Banco do Brasil abre ao público Museu que conta a história do país por meio de acervo adquirido ao longo de sua trajetória.
23/12/2016Fundado em 1808, o Banco do Brasil é uma das instituições mais importantes do país e, ao longo dos anos, adquiriu diversificado acervo. Grande parte ligado ao exercício da atividade bancária, como documentos de valor histórico, cédulas, moedas, equipamentos, objetos e mobiliário, além de peças de artes decorativas, pinturas, gravuras e esculturas de nomes importantes das artes visuais.
Todo esse material foi catalogado e está reunido no Museu Banco do Brasil, que foi aberto ao público em 12 de outubro no edifício Tancredo Neves, em Brasília, uma das mais imponentes obras do arquiteto Oscar Niemeyer, onde está localizado o CCBB. O projeto foi lançado com a exposição “Acervos do Brasil: história, cultura e cidadania”, que tem como intuito uma reflexão sobre a história econômica, social e cultural do Brasil.
O espaço de mais de 6 mil m² apresenta momentos históricos e as consequências dos fatos para os brasileiros, além de traduzir o desenvolvimento do banco como uma instituição de todos. “Preservar e compartilhar a memória do Banco do Brasil, assim como todas as outras memórias que estão na fronteira da instituição, é, portanto, contribuir para o entendimento da história do Brasil e de seu povo”, conta Maria Ignez Mantovani Franco, diretora da Expomus, empresa responsável pelo conceito do museu.
Ao criar o Museu, o Banco do Brasil coloca em prática mais uma iniciativa que contribui para a formação cultural do público visitante, a exemplo do que já acontece com os CCBBs. Todo o acervo selecionado, em conjunto com a narrativa de acontecimentos que marcaram a história do Banco e do País, foi disponibilizado pela Instituição para visitação do público em geral, incluindo as crianças atendidas pelo Programa Educativo desenvolvido nos Centros Culturais.
A partir da identificação dos itens, foi elaborada uma proposta de classificação das peças, seguindo critérios de relevância artística e histórica. O acervo estará distribuído tematicamente, dividido em dois módulos: História; e Cultura e Cidadania. É um espaço que estará em permanente construção, assim como a sociedade brasileira.
Das primeiras moedas produzidas no início do século 19 ao universo atual de transações online, o módulo História traz uma coleção que conta com acervo de peças ligadas à atividade nas dependências do Banco: numismática, documentos, objetos, plantas e desenhos arquitetônicos, livros raros e mobiliário. Há ainda uma instalação – Comunidades BB – em homenagem a todos que fizeram e fazem o Banco do Brasil. Atualmente a instituição conta com 109 mil funcionários.
O módulo Cultura e Cidadania explora como o Banco do Brasil faz parte da formação cultural da sociedade brasileira e apresenta ao público sua coleção de arte nacional. O investimento da instituição na cultura é antigo e marcado pela criação no Rio de Janeiro do Centro Cultural Banco do Brasil em 1989, seguido depois dos espaços de mesmo nome em Brasília, São Paulo e Belo Horizonte. São, portanto, mais de 25 anos de incentivo ao desenvolvimento cultural do país com exposições nacionais e internacionais, espetáculos, debates, sessões de cinema e outras atividades. Uniformes e outras peças esportivas alusivas às modalidades e aos atletas já patrocinados pelo Banco do Brasil também estarão expostas neste módulo.
O módulo é constituído por 76 obras, principalmente pinturas e gravuras, além de esculturas. Estão presentes neste espaço obras de nomes como Di Cavalcanti, Carlos Scliar, Tomie Ohtake, Athos Bulcão, Burle Marx e Miguel dos Santos.
O Museu Banco do Brasil foi aberto para visitação ao público no dia 12 de outubro, como parte de uma série de ações que foram desenvolvidas no CCBB Brasília em comemoração ao aniversário do Banco do Brasil, do próprio CCBB Brasília e à Semana das Crianças.
Obras
Estão presentes telas de artistas ligados ao modernismo no Brasil, como Alfredo Volpi e Di Cavalcanti. De meados do século, a mostra traz Carlos Scliar, Aldemir Martins, Djanira, Arcangelo Ianelli, Wega Nery e Darel Valença Lins.
Rubem Valentim está representado com um relevo em madeira que participou da I Bienal Internacional de Arte Construtivista em Nuremberg, Alemanha, no ano de 1969. A partir da década de 1970, a mostra apresenta obras abstratas de cunho geométrico de Abelardo Zaluar e Dionísio del Santo. Manabu Mabe, Tomie Ohtake, Kazuo Wakabayashi e Tikashi Fukushima representam o abstracionismo lírico. Há ainda trabalhos de Athos Bulcão e Burle Marx, símbolos da arquitetura ligada ao projeto de modernização do país na segunda metade do século 20. Merece destaque também o núcleo de gravuras com nomes como Fayga Ostrower, Marcelo Grassmann, Maria Bonomi, Edith Behring, Renina Katz, Anna Letycia, Marília Rodrigues e Francisco Brennand.
Serviço
Museu Banco do Brasil – Acervos do Brasil Local: Centro Cultural Banco do Brasil Brasília SCES, Trecho 02, lote 22
CEP: 70200-002 | Brasília (DF) Tel.: (61) 3108-7600
Funcionamento: de quarta a segunda, das 13h às 19h
Entrada gratuita
Classificação indicativa: livre