Edição 179 Agosto/2014

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Uma mineira carioca

Maria Raimunda ficou pouco tempo com os colegas. Depois de oito meses em Corumbá (MS), conseguiu transferência para Minas e depois para o Rio onde vive até hoje

Mesmo tendo estudado Contabilidade no ensino médio e querendo se tornar médica, Maria Raimunda de Oliveira seguiu a sugestão de um professor e fez prova para o concurso do Banco do Brasil ao mesmo tempo em que prestou vestibular para Medicina. Se tinha dúvidas na ocasião, quando o resultado da seleção do BB foi divulgado e viu que havia ficado em 17° lugar a escolha foi feita: fazer as malas, seguir para Corumbá e iniciar uma nova vida aos 18 anos.

“Nunca havia viajado para tão longe. Foi uma grande aventura. Com certeza, se não tivesse tido o apoio de Eduardo, Edmée, Rosângela, Raquel e Luiz não teria conseguido ficar lá todo aquele tempo. Cheguei a entrar em depressão de tanta saudade que tinha de casa. Nossa amizade foi o que me sustentou por lá. A gente se divertia, passeava pela cidade e pelos arredores, gostava de ouvir e tocar música. Foi um tempo bom de nossas vidas”, relembra.

Maria Raimunda conseguiu, após oito meses em Corumbá, ser transferida para Sete Lagoas, onde moravam seus pais e seus sete irmãos. O contato com os amigos durou pouco. Em 1981 ela se casou e foi morar em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, onde vive desde então e onde criou os filhos Gustavo, Rafael e Felipe.

“Quando meu filho mais velho tinha 7 anos eu me separei, mas continuei morando em Campos. Trabalhei no Banco até 2005, quando me aposentei como gerente de Pessoa Física na agência Pelinca. Foi um tempo difícil, mas fui muito feliz no BB. Assim que me aposentei fiquei um tempo sem fazer nada. Depois comecei a trabalhar com a venda de seguros, a fazer artesanato e trabalho voluntário em um asilo. Tudo para ocupar minha mente sem me impedir de fazer uma das coisas que mais gosto na vida: viajar e curtir meus filhos e minha neta”, explicou Maria Raimunda, que já imaginava ter uma vida tranquila quando parasse de trabalhar por ter se associado à PREVI logo na posse no Banco.

Embora tenha seguido trabalhando no BB e voltado a Sete Lagoas para visitar parentes ao longo dos anos, Maria Raimunda acabou perdendo contato com o grupo de amigos de Corumbá. Quando surgiu a oportunidade de reencontrá-los, não pensou duas vezes. “Reencontrei Edmée e Rosângela pelo Facebook. Foi uma grande felicidade. A ideia do nosso reencontro, capitaneada pelo Luiz, foi incrível porque trouxe de volta as memórias felizes daquela época. Nos reunimos na casa da Raquel e do Eduardo e passamos um fim de semana inteiro relembrando aquela época. Como foi bom! Nossa próxima reunião vai ser uma volta real ao passado, lá em Corumbá, para conferirmos o que mudou e se sobrou algo da nossa época. Ainda bem que existe a internet hoje para nos permitir a manutenção da nossa amizade, mesmo a tantos quilômetros de distância uns dos outros”, diz.

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