Edição 198 Julho/2018

Educação Previdenciária

O caminho para um futuro tranquilo

Previ promove 2ª Semana de Educação Financeira e Previdenciária, como parte de iniciativa nacional

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“Economizar dá trabalho, requer persistência, constância e paciência”. A frase, dita pelo economista e professor da FGV-RJ Luís Carlos Ewald, também conhecido como Sr. Dinheiro, traduz bem o clima da palestra que aconteceu na sede da Previ, no dia 14 de maio, na 2ª Semana Previ de Educação Financeira e Previdenciária.

O evento faz parte da 5ª Semana Nacional de Educação Financeira Enef – uma iniciativa do Comitê Nacional de Educação Financeira (Conef) para promover a Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef) – e contou com quatro dias de palestras e atendimento presencial para participantes do Plano 1 e do Previ Futuro, no Edifício Sedan, no Centro do Rio de Janeiro; e no Parque Botânico da Vale e no edifício da Superintendência do Espírito Santo, em Vitória (ES). Durante a abertura, o diretor de Seguridade, Marcel Barros, falou da importância do tema para a Previ.

“Desde 2006 realizamos constantemente ações de educação financeira e previdenciária para nossos participantes”, lembrou Marcel. “Entendemos que é fundamental que as pessoas estejam bem-informadas sobre como administrar seu dinheiro e seus investimentos para poderem maximizar seus salários de participação e planejar um futuro tranquilo.”

A programação da Semana Enef Previ envolveu mais de 550 associados. Na palestra do Sr. Dinheiro estiveram presentes 249 pessoas. Nas palestras sobre o Plano 1 e o Previ Futuro compareceram 247 pessoas, além de 99 atendimentos prestados.

Economia no dia a dia

O economista Luís Carlos Ewald falou sobre a importância de termos uma boa relação com o dinheiro e afirmou que o comportamento de cada um de nós é a chave da educação financeira de sucesso. Ele deu dicas de como economizar no dia a dia e guardar dinheiro para realizar planos.

Para o professor, a melhor forma de manter as contas da família no azul é fazer um orçamento doméstico, anotando exatamente tudo que entra e sai em termos de dinheiro numa planilha, que pode ser de papel ou eletrônica. O importante é que ela exista. “Essa tarefa não é simples: exige empenho, disciplina e, em muitos casos, cortes de despesas. Apesar das dificuldades, o esforço é compensador”, afirma.

Na palestra, o professor distribuiu uma planilha em que relaciona detalhadamente as despesas de uma família, desde o aluguel ou prestação do imóvel até a escova feita no salão de beleza. “Tendo consciência de sua renda e de suas despesas é possível adequar os dois lados da balança”, diz.

Ewald recomenda a eliminação dos gastos desnecessários que aparecerem no levantamento das despesas. A partir daí, cria-se o orçamento da família, com todos os gastos que foram aprovados e devem ser seguidos. Para a definição do que entra ou não no orçamento familiar, o professor recomenda uma reunião familiar. Assim, todos os integrantes da família se sentem envolvidos no processo e comprometidos.

Sem vergonha de pechinchar

Ewald afirma que economizar é um exercício diário e são ações simples, do cotidiano, que podem resultar em economias consideráveis no fim do mês. Pesquisar, procurar pelo menor preço e evitar produtos mais caros são dicas importantes que podem render um dinheirinho extra para colocar na poupança. O educador financeiro diz que vale, e muito, pechinchar, e até mesmo levar a sobra de um almoço fora de casa para comer no jantar, por exemplo.

“Não tem de ficar com frescura. Se você foi almoçar fora e sobrou comida nas travessas, por que não levar para casa? Você pode comer a quentinha no jantar, ou dar para alguém que precise. Vergonha é ficar endividado e ir para o SPC e Serasa porque gastou o dinheiro que não tinha”, afirma.

Dicas para se relacionar melhor com o dinheiro

Qual é a proporção ideal do salário para economizar? Para o economista, 10% é a fração ideal. “É como se pagássemos o dízimo para nós mesmos”. Quem quer poupar precisa retirar 10% do salário assim que receber e, então, guardar em uma aplicação financeira. Enquanto tiver pouco dinheiro, o melhor destino é a caderneta de poupança, a mais fácil e barata das aplicações. Depois, dá para escolher entre as várias aplicações, como fundos, Tesouro Direto, Letras de Crédito Imobiliário ou ações. O palestrante também ressaltou que a previdência complementar é outro investimento de longo prazo essencial e que, no caso da Previ, a contrapartida do Banco do Brasil faz toda a diferença.

Faça o orçamento familiar: fazer o orçamento doméstico é tarefa essencial para seu dinheiro render mais, ensina o Sr. Dinheiro. A receita do sucesso, segundo o economista, é anotar todas as despesas para ver o que é supérfluo e o que não é, e tratar de gastar menos do que se ganha, poupando no mínimo 10% da renda.

Resista à compra por impulso: como? ‘Esqueça’ o cartão de crédito e folhas de cheque em casa para não cair na tentação de comprar. Sair com o dinheiro contado é outra opção.

Corte gastos: para não ficar de bolso vazio, é preciso cortar algumas despesas e, assim, ter dinheiro para poupar. Os primeiros da lista são as despesas supérfluas, aquelas de que você não precisa, mas acha ‘que merece’. “Não comer fora de casa durante um período ou deixar de aproveitar as liquidações para encher o guarda-roupa com peças de que não precisa são iniciativas que geram bastante retorno”, conta.

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