Se você pratica esportes, parabéns. No dia 19 de fevereiro é comemorado internacionalmente o Dia do Esporte. A data destaca as mais diversas atividades e modalidades que são praticadas pelo mundo por pessoas de todas as faixas etárias. E os aposentados, claro, não ficam de fora.

É o caso, por exemplo, do participante Previ Oswaldo Buzzo, de Campinas (SP). Fanático por esportes e com 64 anos, ele já praticou modalidades como futebol e tênis. Por orientação médica, teve de mudar a rotina, dedicando-se a outras atividades. A escolha foi a caminhada. Mas se engana quem acha que isso fez com que a paixão pelo esporte diminuísse. Embora a atividade seja de menor intensidade, ele percorre longas distâncias, testando os limites do próprio corpo.

Do Caminho de Santiago a várias trilhas pelo Brasil

Buzzo explica que o treinamento no esporte é intenso. Desde que passou a praticar a caminhada, há cerca de 15 anos, ele realiza pelo menos duas sessões por dia. Em 2001, a primeira grande caminhada: mais de 800 quilômetros percorridos entre a França e a Espanha, em um dos chamados Caminhos de Santiago, que levam à cidade de Santiago de Compostela, no noroeste espanhol. Foram 28 dias de aventura, fruto de muita dedicação e treinamento.

De lá para cá, o participante não deixou de lado o hábito de caminhar. Voltou à Europa outras vezes para percorrer outros Caminhos de Santiago. Também percorreu trilhas famosas no Brasil, como o Caminho do Sol (no Estado de São Paulo) e o Caminho das Missões, no Rio Grande do Sul.

“Me aposentei do Banco do Brasil em 1998. A partir do ano 2000 passei a caminhar diariamente, e também a praticar natação três vezes por semana. Mantenho essas atividades até hoje, e ainda vou à academia de ginástica diariamente”, conta Buzzo. “O esporte me acompanha desde a juventude. Considero a atividade física algo essencial para o ser humano”, complementa.

Buzzo explica que muitas de suas longas caminhadas têm motivação religiosa (os Caminhos de Santiago são percorridos por peregrinos que desejam conhecer o túmulo de São Tiago, um dos apóstolos de Jesus Cristo, segundo a crença católica), mas ele também busca roteiros que permitam o contato com a natureza.

Para o participante, a aposentadoria é o momento ideal para se dedicar aos esportes. “A vida é liberdade, alegria, descontração e, se você não se movimenta, acaba por enferrujar. Nosso corpo também se enfraquece muito rapidamente se permanecer estático. Assim, com tempo disponível e disposição física, caminhadas de longa distância se tornam uma grande diversão pelos inúmeros atrativos que oferecem”, completa.

Idade não é desculpa

Com o processo natural de envelhecimento ou por problemas de saúde, muitas vezes os aposentados não podem se dedicar aos esportes da forma que gostariam. Entretanto, isso não é motivo para deixar de lado a ligação com as modalidades que ama. É o caso do também participante Previ Lupércio Luiz de Azevedo, que sempre esteve ligado ao futebol e ao futsal. Hoje, aos 68 anos e depois de passar por algumas cirurgias, ele não joga, mas continua participando do dia a dia do esporte, atuando como comentarista esportivo e escritor em Mossoró (RN).

“Eu nunca deixei o esporte de lado. Como comentarista e escritor, continuo envolvido com o futebol e o futsal. Isso é muito importante para mim, e pretendo estar sempre acompanhando o esporte de perto, enquanto minha saúde permitir. É algo que faz muito bem, é uma grande motivação na minha aposentadoria”, explica.