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As 10 principais dúvidas sobre investimentos da PREVI

Selecionamos os temas mais comentados pelos associados e esclarecemos questões sobre as aplicações de recursos dos planos de benefícios da Entidade.

13/01/2016

Gestora de recursos da ordem de R$ 170 bilhões e responsável pelo complemento de aposentadoria de duzentas mil famílias, a PREVI desperta interesse em seus participantes, que demonstram ter dúvidas em questionamentos encaminhados à Entidade pelos canais de atendimento e comunicação. A ideia com essa publicação é reunir os principais temas que geram consultas e comentários sobre os investimentos realizados pela PREVI e trazer breves esclarecimentos, com o intuito de melhor informar aos associados. Confira a seguir a lista com as dez principais questões levantadas e as respectivas respostas.

 

1 – A PREVI tem muito dinheiro, portanto deveria pagar benefícios maiores a aposentados e pensionistas.

Os recursos da PREVI são do tamanho dos seus compromissos, que por sua vez são de longuíssimo prazo. Ter um patrimônio robusto não torna a Entidade rica, mas sim sólida e segura para cumprir os contratos previdenciários firmados com seus participantes, pagando em dia os complementos de aposentadoria e pensões. Vale lembrar que o benefício de aposentadoria é definido com base na carreira que cada um fez no Banco, quando estava na ativa.

2 – Por que tanto dinheiro do Plano 1 está alocado em renda variável, mesmo em momentos como o que vivemos de crise econômica e Bolsa de Valores em baixa?

A estratégia de diversificação dos investimentos adotada pela PREVI, em especial com relação aos recursos do Plano 1 desde o fim da década de 1990, foi uma das principais responsáveis pelos sucessivos superávits conquistados nos últimos anos e que proporcionaram diversos benefícios extraordinários aos associados, como suspensão de contribuições e pagamento do BET, por exemplo. A maior alocação em ações proporcionou no longo prazo rentabilidades significativamente superiores ao atuarial e aos principais indicadores de mercado.

3 – E por que ter investimentos tão vultosos em poucas empresas? Não seria melhor diluir esses recursos em outros ativos, nessa linha da diversificação?

Cerca de 80% dos recursos do Plano 1 alocados em renda variável estão aplicados em dez empresas. São ativos sólidos, da economia real, que mesmo em momentos adversos da economia mostram resiliência, e nos períodos de alta apresentam excelentes rentabilidades e pagam volumosos dividendos aos acionistas. Nos últimos anos, cerca de 50% do valor pago em benefícios teve como origem dos recursos dividendos e juros sobre capital próprio das empresas participadas, permitindo assim que não se precisasse vender outros ativos para pagar benefícios. A alocação em renda variável do Plano 1 está hoje em torno de 57% do total de recursos do Plano, e tem diminuído a cada exercício, com venda de cerca de R$ 3 bilhões em ações por ano. A diversificação dos investimentos se dá por meio de alocação em outros segmentos como renda fixa, imóveis, operações com participantes, investimentos estruturados e no exterior, o que já assegura uma boa proteção ao patrimônio e a busca por bons retornos aos planos de benefícios.

4 – Por que investir em Vale, Petrobras, Brasil Foods, Ambev, empresas de energia e bancos, e não alocar mais recursos em títulos públicos federais, por exemplo, que estão oferecendo rentabilidades maiores com os juros básicos mais altos?

Tanto Plano 1 quanto PREVI Futuro detém importantes alocações em renda fixa, com destaque para títulos públicos federais, cujos papeis possuem baixo risco e rentabilidades adequadas a investidores de longo prazo como os fundos de pensão. No entanto, não seria prudente investir recursos exclusivamente em renda fixa, uma vez que num cenário consistente de taxa de juros baixa, como, aliás, houve há poucos anos, dificultaria alcançar a meta atuarial dos planos em função do menor potencial de retorno desses papeis nesse ambiente. De qualquer forma, o atual momento de taxa de juros elevada é uma janela de oportunidade para novos investimentos no segmento de renda fixa, notadamente no Plano 1, por conta do menor risco e boa rentabilidade dos títulos, aliada a sua característica de prover liquidez, necessária aos pagamentos de benefícios dos participantes ao longo dos anos.

