Uma década de PREVI Futuro
Há dez anos, nasceu o Plano de Benefícios nº 2 – batizado mais tarde de PREVI Futuro – para assistir os funcionários do Banco do Brasil admitidos a partir de 1998. O Plano foi criado prevendo a concessão de renda mensal de aposentadoria, complemento de aposentadoria por invalidez e/ou pensão aos dependentes
Em sua primeira década, o jovem Plano está bem próximo do primeiro bilhão em patrimônio, com rentabilidade maior do que a meta atuarial, ou seja, mais elevada do que a projeção feita com base em estudo técnico que considera pesquisas, estatísticas e estimativas sobre o comportamento do mercado de capitais. “Se fosse um fundo de pensão, o PREVI Futuro, sozinho, já seria um dos 60 maiores do País”, afirma o presidente da PREVI, Sérgio Rosa. Em dez anos, o PREVI Futuro superou o número de participantes ativos do Plano 1 e quase ultrapassa a marca dos 48 mil. O recorde de inscrições foi batido em 2007, quando o número de adesões triplicou em relação ao ano anterior.
E 2008 traz mais novidades para os associados. Foi aprovada a abertura da Carim, a Carteira de Financiamentos Imobiliários, para aqueles que completam dez anos de participação no Plano. O PREVI Futuro também passa a poder aplicar mais em Renda Variável. Desde dezembro de 2007, esse percentual máximo subiu de 10% para 30%. Com a experiência adquirida na gestão do Plano 1 e mecanismos de controle, assumiremos maiores riscos, em busca de rentabilidade maior.
“Ao completar dez anos, o PREVI Futuro tem muito o que comemorar”, afirma a coordenadora do Conselho Consultivo do Plano, Isabel Cristina Souza. Entre as conquistas, ela destaca “o aumento gradual dos investimentos em renda variável para até 30%; a redução na taxa de administração do fundo BB Max e o Financiamento Imobiliário”.
O contexto
A criação do PREVI Futuro deu-se em um contexto de mudanças que ocorriam no cenário político-econômico brasileiro, em meio a discussões sobre Reforma Previdenciária. O ano de 1997 foi de destaque na história da PREVI. Naquele ano, além da criação do Plano 2, foi alterado o Regulamento do Plano 1, fechado o acordo para o pessoal admitido no BB até abril de 1967 e aprovado o novo Estatuto, que estabeleceu as bases da atual gestão compartilhada e aprimorou o modelo de governança corporativa (leia mais no box).
O PREVI Futuro, classificado na atual legislação como de Contribuição Variável, funciona como um plano de Contribuição Definida na fase de acumulação e de Benefício Definido na fase de aposentadoria. Ou seja, a contribuição é definida previamente de forma a compor as contas individuais para pagamento dos benefícios. E na concessão de aposentadoria, o benefício do participante se torna Benefício Definido, sendo corrigido anualmente pelo INPC. O PREVI Futuro é, portanto, um plano previdenciário adequado à realidade contemporânea e ao aumento da expectativa de vida, desenhado para garantir um futuro estável no longo prazo.
A evolução do Plano
A adequação do Plano PREVI Futuro às demandas dos participantes pode ser atestada pelo alto índice de adesão ao Plano. De 2002 para 2007, o percentual de funcionários empossados no BB que aderem ao PREVI Futuro saltou de 67,7% para 85,8%. Resultado obtido, em grande parte, em função da parceria da PREVI com as Gepes (Gerência Regional de Gestão de Pessoas) do BB, que apresentam o Plano aos que ingressam no Banco.
“É a Gepes que dá as boas vindas para os novos funcionários. É na cerimônia de posse que têm o primeiro contato com o novo universo que vão viver, quando recebem informações, orientações. É a porta de entrada. Dentre os assuntos referentes a direitos e deveres, considero certo e necessário inserir o assunto sobre Previdência Complementar. Até mesmo porque a maioria dos novos ‘funcis’ é bem jovem e ainda não tem a cultura previdenciária de pensamento de longo prazo. O nosso trabalho é de sensibilizá-los para pensar na gestão da carreira profissional levando em consideração a aposentadoria, os benefícios futuros e até mesmo os imprevistos que podem nos acometer no caminho”, conta o analista da Gepes Belo Horizonte, Carlos Eduardo França Aguiar, que faz a apresentação do Plano aos funcionários recém-empossados. Minas Gerais é recordista, seguido do Estado de São Paulo. Em fevereiro deste ano, só a Gepes Belo Horizonte recebeu 300 novos funcionários. E em março foram 280. São Paulo registrou 110 posses em fevereiro e 120 em março.
