Edição 199 Setembro/2018

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Previ tem novo colegiado

Posse do novo presidente e da diretora de Planejamento encerram processo de renovação da Diretoria e dos Conselhos

A posse do presidente José Maurício Pereira Coelho, em 12 de julho, e da diretora de Planejamento, Paula Regina Goto, em 15 de agosto, encerraram o processo de renovação da Diretoria e dos Conselhos da Previ, iniciado com as eleições dos representantes dos associados e a indicação dos representantes do patrocinador.

A troca na presidência da Entidade aconteceu em função da escolha de Gueitiro Matsuo Genso para assumir a vice-presidência de Distribuição de Varejo do Banco do Brasil. Em seu lugar, o patrocinador indicou José Maurício, que ocupava o cargo de diretor-presidente da BB Seguridade. Ao assumir a função, o novo presidente destacou a importância da boa governança como parte integrante da cultura da Previ e como ferramenta para construir o futuro de seus mais de 200 mil associados (veja na íntegra a carta do presidente aos participantes).

Paula Goto, eleita para a Diretoria de Planejamento na chapa vencedora das últimas Eleições Previ, havia sido aprovada pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) para ocupar o cargo. O órgão supervisor, no entanto, não considerou a dirigente apta para exercer a função de Administrador Estatutário Tecnicamente Qualificado (AETQ). Isso impediu a posse imediata da diretora, que recorreu da decisão junto com a Previ e com o apoio do Instituto de Certificação Institucional e dos Profissionais de Seguridade Social (ICSS).

Em resposta aos recursos, a Previc analisou a questão e registrou estar assegurado “o direito da ora recorrente ser declarada habilitada para o exercício do cargo de diretor de Planejamento”, apesar de reafirmar a não habilitação de Paula para o cargo de AETQ. Em 8 de agosto, a Previc notificou a Previ com a determinação de “no prazo de 10 (dez) dias, indicar o novo responsável pela função de AETQ”. Diante disso, a Diretoria Executiva e o Conselho Deliberativo decidiram por unanimidade empossar a nova diretora.

Gestão de risco

É importante destacar que a Resolução 4.661/2018 do Conselho Monetário Nacional (CMN), publicada em 25 de maio deste ano, mudou as atribuições do AETQ. Entre as mudanças, está a retirada da gestão de risco das responsabilidades da função e a determinação de que seja designado um responsável por essa gestão nas entidades fechadas de previdência complementar (EFPC). A mudança deu ainda mais importância para a gestão de riscos nos processos de investimentos das entidades de previdência complementar fechada.

Isso acontece porque ela separa de forma clara a responsabilidade dos que fazem a gestão de riscos daqueles que fazem a gestão, alocação e supervisão dos recursos, que continuam nas mãos do AETQ.

A Previ sempre reconheceu a relevância da Gestão Baseada em Risco. Não por acaso, em 1997, ela criou, em iniciativa inovadora, uma diretoria responsável pelo controle de riscos – a Diretoria de Planejamento – com uma gerência executiva específica para esse fim. No último processo eleitoral, a Previ determinou que a função de AETQ seria desempenhada pelo titular dessa Diretoria, em aderência às atribuições definidas na norma anterior do CMN. Diante do desfecho do impasse e considerando a alteração da norma do CMN, a função será exercida pelo diretor de Investimentos, Marcus Moreira de Almeida.

Participação recorde no processo eleitoral

As eleições de 2018 na Previ foram marcadas pela participação recorde dos associados. Ao todo, 118.102 pessoas, entre ativos, aposentados e pensionistas, exerceram seu direito de escolha, votando nas chapas inscritas no pleito. Foi o maior número de eleitores desde a instituição do modelo paritário, que divide os cargos de Diretoria e Conselhos entre eleitos pelos associados e indicados pelo Banco do Brasil.

Um dos fatores que contribuíram para o aumento da participação dos associados no processo eleitoral foi a abertura de dois novos canais para a votação: o app Previ e os terminais de autoatendimento do Banco do Brasil. As duas opções, já em sua estreia, receberam cerca de 27% dos votos computados, entre os dias 18 e 30 de abril.

Walter Malieni, presidente do Conselho Deliberativo da Previ, resumiu o sentimento geral com a alta participação dos associados no processo eleitoral: uma vitória do modelo democrático de governança da entidade. “Tenho certeza de que, com a renovação desse colegiado hoje, esse quadro de construção coletiva será continuado e aprimorado, porque quem chega traz consigo a expectativa de novas experiências. Assim, vamos renovando as esperanças dos nossos associados e a confiança de que a Previ é um exemplo a ser seguido pelo país e pela nossa sociedade”, concluiu.

 

A carta do presidente:
“Não podemos prever o futuro, mas podemos criá-lo”

“O título desta carta não é de minha autoria, mas do escritor e professor Peter Drucker, um dos pais da administração moderna. Como presidente há duas semanas de uma entidade que cuida do futuro de mais de 200 mil associados, considero a frase mais adequada do que nunca. Realmente não podemos prever o futuro, mas sem dúvida podemos criá-lo. E é exatamente isso que a Previ faz desde a sua fundação, há 114 anos.

Ingressei no Banco do Brasil em 1987, há 31 anos. Desde então, exerci diversos cargos até chegar à presidência da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil. Quando a notícia foi divulgada, vários colegas me parabenizaram, como aconteceu em outras ocasiões em que tive mudanças na minha carreira. A diferença, agora, foi a recomendação que vinha junto com as congratulações: ‘cuida bem do meu dinheiro lá!’, eu ouvia a cada abraço.

Do seu, do meu, do dinheiro de ‘todos nós’, como está inserido na missão da Previ, que reforça tão bem o conceito de construir juntos, parte fundamental da razão de ser da entidade: ‘Garantir o pagamento de benefícios a todos nós, associados, de forma eficiente, segura e sustentável’. Foi esse espírito de mutualismo que encontrei na Previ. E pude conferir no dia a dia que esse é realmente um dos diferenciais que faz a entidade mais forte.

As boas práticas de Governança Corporativa não são simplesmente normas na Previ. Não à toa a governança da entidade é reconhecidamente uma das mais modernas no sistema de previdência complementar fechada. As boas práticas estão intrínsecas na cultura, fazem parte do cotidiano dos funcionários e da administração da entidade.

Todos aqui sabem que exercer essa governança vai muito além de simplesmente obedecer as regras. É preciso sempre estar um passo à frente, com uma visão apurada de longo prazo, que gera segurança para os associados mesmo nos momentos mais turbulentos da conjuntura político-econômica – e com mais um século de história, sabemos que esses dias existem. Gestão após gestão, em tempos de bonança e de tempestade, a governança da Previ permanece. Esse é o principal ingrediente, o que torna o maior fundo de pensão da América Latina uma referência.


Como escrevi no começo desta carta, não podemos prever o futuro, mas podemos criá-lo. É uma grande honra participar da criação do futuro de cada um dos nossos 200 mil associados. São 200 mil futuros compostos de muita dedicação, empenho e confiança em uma entidade sólida, depositária de sonhos e esperança em dias cada vez melhores.”

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