5 - Como acontece a negociação especifica para a venda de ativos de determinadas empresas, conforme preveem seus respectivos Acordos de Acionistas?

Os investimentos em grandes empresas, geralmente feitos dentro do bloco de controle das companhias por meios de acordos de acionistas, necessitam de tempo e planejamento para seus futuros desinvestimentos, em função do grande volume de recursos a serem movimentados, que podem inclusive afetar cotações de ações na Bolsa se feitos de forma equivocada ou precipitada.

6 – Os valores atuais das ações das empresas na Bolsa de Valores espelham seus respectivos valores patrimoniais?

A cotação de uma ação em Bolsa não necessariamente reflete seu valor patrimonial. Ela indica quanto os acionistas topam pagar, no momento, pelo patrimônio líquido da companhia. As cotações são influenciadas pela expectativa dos investidores quanto a fatores internos daquela empresa, tais como resultado operacional e seu endividamento, além de variáveis externas como taxa de juros, câmbio, questões setoriais e etc.

7 - Quais são as empresas relevantes avaliadas por valor econômico?

Antes de tudo é importante ressaltar que apenas o Plano 1 detém participações acionárias por meio de bloco de controle de empresas, ou seja, de ações vinculadas a acordo de acionistas e que não podem ser negociadas em Bolsa livremente. O PREVI Futuro não detém participações desse tipo, apenas ações de companhias desvinculadas de acordos de acionistas. As empresas nas quais o Plano 1 detém participação em bloco de controle e que são avaliadas a valor econômico são Litel (Vale), Neoenergia e Invepar. Vale lembrar ainda que essas avaliações são feitas por bancos de investimentos e seguem premissas consideradas médias de mercado, portanto consideram os cenários mais realistas na precificação desses ativos.

8 – A cotação da Bovespa está em um dos patamares mais baixos nos últimos anos. Não seria o momento de diminuir a alocação em ações e levar os recursos para outros segmentos de investimentos, como renda fixa e imóveis, por exemplo?

O índice Bovespa, que reflete o valor das empresas listadas na Bolsa, está sendo negociado abaixo da série histórica. Estamos vivendo um cenário doméstico e internacional extremamente desafiador, que muitos analistas chamam de tempestade perfeita: uma combinação de baixo crescimento em grandes economias do mundo (Europa, Japão e China); instabilidade fiscal, política e de confiança no Brasil, com juros e dólar altos e crescimento econômico negativo. Portanto, esse não nos parece ser o melhor momento para vendermos nossas posições, pois assim estaríamos realizando prejuízos com as desvalorizações verificadas. Avaliações frequentes de cada um dos ativos são realizadas para monitorar o momento ideal e aproveitarmos oportunidades de vendas e realizações de ganhos. É com esse cuidado e criteriosa análise de condições que, nos últimos cinco anos, foram vendidos aproximadamente R$14,1 bilhões em ativos de renda variável.

9 - O que pode provocar o déficit no Plano 1?

A PREVI tem boa parte dos seus recursos aplicados em ações de empresas. E o valor das ações oscila na Bolsa. Quem acompanha o noticiário econômico sabe que a Bolsa de Valores passou por um ano muito difícil, com queda generalizada no valor das ações. Além disso, nossas obrigações com os associados aumentaram. A cada ano, a PREVI desembolsa mais recursos com o pagamento de benefícios, que são reajustados anualmente com base no INPC, que em 2015 alcançou dois dígitos (cerca de 11%). Portanto, o provável déficit tem teve como principais fatores o aumento da reserva matemática e a queda temporária no preço das ações.

10 – A PREVI tinha R$ 12 bilhões de Reserva de Contingência em 2014. Onde foi parar esse dinheiro?

Quando falamos que a PREVI tem ativos no valor de R$ 170 bilhões, isso não significa, obviamente, que são pilhas de cédulas guardadas em um cofre. O dinheiro está investido, boa parte dele em ações, cujos valores sofrem oscilações de mercado para cima ou para baixo. Neste ano, a oscilação foi majoritariamente para baixo. Além disso, a PREVI usou mais de R$ 9 bilhões para pagar benefícios aos aposentados em pensionistas em 2015. Foi desta forma que os recursos foram consumidos. 

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