Um Plano atrativo
Para os jovens participantes, a adesão ao PREVI Futuro é justificada pela preocupação por um complemento de renda no futuro. Dizem considerar a oportunidade de ter um plano de previdência um diferencial oferecido pelo empregador. “Não são todas as empresas que facilitam a adesão a um plano de previdência com a solidez e a credibilidade da PREVI. E isso é importante. Afinal, é a aplicação do nosso dinheiro mês a mês e a garantia de que teremos o retorno contratado. Eu diria até mesmo ser este um dos motivos que nos levam a escolher a carreira no BB. O nosso plano de previdência é administrado por um dos maiores fundos de previdência do mundo”, diz a participante do PREVI Futuro Priscilla Alves, Gerente de Módulo da agência Parlamento, em Brasília.
Um dos maiores atrativos do Plano é a contribuição patronal. Isso significa que o Banco do Brasil deposita valor igual à contribuição pessoal . “É como ter rendimento mensal de no mínimo 100%. Além de saber que a PREVI tem um conhecimento singular do mercado de investimentos. Dessa forma, sabemos que o patrimônio do Plano é bem administrado e que as aplicações são bem pensadas”, diz a participante Laura Moreira, funcionária da agência Calçadão, em Londrina.
Outro atrativo é a disponibilidade de contratação do Empréstimo Simples. A idade dos associados, entre 25 a 34 anos, implica baixo risco, permitindo menores prestações e taxas no fundo de quitação por morte. Além disso, a possibilidade de contratação pela Internet e o crédito do valor contratado em até 48 horas facilitaram o acesso ao empréstimo.
A Carteira de Pecúlios (Capec) é outra vantagem acessível aos participantes da PREVI, que podem contratar mais segurança para os dependentes e para si. O pecúlio é um benefício previdenciário pago aos dependentes, que, no caso de invalidez, é o próprio contratante. Na última reavaliação da Carteira, foram estabelecidos a redução das contribuições dos planos de Pecúlio por Morte e o aumento do valor dos pecúlios.
A funcionária Juliana Araújo diz ter aderido ao PREVI Futuro fundamentalmente para ter um complemento de renda na aposentadoria, mas descobriu outras vantagens. “O brasileiro se aposenta com um teto muito baixo. É necessário ter a garantia de um descanso bem remunerado depois de tantos anos de trabalho. Além disso, a PREVI tem convênios interessantes e a possibilidade de empréstimos com uma taxa de juros menor que a do mercado”, afirma Juliana.
Rentabilidade
O gerenciamento dos recursos também faz diferença na decisão por aderir ao Plano. A rentabilidade em 2007 foi de 15,96%, superando a meta atuarial de 11,20%. Desde a criação do Plano, a projeção atuarial foi superada em 40%.
Os investimentos do Plano no ano passado foram feitos em ativos de Renda Fixa (78,74%), Renda Variável (9,7%) e Operações com Participantes (11,6%). Aos poucos, o Plano vai comportar maior volume de recursos em Renda Variável. O teto para esse tipo de aplicação subiu de 10% para 30% a partir de dezembro de 2007, por decisão da Diretoria Executiva aprovada pelo Conselho Deliberativo. Em fevereiro de 2008, os investimentos em Renda Variável já beiravam o novo limite de 30%.
Nas apresentações do resultado de 2007 que a Diretoria da PREVI realizou em 20 Estados, foram homenageados os associados mais antigos do PREVI Futuro naquelas capitais. Um reconhecimento àqueles que primeiro confiaram no desenvolvimento do Plano. |
A escolha do nome
O novo Plano foi chamado de Plano 2 até 2001, quando no Boletim de junho/julho daquele ano perguntou-se aos participantes “Qual é o novo nome?”. A idéia era descobrir, por meio do concurso, um nome que representasse a qualidade do Plano. Dentre mais de 250 sugestões, a comissão julgadora escolheu três: PREVI Mais, PREVI Futuro e PREVI com você. PREVI Futuro, de autoria do funcionário Alexandre Torrezan (foto), foi o escolhido por votação eletrônica com 3.272, dos 6.304 votos.
Torrezan soube do concurso pelo sistema interno do Banco, o SISBB. Ele e alguns amigos foram motivados pela viagem para Costa do Sauípe, o prêmio para quem vencesse o concurso. Pensou nos motivos que levam as pessoas a adquirir um plano de previdência, na idéia de segurança, solidez e tranqüilidade. “A escolha do nome ocorreu em um insight. Foi o primeiro nome que pensei. Encontrei a palavra ‘Futuro’ por achar que representava o objetivo final de quem pensa em previdência. Apesar disso, não achava que fosse ganhar. Imaginei que todos estavam se empenhando muito.”
