Uma
rara oportunidade
Encontro de
Conselheiros discute experiências e boas práticas
de gestão, além da
internacionalização das empresas brasileiras
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experiências e
boas práticas de
gestão corporativa é o objetivo do Encontro de
Conselheiros, que reúne anualmente os representantes dos
conselhos de administração das empresas nas quais
a PREVI participa.
O processo de internacionalização das empresas
brasileiras foi o tema principal do Encontro deste ano, realizado de 18
a 20 de junho em Costa do Sauípe.
Ao longo dos três dias, os conselheiros assistiram a
apresentações e participaram de debates sobre
economia, gestão e governança com consultores,
empresários, executivos e acadêmicos.
“Essa é uma reunião de trabalho rara,
pela possibilidade de concentrar tantas
informações e trocas de
experiências”, definiu o diretor de
Participações da PREVI, Joilson Ferreira, na
noite de abertura.
O tema central do Encontro, a
internacionalização, rendeu, segundo o
vice-presidente de Planejamento Estratégico da Embraer,
Satoshi Yokota, uma “verdadeira aula magna”
apresentada pelo professor português José Santos,
do Instituto Europeu de Administração de
Negócios (Insead). Santos explicou a importância
das diferenças culturais na gestão, e o processo
de internacionalização como uma nova forma de
organização que alcança e integra
várias nações. Afirmou ainda que a
globalização proporciona a
colaboração, integração e a
troca de experiências. Quanto mais global for o
mundo, mais importantes serão as diferenças entre
as nações. Para o professor, o gestor deve buscar
o que há em cada país de especial e
útil para a organização.
No caso das
companhias brasileiras, a
internacionalização é um processo que
pode se dar de diversas maneiras, seja por
aquisição de empresas no estrangeiro, seja pela
ampliação da base de clientes no exterior, ou,
ainda, por ações negociadas em bolsas de outros
centros econômicos. “Para crescer e ter
competitividade no exterior, as empresas brasileiras alinharam-se a
padrões elevadíssimos de governança
corporativa, de responsabilidade socioambiental e de
adequação de sua estrutura de custos”,
afirma Sérgio Rosa, presidente da PREVI.
Conseqüência desse processo, a
padronização e a convergência das
normas contábeis com as regras internacionais foram
apresentadas por Roberto Bertholini, da Directa Auditores, e pelo
professor e pesquisador da Fundação Instituto de
Pesquisa Contábil, Atuarial e Financeira (Fipecafi), Eliseu
Martins, que frisou a necessidade de atualização
dos profissionais brasileiros face à nova realidade.
Outros temas atuais e fundamentais para a boa gestão e
transparência foram também discutidos no Encontro.
O grau de investimento, atribuído ao Brasil recentemente, e
as implicações e conseqüências
que tal classificação de risco rende ao
país foram o tema apresentado pelo ex-presidente do Banco
Central Carlos Langoni. Renato Chaves, ex-diretor de
Participações da PREVI, falou sobre o Proxy
Statement, o manual para
participação em
assembléias de acionistas. “Explicar antes
facilita a aprovação em
assembléia”, afirmou Chaves, que recomendou ainda
aos Conselheiros que “atuem no sentido de sensibilizar as
empresas onde estão presentes para que utilizem ou aprimorem
o manual para participação em
assembléias”. Ao fazer uma
apresentação sobre o cenário
macroeconômico brasileiro, o presidente do Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Márcio
Pochmann, alertou os conselheiros sobre o longo trabalho que todos,
brasileiros, temos pela frente.
Valorização
dos ativos é missão da PREVI
Segundo o presidente
da PREVI, Sérgio Rosa, a
visão de longo prazo está no DNA dos fundos de
pensão e valorizar os ativos é a
missão e o espírito da PREVI. “Devemos
buscar um ambiente economicamente saudável, por meio da
valorização das empresas nas quais a PREVI
têm participação”, afirmou
Rosa, que considerou o Encontro “muito produtivo, pelo
altíssimo nível de
informação, percepção e
convergência de sentimentos, para melhorar nossas empresas e
a PREVI”.
“Além dos aspectos financeiros,
econômicos, racionais, aspectos culturais e até
emocionais também pesam no sucesso de um projeto, de um
negócio, de uma nação. Não
adianta buscar a via de internacionalização se
não tiver os pés bem fincados no mercado interno.
A PREVI participa hoje de empresas que já atuam no exterior
e de empresas que têm potencial para ir ao exterior. O
Encontro tem por objetivo capacitar melhor os conselheiros para avaliar
a eventual internacionalização das
empresas”, concluiu Rosa. |