Trabalho da PREVI valoriza empresas e traz ganhos de R$ 2 BI |
|
As mudanças promovidas pela PREVI e outros sócios na CPFL Energia e na Neoenergia valorizaram as empresas e trouxeram impacto positivo de R$ 2 bilhões ao resultado da PREVI.
O valor das empresas passou de R$ 4,1 bilhões para R$ 6,3 bilhões. Esse aumento patrimonial foi verificado por meio de reavaliação realizada por avaliador independente. |
No final de 2003, a Neonergia ( holding que controla as empresas de energia elétrica de três estados do Nordeste) e a CPFL Energia, duas das principais empresas da carteira da PREVI, passavam por graves problemas, como conseqüência da queda de receita após o racionamento de energia (entre junho/2001 e fevereiro/ 2002). No caso da Neoenergia, as dívidas de curto prazo somavam cerca de R$ 2,4 bilhões. Além disso, a empresa apresentava problemas de operação e de gestão. No caso da CPFL, o endividamento passava de R$ 1,2 bilhão. Era preciso trabalhar para reverter esse quadro. E a Diretoria da PREVI partiu para a ação. Juntamente com os outros sócios, iniciou um profundo processo de mudanças nas Companhias. |
|
Neonergia
No caso da Neonergia, inicialmente foi implementado um novo modelo de organização e gestão que tornou o processo decisório mais ágil. Paralelamente, depois de intenso processo de negociação com diversas instituições financeiras, os sócios conseguiram renegociar as dívidas que somavam R$ 4,5 bilhões, reduzindo taxas e alongando prazos. Como resultado, em 2004 o Grupo teve lucro de R$ 304 milhões, e, até setembro deste ano, já apresentava lucro líquido de R$ 548 milhões. |
|
CPFL
O processo de recuperação da CPFL teve início em outubro de 2003, quando a PREVI e os demais acionistas deram início à reestruturação financeira da companhia, realizando aporte de capital que contou ainda com a participação do BNDES, que passou a integrar o quadro acionário da companhia. Além dessa medida, a venda de ativos resultou em significativa redução no endividamento da empresa. O estatuto da empresa foi alterado para se adequar às exigências para listagem de suas ações no Novo Mercado da Bovespa, já visando a realização de uma oferta pública de ações no mercado nacional e o lançamento de ações da empresa na Bolsa de Nova Iorque. Assim, a companhia poderia obter recursos para prosseguir com os projetos de construção de usinas hidrelétricas, além de proporcionar liquidez em mercado para os acionistas.
Desde então, a empresa apresenta bons resultados. A CPFL Energia encerrou o mês de setembro de 2005 (terceiro trimestre) com Lucro Líquido acumulado de R$ 640,6 milhões, superior aos R$ 118,8 milhões apurados em igual período do ano anterior. A Receita Bruta da companhia (R$ 8 bilhões) cresceu 14,6% quando comparada a igual período de 2004.
Reconhecimento do Mercado
A CPFL e a Neonergia são reconhecidas pelo mercado como duas das melhores empresas do setor. A CPFL Energia, maior empresa do setor, recebeu o prêmio de melhor Companhia Aberta, na 32ª edição do Prêmio Abamec. Os analistas de mercado de capitais votaram com base no desempenho das empresas no ano de 2004. A CPFL Paulista, empresa do grupo, foi vencedora do Prêmio Nacional de Qualidade (PNQ 2005). |
As distribuidoras do Grupo Neoenergia, por sua vez, foram premiadas pela ABRADEE (Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica): Coelba – como melhor gestão econômico-financeira; Celpe – como melhor evolução de desempenho; e Cosern – como melhor distribuidora. A Celpe recebeu ainda o 1º Prêmio Balanço Social, concedido pelo Instituto Ethos, Abamec, Aberje, Fides e Ibase. |
Valor enonômico mostra a capacidade de gerar caixa
Diferentemente do valor de mercado, que corresponde à
cotação do papel em Bolsa de Valores, o valor econômico é
obtido em função da perspectiva de resultados futuros a serem
apresentados pela empresa. Em geral, é obtido a partir da
metodologia de Fluxo de Caixa Descontado, que é largamente
utilizada e referendada nas finanças, tanto na prática quanto no
mundo acadêmico. Em processos de fusão e aquisição de empresas,
é comum usar o valor econômico como parâmetro para
se determinar o justo valor da empresa. Em linhas gerais, representa
a mensuração da sua capacidade de geração de caixa e,
conseqüentemente, de distribuição de dividendos. |
|
A decisão de reavaliar
A PREVI participa da Neonergia e da CPFL por meio da empresa 521 Participações S.A., que é uma Sociedade de Propósito Específico, criada com o objetivo único de participar do leilão de privatização das empresas do setor elétrico, e também possui participação direta em Neoenergia. A 521 Participações é detida integralmente via fundos de investimentos. Ou seja, a PREVI aplica em Fundos de Investimentos exclusivos que têm as ações da 521.
Existem diferentes critérios para avaliar uma participação acionária. O valor de mercado corresponde à cotação do ativo em bolsa de valores, e o valor patrimonial refere-se ao valor contábil do patrimônio líquido registrado nas Demonstrações da companhia. Já o valor econômico é obtido em função da perspectiva dos resultados futuros da empresa.
As ações de 521 e Neoenergia não apresentam liquidez e cotação de referência em bolsa de valores. Nestes casos a legislação permite a contabilização da ação com base no valor econômico, que é critério mais adequado e justo do que a forma tradicional de custo histórico ou patrimonial. |
De acordo com política interna da PREVI, os papéis de empresas cuja paticipação é representativa e que não têm cotação em Bolsa são reavaliados a cada 2 anos. A reavaliação com base em valor econômico é um procedimento que também vem sendo realizado com a empresa Litel (empresa veículo por meio da qual a PREVI participa da Vale do Rio Doce) e já havia sido realizada para 521 e Neoenergia no final de 2003. À época, ocorreu queda no valor de Neoenergia, já que o valor indicativo com base em avaliação foi menor que o registrado na contabilidade.
A PREVI adota uma prática conservadora e procura optar pelos menores valores, dentre os apresentados pelas empresas avaliadoras. Essas empresas estipulam uma faixa de valor, que vai de um preço mínimo a um preço máximo. Por exemplo, o valor implícito para CPFL na precificação ocorrida agora foi de R$ 23,56, enquanto no mercado, a ação, que chegou a superar preço de R$ 28,00, teve valor médio de negociação igual a R$ 25,12 de novembro até meados de dezembro de 2005.
Outras referências para corroborar o conservadorismo da PREVI na precificação são os diversos preços-alvo de instituições de mercado calculados para CPFL Energia obtidos em publicação da companhia conforme tabela abaixo.
|
|
|
|
|
|