Controlar para diminuir riscos |
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PREVI toma medidas para adequar-se totalmente à Resolução sobre controles internos, que certifica processos de decisão e acompanha sua execução |
Imagine um extintor de incêndio, necessário para prevenir ou minimizar riscos de acidentes com fogo. Para que funcione, precisa estar no lugar adequado, ter gente que saiba usá-lo, estar carregado e com a manutenção em dia. A metáfora serve para explicar o papel dos controles internos em uma instituição como a PREVI, que por lidar com investimentos e ter de assegurar o patrimônio dos associados, precisa diminuir ao máximo os riscos de suas atividades. |
Essa é uma questão que abrange todos os fundos e, em 2004, foi normatizada pela Resolução 13 do Conselho Gestor da Previdência Complementar, CGPC, órgão ligado à Secretaria de Previdência Complementar, SPC, órgão fiscalizador das entidades. A Resolução definiu regras principalmente para orientar as decisões e monitorar o seu cumprimento. É uma espécie de ISO 9000 para os fundos de pensão. Nesse tipo de “certificação”, existe um processo de avaliação permanente em que o importante é gerar mais segurança para a entidade e seus associados. A importância em seguir as recomendações não é para evitar multas da SPC, mas sim por entender que a Resolução é um avanço importante para a governança dos fundos e para o processo de tomada de decisões.
Item por item
Desde a Resolução 13, a PREVI revisou todos os itens de seus processos de controles internos. No “check-up”, foram detectadas algumas divergências e elaborados quinze planos de ação para que haja total enquadramento às regras. Assim, a PREVI se preparou para se adequar plenamente à Resolução a partir do início de 2006. Mas diagnósticos, bem como a adoção das medidas necessárias, deverão ser feitos todos os anos com o intuito de aprimorar os controles.
Mas falar em controle de risco parece estranho. Não seria melhor eliminar todos os riscos? O problema é que instituições como a PREVI, que lidam com investimentos para garantir a aposentadoria dos seus participantes, estão sujeitas a riscos em cada decisão tomada. Para diminuílos, é que existem as normas, que apontam para um processo contínuo de monitoramento. |
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Esse monitoramento consiste em assegurar que todas as condições sejam dadas para a tomada de decisões, que o processo ocorra de acordo com conceitos éticos e técnicos e, principalmente, que sejam executadas exatamente como foram definidas.
A Resolução também define o papel do Conselho Fiscal. Uma das exigências é a elaboração, por parte do Conselho, de relatórios de controles internos semestrais, em que analisa se a administração e as decisões tomadas estão em conformidade e atendem às exigências, principalmente da legislação que rege os fundos de pensão. Se for constatado qualquer problema, as áreas responsáveis são acionadas para uma solução. |
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Em novembro, o Conselho Fiscal da PREVI aprovou o primeiro relatório de controles internos. Depois de analisado o primeiro semestre de 2005, suas conclusões foram encaminhadas para o Conselho Deliberativo para as providências necessárias.
Nesse trabalho, além do apoio da gerência de Controles Internos, Conin, foram mobilizados todos os setores operacionais e administrativos. Para o presidente do Conselho Fiscal, José Bernardo de Medeiros Neto, houve um trabalho exaustivo das áreas da PREVI e do Conselho. “Mas a PREVI vai dispor de mais um importante instrumento para a eliminação de riscos e o aperfeiçoamento de seus controles internos, o qual tem sido um dos principais objetivos de atenção por parte do Conselho Fiscal no atual mandato”, declarou à época da aprovação.
Impacto positivo
Ao final da adequação à Resolução sobre controles internos, não só a PREVI, mas todos os fundos de pensão do País terão impactos positivos em suas administrações. Medidas como esta e a sua divulgação certamente contribuirão para elevar o patamar em que se os fundos se encontram hoje frente à opinião pública. |
Diretor da SPC na PREVI
Para difundir a cultura de controles internos na PREVI, no
final de novembro foi promovida palestra para os funcionários
com o diretor de fiscalização da SPC, Waldemir Bargieri. O
evento aconteceu próximo ao prazo final para a adequação
dos fundos de pensão à Resolução 13. Bargieri também participou
como convidado da reunião mensal da Comissão Técnica
Nacional de Controles Internos da Abrapp, que em novembro
ocorreu na sede da PREVI. |
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