Fundos consolidam controle na BRT

Acordo com a Telecom Itália permite reestruturação e o fim dos conflitos

Nos últimos meses, a PREVI deu passos importantes no setor de telefonia. Em julho, em conjunto com outros sócios, firmou contrato de compra da participação da Telecom Itália na Brasil Telecom; em agosto, negociou a venda para a Vivo da Telemig Celular e da Amazônia Celular. Tudo isso é fruto de vitória histórica travada contra o Opportunity há anos. Depois de afastar o banco de Daniel Dantas da gestão dessas empresas e de assinar acordos com os sócios, agora a PREVI e os demais fundos de pensão reestruturam suas participações no setor de telefonia de modo a valorizar ainda mais o investimento.

Compra de ações da Telecom Itália elimina conflitos
Junto com Petros e Funcef, a PREVI firmou contrato de compra da participação acionária da Telecom Itália na Solpart por US$ 515 milhões. A Solpart é a controladora da Brasil Telecom. O acordo com a Telecom Itália, realizado em julho, determina, ainda, o fim dos conflitos jurídicos e arbitrais entre as partes. A aquisição das ações da Telecom Itália poderá ser feita pelos fundos de pensão ou pela Techold (empresa controlada pelos fundos de pensão em conjunto com o Citibank e que faz parte da cadeia societária da Brasil Telecom) que tem direito de preferência neste caso.

O acordo foi fundamental para consolidar o alinhamento estratégico entre os sócios da Brasil Telecom, eliminar conflitos jurídicos e preparar a empresa para um posicionamento cada vez mais sólido e transparente no mercado. O negócio deverá ser concretizado por meio da Techold, mas a efetivação da compra ainda está condicionada à aprovação da Anatel.

PREVI vende Telemig e Amazônia Celular
Em 2/8/2007, foi assinado contrato de venda das empresas Telemig Celular Participações (controladora da Telemig Celular) e Tele Norte Celular Participações (Controladora da Amazônia Celular) para a VIVO. Foram negociações bastante complexas, conduzidas pela PREVI e demais acionistas controladores. O valor negociado foi de R$ 1,3 bilhão e caberão à PREVI aproximadamente R$ 180 milhões.

A PREVI participava em dois níveis da estrutura da Telemig Celular e Amazônia Celular: como cotista do Fundo Investidores Institucionais (antigo Fundo CVC Opportunity Equity Partners FIA, conhecido como CVC Nacional) e como acionista da Newtel. A concretização da venda também está condicionada à aprovação da Anatel.