Prestação de contas |
Presidentes da CPFL e Neoenergia apresentam números para associados em reunião na PREVI
Pela primeira vez, executivos de empresas de peso na carteira da PREVI foram convidados para falar aos associados. O evento aconteceu no dia 9 de fevereiro e contou com a presença dos presidentes dos grupos Neoenergia e CPFL, Marcelo Corrêa e Wilson Ferreira Junior, respectivamente. Essas empresas passaram por processo de reestruturação e vêm apresentando excelentes resultados. O objetivo da reunião promovida pela PREVI foi dar ainda maior transparência à gestão e aos resultados. Tão logo todos os números estejam fechados, a Diretoria vai percorrer o País para conversar com os associados sobre o desempenho da PREVI em 2005.
É na 521 Participações, empresa veículo controlada integralmente pela PREVI, que está toda a participação da PREVI na CPFL e parte dos investimentos que detém na Neoenergia. A 521 foi reavaliada em 2005, o que significou um ganho de quase R$ 2 bilhões no resultado do exercício. Para explicar os critérios da avaliação, foram também convidados para o evento os técnicos do Unibanco, instituição que concluiu os estudos.
A CPFL e a Neoenergia são hoje as duas maiores empresas do setor elétrico do País. Mas há pouco tempo a situação era bem diferente. Ambas passaram por dificuldades financeiras por conta do racionamento de energia ocorrido de junho de 2001 a fevereiro de 2002. O bom desempenho de hoje é resultado do intenso trabalho promovido pela PREVI e demais sócios controladores, o que incluiu reestruturação societária, mudança do perfil das dívidas e recuperação da capacidade gerencial e operacional. |
Palestrantes e dirigentes da
PREVI: André Laloni (Unibanco),
Marcelo Corrêa (Neoenergia),
Wilson Ferreira Junior (CPFL),
Cecília Garcez, José Medeiros,
Sérgio Rosa, Renato Chaves,
Paulina Pasquina, Francisco
Alexandre e José Reinaldo. |
Neoenergia
“A PREVI tem sido uma indutora da melhora da governança, da transparência e da gestão dessas empresas, pois trabalha para dar excelência aos negócios do País”, afirmou Marcelo Corrêa, presidente do grupo Neoenergia, ao expor os números de 2005 para os associados da PREVI. Foram R$ 822,5 milhões de lucro líquido consolidado, valor 170% maior do que o registrado no ano anterior. Corrêa também falou do sucesso obtido com a reestruturação societária, com a negociação para diminuir as taxas e alongar o perfil da dívida e com a implantação de modelo de organização que possibilitou decisões mais rápidas. Mostrou o crescimento do consumo de energia e o resultado de ações da Neoenergia como o projeto Luz para Todos e os investimentos em programas educacionais, com cursos profissionalizantes e a inserção de jovens no mercado de trabalho.
CPFL
A CPFL teve processo um pouco diferente. A reestruturação financeira foi feita em 2003, com a entrada do BNDES no acordo de acionistas. O crescimento do grupo foi consolidado com o lançamento de ações na Bolsa de Nova Iorque, o que trouxe recursos para novos investimentos e maior atratividade para as ações da companhia. Na exposição dos dados da CPFL para os associados, o presidente do grupo, Wilson Ferreira Junior, lembrou que quando do lançamento em Nova Iorque a companhia estava precificada em US$ 2,7 bilhões e hoje vale cerca de US$ 6 bilhões.
A consistência dos números apresentados foi ressaltada pelo presidente da PREVI, Sérgio Rosa, ao encerrar o evento, pois demonstra que as empresas “sabem fazer bem não só o operacional, mas também botar salário no bolso do empregado, energia na casa das pessoas e lucro no bolso do acionista, além de respeitar a sociedade, como comprovam os programas de eletrificação rural da Neoenergia e os programas culturais desenvolvidos pela CPFL”.
Para Sérgio, o encontro foi mais um esforço de comunicação para levar aos associados os critérios adotados nos processos de reavaliação de empresas da carteira. “Temos que compreender que para o associado pode ser difícil entender quais são os critérios de contabilidade adotados e qual reflete melhor o valor das nossas participações; a primeira reavaliação da Litel gerou certa dúvida sobre qual seria a melhor forma de representar o valor de nossas participações.
Hoje, já amadurecemos, nós e os associados, e acho que todos podem perceber que a metodologia bem como o ganho são consistentes, baseados no sucesso real de duas empresas reais e que o mercado percebe da mesma maneira.
Não é nenhum processo artificial e ainda tem uma boa dose de conservadorismo para nos proteger das naturais imperfeições do mercado”, concluiu Sérgio. |
Por que são feitas as reavaliações
A PREVI detém em sua carteira participações acionárias que não estão cotadas em Bolsa. Para saber o valor desses investimentos, a cada dois anos é feita reavaliação com base no valor econômico da empresa, que é obtido em função da perspectiva de resultados futuros. Para isso, são realizados estudos aprofundados que incluem cenários econômicos, análises de mercados e da capacidade operacional das empresas. Nesse caso, estão três grandes companhias: a CPFL e a Neoenergia, que estão na 521 Participações S.A., e a Vale do Rio Doce, cuja participação é detida pela PREVI via Litel. |
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Marcelo Corrêa, presidente do grupo Neoenergia |
Wilson Ferreira
Junior, da CPFL |
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