Presidente da Previ comenta o resultado do Previ Futuro em 2024
14/03/2025
A Previ divulgou ontem o resultado do Previ Futuro em 2024. O plano encerrou o ano passado com rentabilidade de -0,20%, impactado pelo cenário econômico adverso, que trouxe forte volatilidade aos investimentos. Em vídeo, o presidente da Entidade, João Fukunaga, detalha o desempenho. Confira:
Olhar para frente e trilhar, hoje, o caminho que vai nos levar até a manhã que sonhamos. Esse foi o desafio do nosso Previ Futuro em 2024.
Mesmo enfrentando um ano difícil na economia e no mercado, em que as mudanças de cenário impuseram desafios na gestão dos recursos, o Previ Futuro segue crescendo. Passados 27 anos desde a sua criação, o plano está cada dia mais forte.
Em 2024, o plano ultrapassou a marca de 86 mil participantes, a grande maioria de funcionários da ativa.
E com uma carteira robusta, que alcançou o seu maior valor histórico, se consolida como um dos maiores planos de previdência complementar do país.
Os recursos do Previ Futuro são aplicados em oito perfis de investimento, que se dividem em duas categorias: risco-alvo e data-alvo. A primeira tem como base a exposição da carteira ao nível de risco tolerado pelo participante, ou seja, você. Já a segunda, leva em consideração a data da aposentadoria escolhida por você e adequa a exposição ao risco à medida que essa data se aproxima.
Independentemente do perfil escolhido, a Previ administra os recursos do Previ Futuro com uma visão de longo prazo, ancorada em duas premissas: a primeira, garantir que os recursos dos participantes não sejam corroídos pela inflação. A segunda, buscar rendimentos que remuneram os ativos para maximizar o benefício no futuro.
Para direcionar essa jornada, usamos uma taxa de referência, que é uma espécie de meta de rentabilidade a ser alcançada todo ano.
No caso do Previ Futuro, essa taxa corresponde ao INPC, que é o índice de inflação adotada pelo plano, mais 4,62%. Ou seja, a cada ano, nosso time se empenha para fazer os investimentos do Previ Futuro performarem o suficiente para superar a inflação e render mais que 4,62%, no mínimo.
Ao contrário do que estabelece o senso comum, a alta de juros que o Brasil experimentou em 2024 nem sempre garante rentabilidade positiva para a renda fixa, principalmente para títulos públicos, com longo prazo de vencimento.
Isso porque, quando a taxa da economia sobe, o valor de mercado dos títulos cai. Veja: por que um investidor vai pagar um determinado valor num título que prometia rendimento de 10% e tem vencimento em 2050, se hoje, com a alta de juros, ele pode comprar o mesmo título, cujo rendimento será de 12% no mesmo período?
Essa é a lógica que afeta a marcação a mercado e que impactou a carteira de renda fixa do Previ Futuro em 2024. É que o negócio da Previ é pagar benefício, é visão de longo prazo. Por isso, a maior parte dos títulos que compõem a carteira do plano tem vencimentos longos, 2030, 2040 e 2050, e por aí vai.
Por um lado, isso garante uma boa rentabilidade lá na frente. Por outro, afeta o valor da carteira trazido ao valor presente. Isso porque, por força de lei, o Previ Futuro era obrigado a contabilizar a maioria dos seus títulos pelo valor de mercado.
Ou seja, ainda que o nosso time de investimentos tenha como estratégia levar os títulos até o vencimento, contabilmente éramos obrigados a informar o valor de mercado desses títulos. Isso explica parte da baixa rentabilidade obtida pelos perfis de investimento do Previ Futuro, até mesmo conservador.
Mas aqui vale uma explicação: os títulos marcados a mercado não foram vendidos pela Previ, o que significa que não houve prejuízo. Pelo contrário, como boa parte desses títulos vai ser mantida até o vencimento, a remuneração será a contratada, independente das oscilações e do cenário econômico. Isso significa proteção contra a inflação e ganho real para os associados.
A oscilação da rentabilidade causada pela marcação a mercado tende a ser amenizada com uma mudança na legislação. Essa mudança que possibilita a marcação de títulos na curva, ou seja, pelo valor do investimento, representa uma conquista para os associados do Previ Futuro. Conquista que é fruto do trabalho da diretoria, que em conjunto com outras fundações e entidades representativas do setor, se empenharam por essa mudança.
A partir do momento que contabilizarmos parte de nossa carteira de renda fixa, com a visão de marcação na curva, a rentabilidade tende a oscilar menos. Mas esse efeito só vai ser sentido mais à frente, após a conclusão do trabalho de remarcação.
Se pudéssemos ter marcado, já em 2024, parte da carteira do Previ Futuro na curva — e não pelo valor de mercado —, que foi depreciado pela alta dos juros, o resultado dos perfis seria bem diferente.
Se, por um lado, a alta dos juros afetou contabilmente o resultado da renda fixa do Previ Futuro, por outro, também apresentou oportunidades para o investimento em títulos capazes de capturar essa alta. O rendimento no ano passado sofreu, mas a perspectiva de longo prazo melhorou muito.
2024 foi um ano de muito trabalho para modernizar a estrutura de investimentos do Previ Futuro. Desde a criação dos perfis lá em 2009, o plano tinha uma carteira única de investimentos, segregada basicamente em dois grandes blocos, renda fixa e renda variável.
Entregue no início de 2025 a nova estrutura de investimentos, garante maior agilidade, flexibilidade e eficiência na gestão dos ativos.
E vai possibilitar a criação de um novo perfil de investimento, menos volátil e focado principalmente nos associados que estão mais próximos da aposentadoria — e que não podem ter seus recursos expostos às oscilações de mercado.
Além disso, obtivemos conquistas importantes, como a mudança de opção de tributação. Antes, essa escolha era feita no escuro, num momento de adesão ao plano. Com a mudança na lei, o participante agora pode escolher pela tabela progressiva ou regressiva do imposto de renda, no momento da aposentadoria. Isso permite que ele faça a escolha pela tributação mais vantajosa e pague menos impostos.
São mudanças e conquistas importantes que fazem o nosso Previ Futuro seguir avançando.
É, pessoal. 2024 foi um ano difícil e que impôs muitos desafios ao Previ Futuro, mas também de muito trabalho.
Um trabalho contínuo, realizado com a responsabilidade e diligência por uma equipe qualificada, formada na mais importante escola de finanças do país, o Banco do Brasil.
Trabalho de gente que, assim como eu e você, também é associada do Previ Futuro e não vai medir esforços para entregar o melhor resultado para o plano, hoje, amanhã e lá no futuro que todos nós planejamos.
Estamos preparados para recuperar a rentabilidade do PriviFutur e garantir o retorno necessário para que cada colega tenha o futuro que merece e deseja.
A Previ segue firme, forte e confiável. Porque tem a credibilidade construída em mais de um século de história e uma rentabilidade sólida, baseada em uma visão de longo prazo.
São mais de 120 anos protegendo o futuro das pessoas. Nesse tempo todo, nada — absolutamente nada –, abalou esse compromisso.
Seguimos em frente, sempre. Fiéis ao nosso propósito e firmes no compromisso de proporcionar cuidado e proteção aos nossos associados e seus familiares em todas as fases de suas vidas.
Porque para nós, da Previ, gente é tudo.