Como vocês sabem, até pouco tempo atrás eu estava aí, na plateia. Assim como vocês, eu também era um representante que lutava pelos funcionários do Banco do Brasil. Vocês não apenas conhecem, mas compartilham essa jornada junto comigo. Sabem profundamente o trabalho que é realizado. De observação, de gestão, de muita negociação para garantir os direitos de todos. Um trabalho que exige profundo conhecimento do que é o BB, a Previ, a Cassi e demais empresas do conglomerado.

Fui indicado como presidente da Previ pelo patrocinador, o Banco do Brasil, que tem atualmente a primeira presidenta da sua história, Tarciana Medeiros. É uma mudança de paradigma, em que uma mulher, mãe, que ocupava o cargo de gerente executiva, foi para o topo de um dos maiores bancos do país. Tarciana é uma prova de que as mulheres podem e devem ocupar o espaço que desejarem. Que o topo é aonde elas quiserem chegar. E, para isso, está implementando uma política de diversidade e equidade efetiva, que terá eco na Previ. Aqui, assim como no Banco do Brasil, não teremos tolerância com assédio e preconceito de qualquer tipo. 

Antes de estar à frente da Previ, fiquei mais de uma década defendendo os direitos dos funcionários do BB. Atuei no maior sindicato da américa latina, o dos bancários de São Paulo, Osasco e região, em que atuei como diretor, secretário jurídico, secretário de organização e suporte administrativo, auditor sindical e, por último, atuei como coordenador nacional da comissão de negociação dos funcionários do Banco do Brasil. 

Nesse período desenvolvi e exerci minhas habilidades com gestão de pessoas e de projetos, em que usei a minha capacidade de negociação na interlocução com diretores e altos executivos do setor financeiro, tanto no Brasil quanto no exterior. Isso me deu uma ampla experiência em liderança de equipes, além de ter de desenvolver uma sólida capacidade para defender os anseios dos associados.

As competências de liderança, comunicação e intermediação de conflitos foram fundamentais quando eu estava na coordenação da comissão de negociação. Liderar pelo propósito e ser capaz de conscientizar as pessoas sobre os melhores caminhos para as empresas e instituições são características dos gestores com melhor reputação e desempenho. São esses os atributos mais exigidos dos presidentes de empresas atualmente. E é assim que eu vou trabalhar, sempre com o propósito de cuidar do futuro pessoas. 

A Previ é muitas coisas. Para os associados, ela é a garantia de um futuro melhor. Para o Banco do Brasil, é uma ferramenta importante de atratividade e retenção de talentos. Para a sociedade, é uma das maiores investidoras institucionais do país. Mas o cerne da Previ, a semente que permitiu a sua criação em 1904, é a coletividade entre os funcionários que a fundaram. Pessoas que perceberam que precisavam de união para se proteger e proteger seus familiares. 

Esse alicerce está presente até hoje nesta casa, que tenho muito orgulho de também chamar de minha. A missão da Previ tem um “todos nós” inserido no meio dela: “garantir o pagamento de benefícios a todos nós, associados, de forma eficiente, segura e sustentável”. É uma missão que reforça o conceito de mutualismo, fundamental na existência da Previ e que está presente no cotidiano de quem trabalha aqui. Uma característica intrínseca que nos faz ainda mais fortes.

A robusta e reconhecida governança da Previ, que é uma referência no segmento de fundos de pensão, não foi feita do dia para a noite. Essa instituição foi criada antes mesmo da lei Eloy Chaves, que foi o marco para a Previdência Social do país e está completando 100 anos agora, em 2023. A Previ tem 119 anos de experiência e de solidez, desenvolvidos em um sistema que respeita a tradição, mas com um olhar constante na inovação e no futuro. É uma construção fortalecida diariamente, com regras claras, processos e compliance que vão além dos requisitos do arcabouço regulatório. A governança da Previ é uma construção perene. Uma governança que permanece, tanto em épocas de bonança como de tempestade. Uma governança que tem como principal direcionador os associados.

