Revista Previ

Ser conselheiro indicado pela Previ em uma das empresas nas quais a Entidade possui participação representa a oportunidade de atuação na administração e fiscalização de ativos mobiliários com destaque nacional e até internacional, de uma carteira que monta mais de R$ 92 bilhões. Por outro lado, tal atuação pressupõe um conjunto de competências, experiências e responsabilidades que os conselheiros devem apresentar para o melhor exercício da função.

Os processos seletivos de conselheiros realizados pela Previ seguem as diretrizes da Política de Seleção e Indicação de Conselheiros. As indicações em cada processo seletivo respeitam os critérios de seleção, amplamente divulgados e materializados em um edital, e são submetidas à alçada final do Conselho Deliberativo, órgão que contempla representantes eleitos pelos participantes e indicados pelo patrocinador.

Este ano, foram 646 inscrições para o processo, diante da expectativa de preenchimento de 85 vagas.

A seleção é rigorosa, com garantia de isonomia de critérios a todos os candidatos. Um sistema de pontuação que leva em conta itens como capacitação, experiência profissional, formação acadêmica e certificações, entre outras exigências, é a primeira linha de corte. É preciso chegar a um escore mínimo de 50 pontos para que o candidato entre na disputa da vaga.

Só quem fica acima desse limite tem sua documentação avaliada. Este ano, apenas 277 inscritos passaram pelo crivo inicial.

Quem se candidata precisa ficar atento. Erros no preenchimento do currículo e falta de comprovação das informações curriculares podem ser motivo para o não atingimento da pontuação mínima curricular. Após a conferência inicial, é enviada uma mensagem eletrônica aos candidatos com a pontuação curricular alcançada e eventual pendência de comprovação (algum documento inválido ou insuficiente) identificada pela Previ. Nesse caso, o candidato tem uma semana para resolver o problema e continuar na seleção.

Prazo de validade

Também é importante destacar que as certificações do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e do Instituto de Certificação em Seguridade Social (ICSS), quesitos pontuáveis no currículo, têm prazo de validade. Não são aceitos pela Previ certificados vencidos, ocasionando perda de pontos do candidato na seleção.

A finalidade desses critérios é dar o máximo possível de objetividade à seleção dos profissionais indicados pela Previ. Para isso, a cada ano, os critérios são reavaliados para saber se continuam atualizados e consistentes com as exigências do mercado. O processo costuma iniciar no segundo semestre do ano anterior, para que haja tempo de cumprir todas as etapas até a realização das assembleias de acionistas das empresas, normalmente marcadas entre março e abril do ano seguinte.

Perfil dos candidatos

Após a conclusão da conferência curricular pela Previ e verificação do cumprimento dos pré-requisitos da seleção, é a vez de se avaliar o perfil dos candidatos e as necessidades das empresas participadas. Uma companhia em processo de internacionalização não tem, necessariamente, as mesmas demandas de uma outra, que atravesse uma crise financeira com nível elevado de endividamento, por exemplo. Por isso, os candidatos pré-selecionados são avaliados pelo colegiado da Previ, levando em conta seus perfis e como eles se encaixam em relação a cada vaga disponível.

Outro fator relevante para a seleção é a ampliação da diversidade no âmbito dos conselhos das empresas. A Previ considera que uma variedade de gênero, etnia e experiências culturais, entre outros fatores, melhora a qualidade da governança e a tomada de decisões nas companhias. No entanto, esse fator é mais um no processo de escolha, pois não são consideradas cotas para a escolha dos conselheiros indicados.

Recondução

Vale lembrar ainda que os profissionais indicados para os conselhos podem ser reconduzidos a seus cargos, ou ser indicados para outras empresas. Mas, para isso, também devem se submeter novamente ao processo seletivo.

O conselheiro com mandato vigente é acompanhado pela Previ semestralmente de forma a verificar sua atuação em linha com as melhores práticas de governança corporativa. Após o terceiro ciclo de acompanhamento consecutivo e com obtenção de mais de 65 pontos, há bonificação para o processo seletivo, conforme critérios pré-determinados.

Após a aprovação da relação de candidatos pelas alçadas competentes, a Previ trabalha no sentido de realizar suas indicações. Entretanto, é preciso ainda conquistar, efetivamente, as vagas nas assembleias de acionistas. Hoje, das 85 vagas para as quais a Previ está apta a indicar conselheiros, pouco mais de 30% podem ser consideradas garantidas por conta da existência de acordo de acionistas. As demais dependem de uma composição de votos com outros acionistas, visando êxito na eleição desses conselheiros.

A partir do êxito nas eleições, os conselheiros são investidos nos seus cargos mediante assinatura do termo de posse, momento em que passam a ter os deveres e responsabilidades previstos em lei. Portanto, todo esforço do processo seletivo da Previ visa identificar os candidatos que possam contribuir, efetivamente, na defesa dos interesses das companhias, agregando valor, buscando a conquista de resultados, eficácia e longevidade de seus negócios, além da maior geração de valor para os acionistas, algo fundamental para cumprir nossa missão de pagar benefícios de forma segura, eficiente e sustentável para todos nós, associados.

O processo seletivo de 2019