Torrezan aderiu ao Plano logo que ingressou no Banco do Brasil. Levou a proposta para casa, queria saber sobre as diferenças daquele para o Plano 1. Pensou no benefício de ter a participação do BB em igual valor àquele que aplicava. Considera muito vantajoso ter uma garantia para o futuro. “Os anos passam muito rápido. A PREVI é o maior fundo de pensão do Brasil. Pensa nas oportunidades do mercado, traz boa rentabilidade. É recomendável ter um plano de previdência.” Ele considera a cultura previdenciária indispensável. “As pessoas precisam criar o hábito de pesquisar, ir atrás da informação. Tem o site da PREVI, tem notícias no SISBB. Existem vários recursos para buscar o conhecimento sobre o assunto”, afirma Alexandre. |
Relembre as principais mudanças do Estatuto de 1997, que possibilitou a criação do PREVI Futuro e trouxe alterações para o Plano 1:
- Gestão. Aumentou o número de representantes eleitos pelos associados. Passaram a ser eleitos quatro representantes, e respectivos suplentes, do Conselho Deliberativo (antes eram dois); e até três da Diretoria Executiva (Seguridade, Administração e Planejamento) e Conselho Fiscal.
- Inclusão de marido ou companheiro como dependente. Antes, apenas os homens tinham o direito de incluir beneficiárias.
- Redução da carência contributiva de 20 para 15 anos. A carência passou a ser de 180 meses de contribuição para recebimento da complementação da aposentadoria.
- Cálculo do valor do benefício feito com base no número de meses de contribuição. Ou seja, pelo regulamento anterior, para um associado com 28 anos e 9 meses de contribuição, só seriam considerados, para efeito de cálculo, os 28 anos.
- Salário Real de Benefício. Passou a ser a média dos últimos 36 salários de participação, corrigidos pelo IGP-DI. Essa medida reduziu os efeitos dos possíveis impactos súbitos na carreira, como a perda de comissões, horas-extras e adicionais. O novo índice de correção eliminou os efeitos da corrosão inflacionária e congelamento salarial.
- Complemento de aposentadoria antecipada aos 50 anos mesmo sem concessão de aposentadoria pelo INSS.
- Flexibilização da exigência de 55 anos. O associado passou a ter direito à complementação de aposentadoria ao adquirir condições de se aposentar pela Previdência Oficial, se contasse com o mínimo de 180 meses de contribuição na PREVI.
- Fim do teto de benefícios limitado a três vezes o teto de benefício da Previdência Complementar.
- Permanência dos filhos como dependentes até os 24 anos. Pelo antigo Estatuto os filhos só podiam ser considerados dependentes até os 21 anos. O novo Estatuto também passou a considerar dependentes até os 24 anos os enteados, irmãos e menores sob a guarda dos associados, desde que comprovada a dependência econômica. Passou a ser permitida, também, a inclusão dos pais como dependentes. Antes só seria possível em caso de invalidez.
- Substituição do indexador de reajuste e conseqüente preservação do poder aquisitivo dos aposentados. Benefícios passaram a ser reajustados pelo IGP-DI e não mais pelo índice aplicado à tabela de vencimentos-padrão (VP) do Banco do Brasil. Os reajustes tornaram-se anuais, recalculados no mês de junho. O VP não sofria reajustes havia dois anos, até a data da votação do novo Estatuto. A partir de junho de 2004, o indexador anual passou a ser o INPC.
- Utilização da Parcela PREVI (PP) como valor básico para fins de cálculo de benefícios.
- Novo salário de participação. O teto de contribuição não ficou mais obrigatoriamente vinculado ao VP e anuênios e passou a incluir no cálculo da complementação de aposentadoria a remuneração por função, representando a possibilidade de maior benefício. O salário de participação passou a ser limitado ao maior dos seguintes tetos:
1) Equivalente a 75% da remuneração mensal
2) 136% do VP + AN (incluindo valor em caráter pessoal)
3) Uma Parcela PREVI
- Melhoria na devolução das contribuições. Os associados passaram a receber, além de seus recolhimentos pessoais, a diferença positiva entre a reserva matemática e as contribuições pessoais, limitada a 80% das contribuições patronais.
- Acordo 67. Foram formalizadas as regras para constituição das reservas para pagamento dos benefícios aos funcionários admitidos até abril de 1967.
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