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A curva da renda fixa
Plano 1 fechou 2013 com uma rentabilidade de 8,07%, próxima aos 8,22% registrados na Taxa Média Selic, mas abaixo do indicador usado como referência para os investimentos de renda fixa da PREVI (INPC + 5,5%)
No segmento de renda fixa, o mercado foi afetado pela alta da inflação, que obrigou o Banco Central a elevar os juros num patamar acima do previsto pelo mercado. Ao mesmo tempo, no cenário externo, a recuperação da economia dos Estados Unidos aconteceu em ritmo mais rápido do que o esperado. Isso levou os analistas a trabalharem com a possibilidade de que os estímulos monetários naquele país fossem retirados antecipadamente. Esse movimento fez subir as taxas de juros dos títulos de longo prazo do Tesouro Americano, pressionando para cima a curva de juros no Brasil.
“Em termos de juros, foi um pouco surpreendente a velocidade com que subiram em relação ao ano anterior”, observa Renê. “Isso fez com que, pela primeira vez, os fundos de pensão tivessem uma carteira de renda fixa com taxa negativa por um período longo.”
Como a PREVI enfrentou esse cenário? Basicamente, a estratégia para a renda fixa combina títulos marcados ‘na curva’ e marcados ‘a mercado’. Estes últimos são atualizados ao preço do dia e sofrem o impacto das altas e baixas diárias do mercado. Já os títulos marcados ‘na curva’ são aqueles papéis mantidos na carteira até a data de vencimento. Esses títulos não sofrem oscilações diárias e sua rentabilidade é medida pela sua taxa de aquisição, que vem a ser a ‘curva’ de remuneração do papel.
“Somos um pouco fora do padrão em relação à renda fixa, porque mais de 60% de nossa carteira estão marcados na curva”, explica Renê. “Compramos um papel com taxa de inflação mais 7% e, não importa o que aconteça com a taxa de juros, vamos até o vencimento com ele. A PREVI opera com segurança, o que é fundamental para quem tem compromissos de longo prazo com os participantes”.
Com isso, a carteira de renda fixa do Plano 1 fechou 2013 com uma rentabilidade de 8,07%, próxima aos 8,22% registrados na Taxa Média Selic, mas abaixo do indicador usado como referência para os investimentos de renda fixa da PREVI (INPC + 5,5%). O desempenho reflete uma gestão conservadora que suaviza os efeitos das variações do mercado, adotada para resguardar o patrimônio dos associados.