Edição 172 Junho/2013

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Os três elementos

Tempo, contribuição e rentabilidade. Este é o tripé que garante a aposentadoria dos participantes do PREVI Futuro. E quanto mais de cada um, melhor.

Para os 78 mil participantes do PREVI Futuro, a aposentadoria é algo construído todos os dias. Por se tratar de um plano em que o benefício é calculado com base na poupança previdenciária individual do participante, é preciso ficar sempre atento para garantir o melhor benefício possível mais à frente. Mas nem todo mundo sabe quais elementos vão influenciar diretamente esse valor e qual é o impacto de cada um deles. Entender isso é fundamental para traçar a estratégia para a aposentadoria.

Tempo 

O desconhecimento leva muitas pessoas a desperdiçar o primeiro elemento do tripé que sustenta o plano: tempo. “Entrei para o Banco em 2001 e fiquei três anos sem me filiar”, diz Cláudio Pinho, funcionário da Gepes, no Rio de Janeiro. Atualmente com 40 anos, ele conta que, na época, não tinha planos de permanecer no BB por um prazo mais longo. A evolução na carreira, no entanto, o fez mudar de ideia. “Hoje, me arrependo de não ter entrado no Plano antes.”

Christian Mello, assistente de negócios do setor de Pessoa Jurídica da agência Próspera, em Criciúma (SC), diz que a decisão de não se filiar à PREVI quando entrou no Banco, em janeiro de 2003, aos 22 anos de idade, foi tomada por imaturidade. “Foi uma bobagem, não sei o que estava pensando naquela época”, admite. Ao todo, foram oito anos de contribuições perdidas. “Mas antes tarde do que nunca.”

De fato, o tempo é crucial para construir uma boa reserva previdenciária, capaz de garantir uma aposentadoria mais próxima dos rendimentos da ativa. Quanto maior o tempo de contribuição, maior será o saldo do participante. Afinal, quanto mais cedo se começa, mais a gente ganha, e é sempre melhor deixar o tempo trabalhar a seu favor do que contra você.

Portanto, uma opção para engordar a conta de aposentadoria é contribuir por mais tempo, caso o saldo do participante não seja suficiente para alcançar o benefício desejado. Para saber como anda sua conta, acesse o Simulador de Renda do PREVI Futuro no site. Isso é especialmente importante. Para os filiados mais antigos, que acabam de completar 15 anos de contribuição, prazo de carência para ter direito à renda mensal da PREVI, a ferramenta ajuda a tomar a decisão de pedir o benefício ou adiar a aposentadoria. Para os mais jovens, o simulador ajuda a planejar o futuro e a ajustar a estratégia previdenciária de acordo com seus objetivos.

Contribuição

Evidentemente, o tempo não é o único fator decisivo para a construção da aposentadoria. O segundo elemento do tripé é a contribuição. Novamente, quanto maior for o aporte, maior será o benefício. A contribuição básica corresponde a 7% da remuneração do salário do participante, com um aporte de mais 7% feito pelo Banco. Mas o regulamento do Plano prevê alguns mecanismos que podem turbinar a sua contribuição.

O mais poderoso deles é a contribuição de progressão na carreira, a chamada parte 2B do PREVI Futuro. Essa parcela é calculada de acordo com a remuneração e o tempo de filiação à PREVI, por meio da Pontuação Individual do Participante (PIP). Ela é fundamental para obter uma renda de aposentadoria mais próxima do salário da ativa, e indispensável para aqueles funcionários que ascendem dentro do Banco.

De acordo com a pontuação do participante, essa contribuição pode chegar a 10% do salário, além dos 7% descontados todos os meses. A grande vantagem é que a 2B é acompanhada pelo Banco. Ou seja, para cada real aportado pelo funcionário, o BB coloca mais um na conta de aposentadoria, o que corresponde a uma rentabilidade imediata de 100% sobre a contribuição do participante, um desempenho praticamente impossível de se obter em qualquer investimento disponível no mercado.

A PREVI desconta automaticamente a 2B pelo teto permitido de acordo com a pontuação, salvo opção contrária do participante. Mas é bom ser cuidadoso. Se você escolhe um teto mais baixo, perde a sua contribuição e também o aporte do Banco, o que pode fazer muita falta na hora da aposentadoria.

