Após economia ensaiar melhora, planos capturam bons resultados
04/09/2024
A Previ começou a se recuperar dos impactos e incertezas do cenário econômico enfrentados no primeiro semestre. O Plano 1 encerrou o mês de julho com desempenho positivo de 0,65%, com patrimônio de R$ 229,7 bilhões. O plano segue em equilíbrio, com superávit acumulado 3,02 bilhões, fruto do excelente resultado de 2023. Já o Previ Futuro registrou ganhos de 2,09% no mês, encerrando o período com uma carteira de ativos avaliada em R$ 33,6 bilhões.
No cenário político e macroeconômico global, uma série de eventos contribuiu para a melhora na conjuntura. O aumento da probabilidade de recessão nos EUA fez o mercado reagir com a queda significativa das curvas de juros globais. Com a inflação convergindo para a meta, o FED, o banco central norte-americano, avalia a redução dos juros, até para conter os sinais de arrefecimento da atividade econômica. Por outro lado, o Banco Central japonês, em movimento inesperado, aumentou a taxa básica de juros para 0,25%. A combinação desses eventos até gerou turbulência nos mercados globais, mas não teve grandes impactos por aqui.
No Brasil, o Ibovespa deu os primeiros sinais de recuperação em julho, apresentando valorização de cerca de 3%. A alta tem explicação na correção de valores dos principais papéis que compõem o índice – e que haviam sido depreciados ao longo do primeiro semestre – e nos bons resultados da economia. O mercado de trabalho está aquecido, e a taxa de desemprego apresenta baixa histórica de 6,9%. Em relação à inflação, o IPCA acumula alta de 4,5%, extrapolando o limite de tolerância estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
No âmbito fiscal, o governo anunciou cortes de despesas obrigatórias e medidas para conter gastos. O Dólar encerrou o mês cotado a R$ 5,66, uma valorização de quase 2% em relação ao Real, aumentando a incerteza sobre a trajetória da taxa Selic. Já o mercado financeiro, que sofreu com a volatilidade no primeiro semestre, deu sinais de melhora para os investidores de longo prazo, ancorado na percepção de que o ciclo de corte nos juros da economia americana está cada vez mais próximo.
As análises macroeconômicas da Previ apontam para um cenário de gradual desinflação no mundo e de redução nas taxas de juros norte-americanas, com o aumento do apetite dos investidores estrangeiros por ativos de maior risco, como os mercados emergentes e, no caso do Brasil, para as ações.
Apesar da alta do Ibovespa, não houve impacto positivo na carteira de Renda Variável do Plano 1, que não reflete a composição do índice. A rentabilidade do segmento, oscilou negativamente (-0,15%) em julho, puxada pelo recuo de 0,95% nas ações da Vale. Os papéis da mineradora foram impactados pela queda no preço do minério de ferro e pela revisão, para baixo, nas projeções de crescimento da economia chinesa.
Já a Renda Fixa apresentou rentabilidade de 0,98% no mês, superando o CDI no período. Destaque para os títulos públicos para negociação, com valorização de cerca de 2,5%. Os segmentos de Investimentos Estruturados, que compreende alocações em fundos multimercado e de private equity, e de Investimentos Imobiliários, composto pelos imóveis da Previ e aplicações em fundos imobiliários, também performaram bem. As duas classes de ativos apresentaram rentabilidade superior a 1% em julho.
As decisões de investimento da Previ para a carteira do Plano 1 são orientadas para a imunização do passivo. Nesse sentido, a alocação dos recursos tem privilegiado a aquisição de títulos públicos federais mantidos até o vencimento. Essa estratégia contribui para o equilíbrio do plano, que tem maior a parte dos associados em fase de recebimento de benefícios.
O Previ Futuro também mostrou boa capacidade de recuperação frente ao contexto de volatilidade do primeiro semestre. A carteira de Renda Variável do plano performou ainda melhor do que o índice Ibovespa, com rentabilidade de quase 4% no período. As maiores contribuições vieram das posições em bancos, energia elétrica e shoppings. A Renda Fixa apresentou alta de 2% em julho, graças ao bom desempenho das NTN-Bs. Esses títulos, que representam boa parte dos investimentos em Renda Fixa do Previ Futuro, responderam positivamente ao fechamento da curva de juros.
Todos os perfis de investimentos do plano tiveram alta em julho. Entre as opções do tipo risco-alvo, o melhor retorno foi do Agressivo, com 2,57%. Mesmo o perfil Conservador, com a menor rentabilidade (1,78%), rendeu quase o dobro do CDI no período. Na categoria data-alvo, o perfil Ciclo de Vida 2060 capturou o melhor resultado, com valorização de 2,60%, ao passo que o Ciclo de Vida 2030, menos exposto à renda variável, teve ganhos de 1,94%, também acima dos índices de referência.
O Previ Futuro é um plano ainda jovem, no qual a maioria dos participantes está em fase contributiva. As oscilações na rentabilidade fazem parte da jornada de acumulação num plano com esse nível de maturidade. A Previ está sempre atenta aos fatores que podem ameaçar o desempenho, bem como às oportunidades de alocação, sempre com horizonte no longo prazo.
A transparência é um dos valores fundamentais da Previ. Por isso, o desempenho mensal dos planos é divulgado na seção Prestação de Contas do site e no App. Para ficar por dentro das notícias sobre a Entidade, inclusive sobre o resultado, siga @previoficial nas redes sociais.