|nº 105| Agosto 2005

Nesta Edição » Notícias Gerais - Resposta à mídia
O que é versão e o que é fato O leitor atento pode verificar que nenhum fato foi apresentado para comprovar que a PREVI tenha cometido qualquer ato ilícito

Os fundos de pensão têm estado sob fogo cerrado da mídia. As tentativas de imputar operações suspeitas e ilegais à PREVI têm ido da mais absoluta mentira à mais absoluta confusão de fatos e eventos. A tática utilizada tem sido a de levantar fatos isolados, relacioná-los de forma tendenciosa e criar uma grande aura de suspeição, quando não de acusação definitiva por meio de sutilezas editoriais.

O leitor atento dos jornais pode verificar que nenhum fato concreto, nenhum indício sério e consistente, nada de relevante foi apresentado para comprovar a tese de que a PREVI tenha cometido qualquer ato ilícito. Aplicações e participações verdadeiras e legais são descritas como se representassem a ligação com outros fatos totalmente desconectados; eventos administrativos menores e debates internos são trazidos à tona com a mesma dimensão que se utiliza para falar de movimentações financeiras milionárias; negócios do passado, já explorados e explicados, voltam a ser apresentados como se fossem a revelação de algo que estivesse escondido; relações profissionais e pessoais antigas e conhecidas são apresentadas como a prova de uma conspiração.

Até mesmo investimentos excepcionalmente bem-sucedidos e mil vezes analisados são apresentados de forma distorcida, sem a menor preocupação em oferecer a informação correta, deixando ao fim das matérias aquelas linhas de dúvida, suspeita, quando não a conclusão implícita de que também ali as “coisas não cheiram bem”.

Resultados concretos em todas as áreas são espelho da gestão

A PREVI tem apresentado resultados concretos. Paga mais de R$ 4 bilhões de benefícios a cada ano e nunca atrasou um único dia seus compromissos. Em 2004, apresentou superávit de R$ 9,7 bilhões, resultado consistente, baseado na valorização dos ativos, o que foi demonstrado em balanço largamente publicado, auditado e aprovado por unanimidade em todas as instâncias.

Participa em grau maior ou menor de mais de cem empresas brasileiras, que dependem em algum nível do posicionamento e ação da PREVI no curso de suas operações. A PREVI tem contribuído para transformar as empresas das quais participa em líderes nos seus mercados. É a maior acionista da CVRD, primeira empresa brasileira a alcançar a classificação de “grau de investimento” (investiment grade) da agência Moody's. É acionista da Embraer, empresa de tecnologia de ponta, sucesso em lançamento de novos produtos. É um dos controladores da Perdigão, que cresce a taxas superiores a 10% há dez anos seguidos. Duas empresas líderes do setor de energia, com os melhores indicadores de eficiência e de prestação de serviços contam com a PREVI como acionista.

Profissionalismo e dedicação são marcas

Os dirigentes da PREVI têm trabalhado com o máximo de profissionalismo, dedicação e transparência e os resultados estão aí. São resultados não só em termos de números, mas em ações, conceitos, posicionamento e reconhecimento. Permanentemente envolvidos em decisões que implicam valores elevados, os dirigentes têm sabido trabalhar em um ambiente de pressão de mercado, lidando com interesses diversos, sempre mantendo a orientação técnica em defesa da própria Entidade.

Entendemos perfeitamente que nossos associados têm o direito de cobrar explicações e de serem esclarecidos sobre os fatos relevantes que envolvem a PREVI. Por isso, prestamos as informações pertinentes e tratamos cada fato dentro da sua real dimensão para tentar evitar conclusões precipitadas antes que haja qualquer comprovação. Esperamos que a mídia cumpra sua missão sem preconceitos, sem segundas intenções e sem manipulações para que, ao final de todo esse processo, quando for separado o joio do trigo, não se perceba tarde demais que a reputação de organizações e pessoas foi arranhada sem a menor razão.

USO DO CARTÃO CORPORATIVO
A imprensa publicou matérias com insinuação de que o Cartão Corporativo teria sido usado de maneira inadequada por dirigentes da PREVI

Em relação às despesas mencionadas nas reportagens – com exceção daquelas que supostamente referem-se a “sites” – as mesmas encontravam amparo nas normas internas da PREVI, que contemplavam a utilização da verba para a promoção de eventos sociais e aquisição de presentes ou brindes para os públicos de relacionamento. É prática muito comum em empresas conceder aos seus principais executivos verba de representação.

Na PREVI, essa verba existe há anos e estava disponível para diretores, presidente do Conselho Deliberativo e gerentes, por meio de um Cartão de Crédito Corporativo, com limites e orçamentos mensais e anuais. As despesas realizadas e os extratos dos cartões ficam disponíveis para crítica futura. Eventuais utilizações inadequadas são advertidas e sanadas com o ressarcimento da despesa à PREVI.

