Desafio
de superar o realizado
O
diretor eleito de Seguridade, José Ricardo Sasseron, fala
nesta entrevista sobre o resultado eleitoral, as
negociações para utilização
do superávit e da situação dos Planos
de Benefícios da PREVI
José
Ricardo Sasseron foi eleito para novo mandato na Diretoria de
Seguridade neste ano. Entre os desafios que aponta para o
próximo período estão a
negociação de mais benefícios e a
manutenção da qualidade de gestão.
“O grande desafio é continuar na linha que
estamos, com gestão dos investimentos marcada pela busca do
menor risco possível com a melhor rentabilidade. Sobre os
Planos, temos como meta a melhora contínua, tanto em
relação a benefícios quanto a produtos
oferecidos”, diz. Veja abaixo os principais trechos da
entrevista.
Revista
PREVI – A expressiva votação
que a Chapa Competência, Segurança e Mais
Benefícios recebeu dos participantes lhe confere uma
motivação adicional para este segundo mandato?
José
Ricardo Sasseron – Sem dúvida,
encaro a votação como um reconhecimento pela
situação atual da PREVI e pelo trabalho que vem
sendo desenvolvido no último período.
Não só da diretoria de Seguridade, mas de toda a
direção e funcionários da PREVI, que
desenvolvem um trabalho sério de gestão dos
ativos, e levam o resultado dos investimentos a ficar muito acima da
meta atuarial. É um reconhecimento, também, a uma
série de medidas de melhorias de benefícios,
suspensão de contribuições e outros
temas ligados à diretoria de Seguridade, tais como Carim,
Empréstimo Simples, Capec. Mas, além do
reconhecimento, vem junto o desafio de superar o já
realizado.
Revista
– Falando em desafio, uma das palavras-chave de sua
campanha foi “mais”: mais benefícios,
mais transparência, mais rentabilidade. Quais as prioridades
no Plano 1?
Sasseron
– No Plano 1 tivemos nos últimos
três anos duas negociações envolvendo o
superávit, primeiro com os processos dos sindicatos a
respeito do Fundo Paridade, que resultaram na
redução da Parcela PREVI. Depois, as
negociações envolvendo o superávit, no
ano passado. No Plano 1, o principal desafio é continuar
esse processo de melhoria de benefícios utilizando os
recursos do superávit. O nome da chapa também
trazia a palavra segurança, uma das maiores
preocupações de nosso participante: a garantia de
que vai receber seu benefício pelo resto da vida.
Revista
– A questão do superávit
está na cabeça de todos os participantes do Plano
1. Como estão as discussões para sua
utilização? Qual a agenda?
Sasseron
– As negociações nos
últimos anos têm sido encaminhadas junto ao Banco
pelos dirigentes eleitos em conjunto com comissão de
negociação coordenada pela Comissão de
Empresa dos Funcionários do BB e
representação de aposentados. Já houve
duas negociações a respeito e a expectativa
é que tenham continuidade para resolver isso o mais
rapidamente possível e contemplar as expectativas dos
associados. A Diretoria de Seguridade tem apresentado propostas de
melhorias de benefícios e realiza todas as
simulações e cálculos
necessários. Além disso, temos recebido
também muitas sugestões de participantes e
entidades representativas.
Revista
– É possível adiantar alguma
proposta que será levada à mesa para
discussão?
Sasseron
– A comissão de
negociação já levou algumas propostas
ao Banco do Brasil, como reajuste extraordinário com patamar
mínimo de R$ 500, melhoria do valor das pensões,
aumento do teto para 100%, pagamento de um abono de um
benefício para os aposentados, antecipada para as mulheres
aos 45 anos. Estas demandas foram postas na mesa de
negociação.
Revista
– E quais as prioridades para o PREVI Futuro, que
já tem mais participantes na ativa do que o Plano 1?
Sasseron
– O PREVI Futuro tem algumas
pendências,
como as alterações do Regulamento que
já foram remetidas à Secretaria de
Previdência Complementar (SPC) no final de 2005, mas que
ainda dependem da aprovação daquele
órgão para serem implantadas. Por exemplo:
introduzir a portabilidade; facilitar o retorno ao plano de associados
que se desligaram dele, mas continuam no Banco; a aposentadoria
antecipada aos 50 anos para aqueles que ainda não
completaram o tempo de INSS; a utilização, pelos
ex-participantes, das contribuições patronais
para abater dívidas que tenham com a PREVI. Outra
questão fundamental é aumentar o nível
de adesão: hoje, 86% dos admitidos pós-98
já são associados da PREVI, mas queremos aumentar
esse percentual, para evitar que haja colegas sem cobertura
previdenciária.
Revista
– No PREVI Futuro há novidades como o
Financiamento Imobiliário. O que se pode esperar a mais?
Sasseron
– O Financiamento Imobiliário
terá início em agosto, em atendimento a antiga
demanda dos associados. Mas os recursos disponíveis
são limitados porque a legislação nos
permite emprestar no máximo 15% dos recursos do plano aos
participantes e temos hoje no PREVI Futuro 11,5% utilizados com
Empréstimo Simples – há, portanto, uma
margem de até 3,5%. Os encargos que a PREVI cobra
são o mínimo previsto na
legislação – INPC mais 5,75% ao ano, a
taxa atuarial do plano PREVI Futuro.
Estamos trabalhando para que, em 2009, seja possível o
associado escolher o perfil de investimento de seu saldo de conta e
definir o percentual de renda variável que deseja para a
aplicação de suas reservas. Há outras
questões, tais como a redução da
Parcela PREVI, com o conseqüente aumento nos
benefícios de pensão ou de aposentadoria por
invalidez. A chapa pela qual concorri defende que o ex-participante
possa resgatar as contribuições patronais e a
extinção da idade mínima para
aposentadoria.
Revista
– E sobre a taxa de
administração do PREVI Futuro, que foi
questionada na época da eleição,
já que repercute no valor recebido na aposentadoria?
Sasseron
– Em plano de contribuição
variável como o PREVI Futuro, reduzir a taxa de
administração significa aumentar o saldo de conta
do participante, permitindo maior benefício no futuro. O que
posso dizer sobre isso é que a PREVI já fez
diversos comparativos e nossa taxa, de fato, é menor que a
de vários outros planos. Apesar desse dado, fazemos estudos
constantes para verificar a possibilidade de
adequação dessa taxa. Como exemplo dessa
iniciativa, acabamos de reduzir a taxa de
administração do Empréstimo Simples
nos dois planos, em decorrência desses estudos. A
intenção é tratar desse tema
permanentemente.
Revista
– Alguma mensagem para os participantes do Plano 1 e
do PREVI Futuro?
Sasseron
– No Plano 1, o fundamental é que
temos
segurança neste momento de que o associado vai receber seu
benefício o resto da vida. O importante é que a
PREVI continue com uma administração
séria e transparente para dar essa segurança. Em
relação ao PREVI Futuro, que tem dez anos de
existência, neste momento precisamos trabalhar para que se
torne um plano cada vez melhor para seus participantes. Quero
agradecer, em nome de todos os integrantes da Chapa, o voto de
confiança recebido nas eleições e
reafirmar nosso compromisso de buscar incessantemente melhorias para os
participantes.
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