O que eu quero fazer é contribuir para a evolução esse processo. Que a governança da Previ seja cada vez mais aprimorada, para garantir que o futuro de todos os associados seja preservado. Confiança é a palavra-chave entre o relacionamento de uma entidade fechada de previdência complementar e seus associados. E queremos que os associados continuem confiando em nós.

Nossos investimentos sempre levarão em primeiro lugar o interesse de nossos associados e isso, consequentemente, também ajuda a economia do país. A Previ tem a capacidade de injetar na economia quase r$ 16 bilhões de reais por ano com o pagamento de benefícios, e como a investidora institucional que é, outros tantos bilhões pelas empresas participadas, que contribuem com a geração de renda, com a produção e a infraestrutura do Brasil. 

Os investimentos da Previ são resilientes, compostos por empresas da economia real. Investimentos que são realizados sempre com foco no associado, utilizando critérios rigorosos baseados em políticas que são desenvolvidas pela diretoria de planejamento, aprovadas por uma diretoria executiva e conselho deliberativo com decisões colegiadas, e executadas pela diretoria de investimentos. Essa segregação de funções traz mais segurança no processo de gestão e torna o modelo de governança ainda mais robusto. 

A Previ foi a primeira entidade fechada de previdência complementar a ter um colegiado paritário, em que metade dos membros é indicado pelo patrocinador, o Banco do Brasil, e a outra metade é eleita pelos associados. E é uma das únicas em que todo o corpo técnico é formado por associados. Esse processo proporciona segurança e engajamento, com funcionários conhecidos por sua excelência técnica e com diversidade de formação e habilidades.

A visão da Previ é de longo prazo. Vamos pagar benefícios por muitas décadas pela frente, talvez séculos. Hoje, ao pensar no futuro, é impossível não pensar também em sustentabilidade. Nos aspectos sociais, ambientais, de governança e integridade, que aqui na Previ são conhecidos como ASGI. 

Meu compromisso é estimular ainda mais a adoção de práticas cada vez mais sustentáveis com toda a abrangência que essa sigla contém, para todas as empresas em que temos participação, assim como para a sociedade em geral. Queremos colaborar na construção de um país com mais ética, sustentabilidade, integridade, diversidade e equidade. Queremos mais transparência no mundo dos negócios. E eu não poderia deixar de lembrar, queremos contribuir cada vez mais para a defesa do nosso meio ambiente.

Antes de tomar posse no banco, fui professor. Esse meu histórico me aproximou dos ensinamentos de um dos maiores educadores que o Brasil já teve, Paulo freire. Em um dos livros dele tem um trecho muito forte, que lembrei várias vezes na minha trajetória no Banco do Brasil: “a esperança precisa da prática”. Ele não está falando da esperança de quem senta e espera. Mas do verbo esperançar, que na definição do próprio Paulo “é se levantar, é ir atrás, é construir. Esperançar é não desistir!”

E é assim que nós vamos prosseguir. O esperançar é fundamental em uma instituição que tem como propósito cuidar do futuro das pessoas. São 200 mil futuros criados a partir de muita dedicação e trabalho, baseados na confiança em uma instituição sólida. É aqui que a família Previ deposita a esperança em dias cada vez melhores, com mais diversidade e equidade. Vamos construir esse futuro juntos, de mãos dadas. Aqui, ninguém solta a mão de ninguém. 

Agora a diretoria executiva vai mostrar um pouco de como esse futuro foi construído em 2022. No Previ Futuro, que é o plano de contribuição variável com R$ 26 bilhões em ativos, todos os perfis de investimentos tiveram rentabilidade positiva, com destaque para o perfil conservador, que teve um desempenho de 8,4%. Como vocês sabem, no Previ Futuro a participação do associado é fundamental, já que ele também gere o próprio plano ao optar por um dos perfis de investimento oferecidos pela Previ. Por isso, a educação financeira e Previdenciária é tão importante para esse público. 

O Plano 1, que é o nosso plano de benefício definido, teve uma rentabilidade de 13,5% e um resultado superavitário de R$ 5,6 bilhões em 2022. O Plano 1 fechou o ano de 2022 com um total de ativos de R$ 241 bilhões e um recorde no pagamento de benefícios, com aproximadamente R$1,3 bilhão por mês.