é significativa, especialmente para quem é do Plano 1 e está em uma faixa salarial mais alta”, observa.

Perda salarial

A Preservação de Salário é um recurso que está disponível a todos os participantes que sofrem uma perda em sua remuneração. Para os associados do Plano 1, esse recurso pode ser vital para conseguir uma aposentadoria melhor. Isso acontece porque o benefício nesse Plano é calculado com base na média dos 36 salários de participação anteriores ao mês de concessão da aposentadoria, e qualquer queda na remuneração nesse período pode derrubar o valor do benefício.

Ao solicitar a preservação, o associado passará a pagar uma contribuição calculada com base na média dos 12 últimos Salários de Participação, em vez de contribuir sobre o salário que passou a receber. Nesse caso, ele também cobre a diferença sobre a contribuição patronal.

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Marta Figueiredo, que se aposentou em abril de 2016, trabalhava como gerente de serviços na agência Castanhal, no Pará, quando teve de se afastar por problemas de saúde. A licença durou dois anos e quatro meses, período em que passou a receber auxílio pelo INSS. Ao retornar ao trabalho, sem a comissão que exercia, Marta solicitou a Preservação de Salário para que seu benefício futuro não tivesse uma queda considerável. “Quando voltei, fiquei mais dois anos e me aposentei”, lembra a associada, que conhecia o recurso por ser frequentadora assídua do site da PREVI. “Se não tivesse pedido Preservação, a situação seria bem mais difícil”.

Com a implementação da Reorganização Institucional do BB, que extinguiu ou reduziu cargos e dependências, além de permitir a alguns cargos a opção pela jornada de 6 horas diárias, é ainda mais importante ficar atento às oportunidades de Preservação, principalmente para quem está próximo da aposentadoria.

Útil também para o PREVI Futuro

Essa ferramenta também está ao alcance dos associados do PREVI Futuro. É o caso de Wladimir de Oliveira, gerente geral da agência Alto Paraíso de Goiás (GO). Ele foi convidado para atuar como assessor na Superintendência Regional do BB, ganhando um adicional. Em 2014, voltou para a agência e perdeu esse ganho extra. Não teve dúvidas: pediu a Preservação. “Fiquei sabendo por meio de uma associação de funcionários do Banco”, conta. E valeu a pena? “Sim, continuo fazendo até hoje.”

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Para quem é do PREVI Futuro, a Preservação de Salário significa guardar mais dinheiro no saldo de conta para engordar o benefício de aposentadoria. Além disso, ainda ganha uma proteção extra, pois o benefício por invalidez ou morte do Plano é calculado com base na média dos 36 últimos Salários de Participação do associado.

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