Sauípe e Umberto Primo:
Trabalho para recuperar e
melhorar desempenho |
Vista aérea do empreendimento na Costa do Sauípe, na Bahia |
Os dois investimentos foram citados na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios como fontes de prejuízo. Em meio a versões publicadas na imprensa, é preciso esclarecer a dimensão das perdas e apontar as medidas tomadas para contornar a situação.
Os problemas ocorridos por ocasião da aquisição do Complexo Hoteleiro de Costa do Sauípe já foram diversas vezes divulgados para os participantes da PREVI. Em 2004, a Diretoria reconheceu que as projeções iniciais não se confirmaram e decidiu contratar uma reavaliação do empreendimento. A reavaliação ocorreu dentro do prazo máximo de três anos determinado por legislação da Secretaria de Previdência Complementar (SPC) para os fundos de pensão reavaliarem os imóveis que possuem. Avaliação externa constatou que o novo valor equivalia a R$ 171,9 milhões. Em valores atualizados, a PREVI já investiu cerca de R$ 1 bilhão no negócio, realizado em 1998.
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Apesar de reconhecer contabilmente a redução do valor do investimento, o entendimento da Diretoria da PREVI foi de que deveria empenhar-se na melhora do desempenho do empreendimento. No segundo semestre de 2003, foi iniciada a implementação de plano estratégico de marketing com o objetivo de melhorar a performance do resort. Além disso, em 2004, foi contratado profissional com experiência no segmento de hotelaria para ser o principal executivo da Costa de Sauípe S.A., administradora do complexo hoteleiro. Números mostram que foram medidas acertadas: a receita cresceu de R$ 117 milhões em 2003 para R$ 153,4 milhões no ano seguinte; o percentual de ocupação subiu de 40,85% no ano anterior para 52% em 2004. Em 2005, esses números melhoraram um pouco mais: a receita chegou a R$ 158,1 milhões e o percentual de ocupação atingiu 53%. |
Umberto Primo: novos estudos para locação |
Umberto Primo
Construído pela família Matarazzo, o Umberto Primo era um hospital que servia à colônia italiana de São Paulo. O edifício foi adquirido pela PREVI em 1996, mas as primeiras negociações se iniciaram três anos antes. Os planos eram de reforma do hospital e a construção de um shopping e um flat para idosos, iniciativas embargadas judicialmente. Inviabilizado o projeto inicial, seu destino ficou indefinido.
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Várias alternativas foram estudadas para estancar as perdas. Em janeiro de 2005, um acordo com a Fundação Zerbini foi firmado para a locação do prédio. O que parecia ser a solução para o problema caiu por terra quando uma mudança na administração da Fundação fez com que o negócio tivesse de ser revisto e acabasse cancelado em junho do mesmo ano. A direção que entrou tentou renegociar condições que tornariam a locação pouco rentável para a PREVI.
Novos estudos estão sendo produzidos e grandes imobiliárias da cidade foram contatadas para buscar um novo acordo de locação, voltado para empresas do setor de serviços, saúde ou educação. Até dezembro de 2005, o total investido nessa operação pela PREVI era de R$ 114,5 milhões (incluídas obrigações trabalhistas), e as provisões para perdas estavam calculadas em R$ 82,3 milhões. |
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