Na maior parte das vezes, as situações sobre as quais temos que opinar estão sujeitas a visões diametralmente antagônicas. É muito comum que os debates ocorram a partir de posições extremadas, onde os argumentos são apresentados (melhor seria dizer “brandidos”) com tanta firmeza e dureza que parece até que o mundo vai dividir-se em duas metades irreconciliáveis, embora elas habitem o mesmo lugar e o mesmo tempo e provavelmente vão continuar fazendo isso após o embate.
Os adeptos deste modo fervoroso de pensar e agir encontram sempre uma boa maneira de justificar a atitude. Citam até passagens da Bíblia como aquela que diz que “os mornos serão vomitados”, e dessa forma sentem-se amparados para prosseguir com o estilo “pode vir quente que eu estou fervendo”.
Acho mesmo que há muito mais público disposto a prestigiar e acompanhar uma acalorada discussão do que disposto a assistir a um debate consistente, bem fundamentado, entre pessoas que querem se fazer entender. E talvez as pessoas definam seus estilos em função da audiência.
A situação não é nem um pouco diferente quando se trata de analisar a realidade brasileira. Seja por convicção ou por interesse, há aqueles que acham que o Brasil nunca viveu um momento tão bom, assim como há aqueles que acham que nunca estivemos tão profundamente afundados na lama.
Por isso, dizer que 2007 foi mais um ano positivo para o Brasil e para a PREVI é uma afirmação que vai encontrar diferentes graus de concordância, mas é isso que os números estão mostrando. Para a PREVI, é ótimo que o Brasil vá bem e, na medida em que a economia vem apresentando oportunidades, a PREVI tem sabido colher excelentes resultados nos últimos anos.
Isso vai nos levar ao nosso 5º resultado positivo consecutivo, colocando mais uma vez um debate que até algum tempo atrás parecia impensável: o que fazer com o superávit? E, quando tratamos deste tema, de certa forma voltamos ao problema das opiniões extremadas. “Posições extremadas”, neste caso, implicam muito debate e pouca solução, e nossa principal missão é achar soluções adequadas, consistentes e equilibradas.
Na medida em que nos aproximamos do fim do ano e que os balanços vão sendo fechados (não só os balanços contábeis, mas também os balanços de realizações, de metas e até de vida) queremos desejar a todos os nossos votos de felicidade, e que todos juntos tenhamos força e inspiração para construir um mundo melhor.
Um abraço.
Sérgio Rosa |