O Brasil, durante muito tempo, foi considerado o país do futuro. Mas
os brasileiros, prisioneiros das mazelas do presente, até começaram a
perder a esperança de que este futuro um dia pudesse chegar mesmo.
Mas parece que a coisa está mudando.
De uns anos para cá, o Brasil vem acumulando uma série de boas notícias.
Isso não quer dizer que a realidade de todos transformou-se de
uma vez, mas é inegável que há um avanço generalizado, com impacto
real na vida de milhões de pessoas. Somam 20 milhões, por exemplo, as
pessoas que saíram das classes D e E em direção à classe C. Isso não é
pouca coisa.
A notícia mais recente foi o tal “grau de investimento”, que vem a ser a
classificação de risco atribuída por agências especializadas aos países em
todo o mundo. Alcançar esse grau significa que a Agência de Risco (no caso
a Standard & Poors) acredita que o país tem boas condições de solvência e
de honrar seus compromissos internacionais. Parece pouco, mas esta nota
abre as portas do país para o investimento de muitos fundos e instituições
que não aceitam ou não podem investir em países de maior risco.
Para a PREVI, por exemplo, esta notícia tem importância sim. A percepção
positiva dos investidores internacionais se reflete na melhor valorização
dos ativos brasileiros (ações, imóveis etc.). Logo após o anúncio do “grau
de investimento”, as ações tiveram importante movimento de alta.
Mais importante que os efeitos de curto prazo são as conseqüências para
o futuro. O Brasil torna-se um país com maior potencial de investimento,
o que redunda em mais empregos, mais produção e mais riqueza. E tudo
que a PREVI precisa é de horizontes de longo prazo.
Por isso, sem medo de estarmos comemorando apenas um carimbo
dado pelos “gringos”, sem receio de estarmos apenas reproduzindo modismos,
o que temos para comemorar são as conquistas acumuladas da
nossa economia que, aos poucos e cada vez mais, vão se refletindo em
conquistas para as pessoas.
Um abraço.
Sérgio Rosa |