recursos do plano
De onde vem o dinheiro que paga a aposentadoria do Ivo?
Carteira de investimentos diversificada garante bom rendimento para o Plano 1 no encerramento de 2012
O dinheiro que paga a aposentadoria do Ivo vem de uma carteira de investimentos muito diversificada, cuja maior fatia é a de ações. Cerca de 60% dos recursos do Plano 1, precisamente R$ 95 bilhões, estão aplicados dessa forma, em empresas como Petrobras, Vale, Banco do Brasil, Ambev, Tupy e BRF (companhia resultante da fusão entre Sadia e Perdigão). O restante está distribuído em aplicações de renda fixa, como títulos públicos e privados, em imóveis e em operações com participantes, empréstimo e financiamento imobiliário, além de investimentos estruturados (investimentos por meio de fundos em empresas que não têm ações em Bolsa, como, por exemplo, a Tok&Stok).
A rentabilidade alcançada por esses investimentos no fechamento de 2012 pode ser comemorada por Ivo e pelos outros 118.515 participantes do Plano. A carteira de investimentos teve rendimento de 12,62%, batendo a rentabilidade mínima necessária para manter o plano equilibrado (a chamada meta atuarial). Isso ocorreu num ano em que o índice Bovespa subiu só 7,4% e a taxa média Selic, que mede o rendimento da renda fixa, 8,5%. Mesmo com taxas tão baixas, os títulos de renda fixa do Plano renderam quase o dobro, e as ações superaram o Ibovespa.
O grande destaque foram os investimentos imobiliários que ficaram na dianteira em termos de rendimento. Em grande parte, o bom desempenho vem da renovação da carteira, por meio da aquisição de edifícios corporativos de alto padrão e a redução dos investimentos em imóveis antigos. O mercado de shopping center também contribui, com expansões daqueles que já estão na carteira e investimentos em novos empreendimentos.
Em um cenário novo no país, de taxas de juros menores, gerir esses recursos de maneira eficaz é um grande desafio. O volume desembolsado no pagamento de aposentadorias e pensões dá a dimensão da importância dessa gestão: em 2012, foram pagos R$ 8,4 bilhões. E o crescente número de aposentadorias só fará esse desembolso crescer, o que já é esperado. Por essa razão, a liquidez dos ativos, ou seja, que possam ser facilmente convertidos em caixa para garantir o pagamento dos benefícios, é uma das questões mais importantes do Plano. Dentro desse contexto, há uma tendência de reduzir participações acionárias e outros investimentos em renda variável. Entretanto, esse movimento vem sendo feito com a devida cautela, para evitar perdas desnecessárias na hora de se desfazer de ações. Diante dos novos desafios da economia e dentro da estratégia de diversificar investimentos, uma novidade é que, a partir deste ano, a PREVI começa a estudar oportunidades de investimento no exterior.