A Diretoria Executiva da PREVI, em reunião realizada no dia 19/7/2005, aprovou um conjunto de novas normas para utilização da verba de representação. O objetivo é tornar ainda mais precisas as regras para utilização e o controle da verba. A utilização continuará a ser feita por meio de cartão de crédito. Porém, essa rotina sofrerá importantes mudanças. A partir de consulta formulada pela PREVI, a Ourocard Administradora de Cartões apresentou proposta de substituição do Cartão Business Card pelo Ourocard Corporate. Esse novo produto tem como diferencial a possibilidade de a PREVI definir previamente em quais ramos de atividade comercial o cartão pode ser utilizado. A Diretoria decidiu pela mudança de todos os cartões para essa nova modalidade e restringiu sua utilização a restaurantes. O uso em outros estabelecimentos será bloqueado.

A partir dessa definição principal, foram aprovadas também as seguintes regras:

  • a verba será utilizada somente no exercício da representação da PREVI no relacionamento com pessoas, empresas, entidades ou instituições que tenham vínculo ou relacionamento com a PREVI;
  • manutenção do limite dos gastos com os cartões às alçadas estabelecidas, quais sejam: Presidência: R$ 3.000,00; Diretorias: R$ 1.500,00; Gerências, Gabinete da Presidência, Secretaria Executiva e Auditoria Interna: R$ 750,00;
  • a utilização de notas fiscais para comprovação de despesas de representação será aceita, dentro dos limites do cartão, somente em caráter excepcional, ficando restrita ao presidente e aos diretores;
  • as faturas dos cartões de crédito, com os lançamentos discriminados, serão enviadas diretamente pelo Banco do Brasil para a residência do titular para serem conferidas. As faturas com os totais dos lançamentos serão recebidas pela Gerência de Suporte Administrativo da PREVI, que colherá o “de acordo” de cada um dos detentores do cartão;
  • a cada seis meses, os extratos dos cartões serão encaminhados para a Auditoria Interna da PREVI.

Até que todas essas novas regras estejam implementadas, a utilização da verba de representação está suspensa. A PREVI já solicitou o cancelamento de todos os cartões corporativos da modalidade Business Card.

AQUISIÇÃO PELA TELEMAR DE PARTICIPAÇÃO NA GAMECORP

A imprensa suscitou suposta ingerência da PREVI nas decisões administrativas da Telemar, especificamente no investimento feito na Gamecorp, empresa na qual um dos sócios é filho do Presidente Lula.

A PREVI está afastada do Conselho de Administração da Telemar desde 14/9/2000, por conta de decisão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Portanto, não tem nenhuma ingerência nas decisões administrativas daquela empresa. As participações da PREVI na Telemar foram adquiridas em 1998.

CONTRATAÇÃO DA EMPRESA GLOBALPREV

A mídia noticiou possíveis relações do ministro Luiz Gushiken com os fundos de pensão. Citaram a contratação da Globalprev – empresa da qual o ministro foi sócio – pela PREVI

Não existe um contrato firmado entre a PREVI e a Globalprev. O que ocorreu foram prestações de serviço pontuais. A PREVI tem um programa de treinamento que prevê a realização de cursos internos e externos. Dentro dessa política são firmadas parcerias com instituições como PUC-RJ, FGV, IBMEC, Coppead, Trevisan, Ideas/Coppe, entre outras. Em 2004, os gastos da PREVI com o treinamento de seus funcionários alcançaram R$ 1.523.000. Uma das ações desenvolvidas é a realização de cursos de introdução ao sistema de fundos de pensão para os empregados recém-empossados. Foi a partir dessa necessidade que a área de Recursos Humanos da PREVI foi ao mercado buscar empresa que pudesse ministrar o mencionado treinamento e verificou que a proposta da Globalprev era a mais adequada.

A empresa ministrou na PREVI nove cursos (quatro em 2003; quatro em 2004 e um em 2005), quando foram treinados 206 colaboradores. São cursos para turmas de 30 alunos, com duração de quatro dias. O custo médio dos cursos foi de R$ 9.750. De acordo com as normas internas da PREVI, as contratações desse valor são de alçada dos gerentes, não precisando ser submetidas à Diretoria Executiva. Destaque-se que, em 2004, do total de gastos da PREVI com treinamento (R$ 1.523.000) foram pagos à Globalprev R$ 44.800. Em 2005, do total orçado para gastos com treinamento (R$ 2.200.000) foram pagos à Globalprev R$ 9.700 pela realização de um treinamento.

SAQUE DA CONTA DA DNA PROPAGANDA NO BANCO RURAL

A imprensa divulgou que mensageiro da PREVI sacou R$ 326.660,67 da conta da DNA Propaganda (que pertence a Marcos Valério) em uma agência do Banco Rural.

A informação consta de relatório do Conselho de Atividades Financeiras (Coaf). Nenhum dos fatos relatados pela imprensa envolveu operações ou ações administrativas da PREVI. Por se tratar de questões relacionadas às matérias que estão no âmbito de investigação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), a Diretoria da PREVI tomou as providências legais que considerou adequadas, com toda a cautela que os fatos exigiam.

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