Outra forma de aumentar a aposentadoria é fazer contribuições adicionais esporádicas, chamadas de 2C. Elas podem ser aportadas a qualquer momento e não são acompanhadas pelo Banco. Esses aportes podem ser uma boa opção para investir algum dinheiro que sobrou no orçamento ou algum ganho extra, como o 13º salário ou a PLR. Vale lembrar que a 2C também pode ser depositada mensalmente, mas, nesse caso, a contribuição deve ser de no mínimo 2% do salário de participação. Por exemplo, para quem tem um salário de R$ 4 mil, 2% são R$ 80 por mês. Ou seja, R$ 2,67 por dia.

Por ter se filiado há pouco tempo, Christian não tem pontuação suficiente para contribuir pela 2B e, por enquanto, ainda não foi possível fazer contribuições pela 2C. “Mas, assim que a situação melhorar, pretendo fazer algum aporte”, diz. Mesmo sem estar fazendo contribuições pela 2B, você pode fazer contribuições pela 2C. No caso do Christian, que demorou alguns anos para aderir ao PREVI Futuro, é altamente recomendável fazer as contribuições para aumentar o seu saldo de conta e recuperar o tempo perdido.

Rentabilidade

O último elemento do tripé do PREVI Futuro é a rentabilidade dos investimentos do Plano. Ao longo do tempo, é o efeito cumulativo do rendimento sobre o dinheiro na conta que vai responder pela maior parte do saldo de aposentadoria. Portanto, quanto mais você contribui – e por quanto mais tempo –, maior será o efeito multiplicador da rentabilidade.

Entre os recursos para interferir na rentabilidade potencial da sua conta estão os Perfis de Investimento. Por meio deles, o participante pode aumentar a parcela de recursos aplicados em renda variável, como, por exemplo, em ações. Historicamente, o mercado acionário representa mais riscos, mas também tem obtido retorno mais alto – no longo prazo – do que a renda fixa. O Perfil pode ser Conservador, Moderado, Agressivo ou ter um formato mais específico, o Perfil PREVI. Este tem um nível de exposição em renda variável, atualmente, entre 30% e 50%. A definição desse nível é sempre baseada em análise dos técnicos da PREVI, com foco no retorno e grau de risco. Esse é o perfil adotado pela maioria dos participantes e também o padrão para quem não opta por qualquer outro.

“Sempre faço simulações e considero que o Perfil PREVI é o mais adequado para mim”, diz Cláudio. É bom ressaltar que a escolha do Perfil deve ser consciente, levando em conta a personalidade do participante, especificamente sua tolerância às oscilações do mercado, e também sua idade. Afinal, quem tem mais tempo de contribuição pela frente pode se arriscar a sofrer perdas no curto prazo, para tentar ganhar num horizonte mais longo.

O certo é que, em crises na Bolsa, se o participante decide sair de um perfil mais exposto à renda variável para outro menos exposto, a princípio, ele absorve o prejuízo em seu saldo de conta. Como se diz no mercado, vender em baixa significa realizar prejuízo. A própria PREVI, tal como fazem investidores, aproveita momentos de baixa cotação para comprar ações mais baratas para o Plano vislumbrando sua possível valorização posterior.

Independentemente do Perfil, no entanto, a rentabilidade sempre dependerá muito do cenário da economia. Com a queda nos juros básicos, a PREVI reduziu de 5,5% para 5% os chamados juros atuariais do PREVI Futuro. Essa taxa é a referência para projetar quanto se espera obter de rendimentos ao ano, para calcular os valores de benefícios. A redução significa, portanto, que a expectativa de rentabilidade dos investimentos no longo prazo é menor. É importante lembrar que o órgão regulador, a Previc, determinou que todos os fundos de pensão tenham juros atuariais de 4,5% até 2018.

A redução do juro atuarial não interfere no saldo dos participantes ativos, que varia de acordo com o rendimento real dos investimentos. Só é preciso ficar atento e se preparar para o futuro. É que, na hora da concessão da aposentadoria, essa taxa influencia o valor do benefício, pois, quanto menor ela for, menor será a previsão de rentabilidade dos recursos e também o valor da aposentadoria. Considerando um período de contribuição de 30 anos, cada queda de 0,5 ponto percentual na taxa atuarial representa 10% a menos na projeção do benefício.

Agora que você já sabe um pouco mais sobre o tripé que sustenta sua futura aposentadoria, é hora de pôr mãos à obra. Escolha sua melhor estratégia, não perca tempo, aproveite todas as oportunidades que tiver para engordar sua conta. E conte com a PREVI para buscar sempre o melhor resultado possível dentro do cenário econômico do Brasil e do mundo.

Plano de Aposentadoria

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